Capítulo três

              O que eu não esperava era que eu estivesse bastante ansiosa por sair com Jonathan. Terminei o trabalho mais rápido que o normal para me arrumar para ele. Tudo bem que ele é incrivelmente bonito, mas não há nada que possa haver entre a gente.

             Eu não quero me arrumar demais, para que ele não pense que estou interessada, mas também não quero me arrumar menos. Isso tinha que ser fácil.

              Eu tomo banho, lavo o cabelo, faço depilação, seco o cabelo, coloco o meu vestido branco, faço uma leve maquiagem, uso o meu perfume especial, meus saltos altos, arrumo o cabelo e já estou pronta para ir.

              Desço os degraus com cuidado, e vou desligar o fogão. Minha mãe e minha tia têm sorte que hoje estou de bom humor. Por um outro motivo, não por causa do Jonathan.

              A campainha toca e me vejo correndo para a porta como se fosse uma celebridade tocando. Mas não! É Jonathan. Ele sorri daquele jeito que já parece familiar para mim. Um sorriso lindo que era capaz de iluminar uma noite escura.

                Eu sorrio também. Ele está usando uma camisa azul marinho e está com o cabelo impecável. Isso é sinal de que ele se esforçou, e a rosa é só cliché.

                  — Quando eu pensei que você não poderia ser mais linda, você aparece desse jeito.

                 — Obrigada Jonathan. Não esqueça que estou fazendo isso, porque... — Ele coloca um dedo na minha boca.

                 — Vamos logo! Eu estou ansioso! — Ele segura a minha mão e me leva para fora de casa. Eu tranco com as chaves e colocas-as na bolsa.

                 — Pergunta número um: Onde você arranjou essa rosa? — Pergunto. — Roubou no seu vizinho? Pergunta dois: Eu não estou levando dinheiro. De certeza que vai pagar? E pergunta três: Como vamos? Não me diga que é um restaurante aqui perto! Se não vamos de táxi?

                 Seu rosto cai. Não era minha intenção, mas ele parece magoado. — Na casa da minha mãe têm muitas flores dessas. E eu de certeza não levaria você para jantar aqui perto para poder fugir quando tiver oportunidade. E eu tenho um carro. Não é grande coisa, mas é meu. Comprei com o meu dinheiro.

                — Desculpa! Deve achar que sou a pior pessoa desse mundo. Se não quiser mais sair comigo, eu vou entender.

               Ele chega perto de mim, e me leva com ele. — Então vamos. Ship está esperando!

               Eu paro fazendo ele parar também. — Quem é Ship?

               Ele ri e me leva para o carro dele. — Ship é meu carro. — Ele mostra o seu carro. Não é tão horrível assim. Não sei que modelo é, mas é um antigo. Um carro preto pequeno. — Você gostou? — Ele abre a porta para mim.

                  — Pelo menos vai durar mais dois anos. — Digo e entro. Quem não gostaria de estar dentro de um Ferrari agora?

             Jonathan fecha a porta e entra no lugar do condutor. Seu sorriso aparece novamente. Meu Deus! Ele é muito lindo. Porquê isso está acontecendo comigo?

                — Você vai gostar dessa noite. Eu prometo. — Ele começa a dirigir.

                      ****

                Ele pára o carro num restaurante razoável e abre a porta para mim. Eu olho para ele me perguntando se realmente tem dinheiro suficiente. Eu não quero passar um vexame.

                  — Porquê você está olhando assim pra mim? — Ele pergunta com um sorriso.

                 — Eu não sei. Você tem um belo sorriso. — Não quis dizer isso, caramba!

                 — Estou fazendo uma lista das coisas que você gosta em mim. Já tenho dois itens. — Seu sorriso amplia mais ainda.

               — Dois?

               — Meu cabelo e o meu sorriso. Mas vamos para dentro que eu estou morrendo de fome. — Ele segura a minha mão e me leva para dentro do restaurante.

                  É um lugar pequeno, mas romântico. Com música e tudo, clima romântico e paredes vermelhas. Eu sorrio quando ele puxa uma cadeira para mim.

