Capítulo 6 - Bateu a cabeça no passeio?

Respondo a minha amiga:

- Pediu antes de sair, pelo menos.

- Já é um bom começo.

- E a Talita? Como será que ela estar?

- Hoje foi o enterro da Duda, eu fui. Foi bem triste, pensei que iria.

- Não queria ir, me sinto mal em funerais.

- Eu sei, mas foi uma choradeira só. Talita estava péssima, viajou para o interior.

- Tomara que ela fique bem.

- E ela vai ficar, tô com um pouco de medo. Esse bandido a solta, tomara que peguem esse lixo logo.

Anoitece, e dona Laura busca a minha amiga e, as duas voltam pra casa. A minha mãe e os outros retornaram, Alan quando me viu correu, e me veio me abraçar:

- Maninha, que bom que voltou. Mamãe comprou esse boneco pra mim, não é legal?

Sorrio e respondo:

- É muito lindo, você gostou bastante. Quer brincar?

- Sim.

Fui brincar com o meu irmão, e ele estar muito empolgado com o novo brinquedo. Estou um pouco distante, e o pequeno percebe:

- Tá cansada, Milena?

- Não, só um pouco com sono. Já fez a sua tarefa de casa? Vai querer a minha ajuda?

- Não, consigo sozinho.

- Tudo bem.

- Milena, amo você, maninha.

Ele me abraça novamente, e Cecília observa a cena da cozinha. Sorrir e diz:

- São os meus filhos, gosto de vê - los assim.

Voltando pra mim, amo o meu irmão e é o único que gosta de mim de verdade. Entramos, e a mamãe diz:

- Alan, vamos subir pra tomar banho. Milena trouxe o iogurte que me pediu.

Eu:

- Tudo bem, obrigada.

Marina diz:

- Foi legal o passeio, chato é guardar as compras.

Antônio:

- Que isso, Marina? Vem me ajudar.

Eu:

- Passeio? Que interessante, amo ver a família unida.

Cecília:

- Estava triste e estudando, não quis atrapalhar você.

Eu:

- Imagino.

Vou para sala assistir televisão, e cobra se senta perto de mim:

- Adorei o entretenimento de hoje de manhã, a sua mãe e você sempre entregam.

Eu:

- Você não se cansa de encher o meu saco, Marina?

Marina:

- É divertido, mas confesso que dona Ceci pegou pesado.

Rio e respondo:

- Bateu a cabeça no passeio?

Marina:

- Não é justo contigo isso.

Pego na testa dela, e falo:

- Só pode estar doente, sem febre pelo menos.

Marina rir:

- Sei reconhecer quando é pesado, apesar de tudo não quero o seu mal.

Eu:

- Pelo menos isso, tem coração?

Marina:

- Tenho de pedra, cadê aquele pirralho?

Eu:

- Foi banhar, não chama ele assim. Ele é teu irmão também.

Marina:

- É meu apelido carinhoso pra ele.

Após isso, Alan desce e o jantar é servido. Todos comem em silêncio, até que Marina fala:

- Tenho uma novidade, me matriculei numa escola de teatro. Quero ser atriz.

Antônio:

- Que legal, filha. Tem todo o meu apoio.

Cecília:

- Que bom, Marina.

Eu:

- Escolheu certo, ganhar dinheiro fazendo o que mais ama. Encenar.

Marina:

- Já faço de graça, porque não ser paga pra isso.

Alan:

- Que legal, Mari.

Depois disso, conversei com Juliano por vídeo chamada:

- Oi, e aí amor?

- Queria que viesse hoje de novo.

- Não vai dar, mas amanhã quem sabe.

- Você estar um pouco abatida, ou é impressão minha?

- Briguei com minha mãe, mas já estar tudo bem.

- Que merda, não fique triste. Saiba que eu te amo.

- Eu também.

- Tenho que desligar agora, boa noite linda. Sonhe comigo.

- Boa noite, bons sonhos pra você, meu amor.

Desligo, e tomo um banho. Em seguida, visto o meu pijama e durmo rapidamente. Um sono tranquilo, até que tenho um pesadelo horrível: onde uma pessoa me puxa pelo pescoço e tenta me sufocar, tento me desvencilhar, mas ele é mais forte que eu. Quando estou quase a perder o fôlego, acordo ofegante, com uma respiração pesada.

Olho para a janela, e já é manhã. Levanto, e faço as minhas higienes, desço e a minha mãe, Antônio já estão na mesa:

- Bom dia, mãe. Bom dia, Antônio.

Antônio:

- Bom dia, Milena. Como estar?

Eu:

- Muito bem, e você?

Antônio:

- Bem, graças a Deus.

Cecília:

- Bom dia, filha. Acordou cedo, é domingo.

Eu:

- Acordei e não consegui pegar no sono.

Cecília:

- Tudo bem, vamos para o parque almoçar num restaurante lá. Quer ir?

Eu:

- Quero sim, se não for incomodar.

Cecília:

- Esteja pronta às nove.

Eu:

- Ok.

Marina desce a usar um vestido branco, e fala:

- Bom dia, Ceci; pai e Milena.

Antônio:

- Vai pra onde?

Marina:

- Vou pra missa com uma amiga.

Eu:

- Sei muito bem que missa é essa, e o que vai rezar. Vai ficar de joelhos?

Cecília:

- Que isso, Milena? Ela vai rezar, ué? Deveria fazer o mesmo.

Rio, e digo:

- O que ela vai fazer, eu já faço.

Antônio:

- Cuidado, Marina. Esteja aqui às nove, pois vamos passear.

Marina:

- Sim, senhor. Bom dia, pessoal.

Ela sai, a minha mãe comenta:

- Você pensa muito mal dela.

Eu:

- Eu sei, mas ela gosta de fazer tudo as escondidas.

Cecília:

- Gosta de atormentar ela, né?

Eu:

- Sim, é divertido. E ela faz o mesmo.

Após isso, fui pro meu quarto ver séries, até a hora de sair. Quando, chegou o horário vesti um short jeans, e uma blusa amarela, um tênis branco, um colar de lua e brincos de pérola. Deixou o meu cabelo solto de lado, tenho o cabelo pintado de ruivo, mas sou loura natural.

A minha mãe me chama, e fala:

- Vamos, estar pronta, falta só eu terminar de arrumar o seu irmão, e Marina chegar.

Aguardo na sala, mas descido ir pra calçada de casa. Sinto novamente a sensação de estar sendo observada, que coisa ruim, vejo Marina descendo de um carro no início da rua:

- Olha lá, sabia.

Ela caminha para direção de casa, e se assusta quando me ver na calçada:

- Ai que susto, quase me mata.

Rio e falo:

- Sabia que você foi ficar de joelhos, mas não na igreja.

Marina:

- Não conta nada pro meu pai, Milena. Te imploro, por favor.

Eu:

- Não precisa se humilhar, tenho um bom coração.

Marina:

- Dá tempo de trocar de roupa e secar o cabelo?

Eu:

- Acho que sim, eles ainda tão se arrumando. Corre hein.

Entra apressada, e foi se arrumar. Vejo um carro preto, passando e estaciona mais abaixo. E é o filho mais velho do meu vizinho, Bernardo, ele é um gato, se não namorasse. Caso quisesse pegaria ele. O mesmo entra, mas antes me diz:

- Bom dia, Milena.

- Bom dia, Bernardo.

Decido entrar, e Alan já estava lá embaixo:

- E aí, baixinho?

Alan:

- Milena, olha a minha roupa nova. Tá boa?

Eu:

- Sim, estar bonitão.

Alan:

- "Bigado", maninha.

Marina desce:

- Ai deu tempo, e aí pirralho?

Alan:

- Ai Mari, deixa de ser chata.

Marina:

- Roupa nova, hein. Melhor que eu, hein.

Alan:

- Tá com inveja, né?

Marina:

- Um pouco, eles tão te mimando demais.

Alan:

- Tão nada, Mari.

Eu:

- Vestindo azul, parece novo. E ainda é de grife?

Marina:

- Um presente de um amigo.

Eu:

- O mesmo que te levou pra "missa"?

Marina:

- Sim, ele lindo né?

Eu:

- Ficou bem em você.

Os mais velhos descem, e todos fomos pro carro. Após uma hora, chegamos no parque da cidade, Marina reclamava que estava longe, e eu conversei com o meu namorado por mensagem. Vou ver ele a tarde, é melhor. Andei um pouco, e senti de novo uma sensação de estar sendo seguida.

Olhei em volta e não vi nada, sentei na grama e Marina me seguiu:

- Temos que tomar cuidado, aquele maníaco ainda estar solto por aí.

Eu:

- Bem lembrado, vamos.

Saímos dali, e fomos até onde a minha família. Brinquei com o meu irmão, almoçamos e ficamos um tempo lá no parque. Após isso, voltamos pra casa, Marina foi a correr para seu quarto, e Alan foi dormir.

Minha mãe me questiona:

- Gostou do passeio?

Capítulos
1 Capítulo 1 - Manhã Normal
2 Capítulo 2 - Não assistem noticiário?
3 Capítulo 3 - Já tive sua idade
4 Capítulo 4 - Ele advinhou
5 Capítulo 5 - Queria um motivo
6 Capítulo 6 - Bateu a cabeça no passeio?
7 Capítulo 7 - Trinta anos mais velho
8 Capítulo 8 - Ela nunca superou
9 Capítulo 9 - Sempre estranha
10 Capítulo 10 - Houve uma complicação
11 Capítulo 11 - O luto é difícil e doloroso
12 Capítulo 12 - Uma taça de vinho
13 Capítulo 13 - E vai ter babá sim.
14 Capítulo 14 - Tô cansada de você
15 Capítulo 15 - Por que eu?
16 Capítulo 16 - Robert Whytten
17 Capítulo 17 - Estou obcecado por essa garota
18 Capítulo 18 - Como assim?
19 Capítulo 19 - Mais uma sumiu
20 Capítulo 20 - Um rosto familiar
21 Capítulo 21 - Oposto de estar bem
22 Capítulo 22 - Preciso sobreviver a isso
23 Capítulo 23 - Perturbador demais
24 Capítulo 24 - O meu pior pesadelo
25 Capítulo 25 - Manchetes dos Jornais
26 Capítulo 26 - Sexto sentido
27 Capítulo 27 - Tirei uma foto
28 Capítulo 28 - Mundo pequeno
29 Capítulo 29 - Estranho demais
30 Capítulo 30 - Não muda nada
31 Capítulo 31 - No canto do vídeo
32 Capítulo 32 - Quero um favor seu
33 Capítulo 33 - Sabotagem
34 Capítulo 34 - Desconfiam de quem?
35 Capítulo 35 - Sempre exagerada
36 Capítulo 36 - Queria denunciar um amigo
37 Capítulo 37 - Tudo estar tão confuso
38 Capítulo 38 - Uma dor dilacerante
39 Capítulo 39 - Ser uma mãe bem melhor
40 Capítulo 40 - Ele não mudou nada
41 Capítulo 41 - Parecia um sonho distante
42 Capítulo 42 - Onde estava esse tempo todo?
43 Capítulo 43 - Tenho um pedido
44 Capítulo 44 - Eles te seguiram
45 Capítulo 45 - Sufocantes e Perturbadores
46 Capítulo 46 - Lembrar sempre
47 Capítulo 47 - Contar tudo
48 Capítulo 48 - Apartamento no centro
49 Capítulo 49 - Quadro de fotos
50 Capítulo 50 - Término
51 Capítulo 51 - Não apaga, mãe
52 Capítulo 52 - Amei esse corte
53 Capítulo 53 - Pedi a sua opinião?
54 Capítulo 54 - Como um tsunami
55 Capítulo 55 - Três anos
56 Capítulo 56 - O que me tornei?
Capítulos

Atualizado até capítulo 56

1
Capítulo 1 - Manhã Normal
2
Capítulo 2 - Não assistem noticiário?
3
Capítulo 3 - Já tive sua idade
4
Capítulo 4 - Ele advinhou
5
Capítulo 5 - Queria um motivo
6
Capítulo 6 - Bateu a cabeça no passeio?
7
Capítulo 7 - Trinta anos mais velho
8
Capítulo 8 - Ela nunca superou
9
Capítulo 9 - Sempre estranha
10
Capítulo 10 - Houve uma complicação
11
Capítulo 11 - O luto é difícil e doloroso
12
Capítulo 12 - Uma taça de vinho
13
Capítulo 13 - E vai ter babá sim.
14
Capítulo 14 - Tô cansada de você
15
Capítulo 15 - Por que eu?
16
Capítulo 16 - Robert Whytten
17
Capítulo 17 - Estou obcecado por essa garota
18
Capítulo 18 - Como assim?
19
Capítulo 19 - Mais uma sumiu
20
Capítulo 20 - Um rosto familiar
21
Capítulo 21 - Oposto de estar bem
22
Capítulo 22 - Preciso sobreviver a isso
23
Capítulo 23 - Perturbador demais
24
Capítulo 24 - O meu pior pesadelo
25
Capítulo 25 - Manchetes dos Jornais
26
Capítulo 26 - Sexto sentido
27
Capítulo 27 - Tirei uma foto
28
Capítulo 28 - Mundo pequeno
29
Capítulo 29 - Estranho demais
30
Capítulo 30 - Não muda nada
31
Capítulo 31 - No canto do vídeo
32
Capítulo 32 - Quero um favor seu
33
Capítulo 33 - Sabotagem
34
Capítulo 34 - Desconfiam de quem?
35
Capítulo 35 - Sempre exagerada
36
Capítulo 36 - Queria denunciar um amigo
37
Capítulo 37 - Tudo estar tão confuso
38
Capítulo 38 - Uma dor dilacerante
39
Capítulo 39 - Ser uma mãe bem melhor
40
Capítulo 40 - Ele não mudou nada
41
Capítulo 41 - Parecia um sonho distante
42
Capítulo 42 - Onde estava esse tempo todo?
43
Capítulo 43 - Tenho um pedido
44
Capítulo 44 - Eles te seguiram
45
Capítulo 45 - Sufocantes e Perturbadores
46
Capítulo 46 - Lembrar sempre
47
Capítulo 47 - Contar tudo
48
Capítulo 48 - Apartamento no centro
49
Capítulo 49 - Quadro de fotos
50
Capítulo 50 - Término
51
Capítulo 51 - Não apaga, mãe
52
Capítulo 52 - Amei esse corte
53
Capítulo 53 - Pedi a sua opinião?
54
Capítulo 54 - Como um tsunami
55
Capítulo 55 - Três anos
56
Capítulo 56 - O que me tornei?

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