                 — Você está tentando me impressionar? — Pergunto com um sorriso.

                — Estou conseguindo?

                — Infelizmente está!

                — Infelizmente porquê Emma? Você acha que sou tão horrível assim? 

               — Não é isso... — O garçom nos interrompe.

               — Boa noite meus senhores o que vão querer?

               — Escolha o que quiser Emma! — Ele diz sério. Eu procuro uma comida bastante barata.

                — Uma sopa de feijão branco.

                — Tem a certeza? — Jonathan pergunta com a testa franzida.

               — Tenho.

               — Eu vou querer o prato do dia, por favor! — Ele está se sentindo mal por algum motivo. Eu não tenho culpa se ele não tem milhões no banco.

               — Você viu o jogo ontem a noite? — Pergunto só para quebrar o silêncio.

               Ele continua sério. — Não teve jogo ontem a noite. — Ele olha para a sua mão.

               — Não me diga que você me convidou e agora vai ficar assim! Eu não mereço!

              — Desculpa! — Ele olha para mim e agarra a minha mão. — Eu gosto de você Emma. Você me deixa um pouco nervoso. — Ele diz. Não era suposto os homens serem mais fechados e orgulhosos?

                 — Tente... relaxar. Você não precisa ficar nervoso por minha causa.

                — Eu tento sempre.

                — Me fala sobre você! Há quanto tempo trabalha no Bona Petit?

                — Um ano. Eu gosto do meu trabalho. — Ele é desses?

               — Que bom. Temos que fazer algo que nos faz feliz não é?

               — Sim. — Ele sorri. — Você ainda gosta do seu ex? — Ele pergunta de repente.

               — Não vejo ele há anos, porque ia gostar?

               — Só queria ter a certeza.

                      ****

              Nós comemos, conversamos, voltamos a comer. Eu pedi a sobremesa duas vezes, o que deixou Jonathan satisfeito. A noite não foi ruim, como eu pensei que seria. Pelo contrário, foi maravilhosa.

               Saímos do restaurante depois de Jonathan pagar a conta e ele me entrega seu casaco e me leva para atrás do restaurante que reserva uma paisagem incrível do mar e das estrelas.

                  — Você está tentando mesmo me impressionar. E está conseguindo.

                 — Sério? Isso é fantástico!

                 — É a primeira vez que alguém se esforça tanto assim por mim.

                — Eu vou me esforçar o quanto for necessário, Emma. — Ele me vira para olhar seus olhos verdes brilhantes.

                — Vai? Por mim? — Minha voz falha.

               — Apenas por você! — Ele se abaixa um pouco para me beijar, mesmo com os meus saltos altos. Seus braços me apertam contra seu corpo e eu abraço ele também.

               Abro os olhos para ver ele me beijar com vontade, e volto a fechar e aproveito o momento. Ninguém jamais alguma vez me beijou desse jeito. É o melhor que eu já provei.

                Nós terminamos para poder respirar e a primeira coisa que vejo é seu sorriso encantador. Ele passa a mão pelo meu rosto e me dá um selinho.

                 — Quero que você seja minha namorada. Você aceita? — Ele murmurou.

                — Me dê um tempo para pensar. Eu pensava que te odiava e agora... depois desse beijo... nossa senhora!

               — Pelo menos não é um não. Vou te dar o tempo que quiser.

               — Obrigada. — Suspiro. — Posso pedir mais uma coisa?

                — Claro! — Ele passa o polegar no meu lábio inferior.

                — Me beija de novo! — Digo e ele sorri. Um sorriso enorme.

                — Com prazer!

                Ele me beija com prazer ironicamente. Eu não sei se existe agora mais romântico do que isso. Não sabia que eu era romântica até ele me mostrar.

                      ****

              Jonathan me acompanha até a porta de casa. Durante o caminho todo, nenhum de nós deixou de sorrir. Eu não podia. Porquê talvez Susan tivesse razão. Estou apaixonada pelo idiota. Quem diria?

                  — Então adeus!

                  — Não vai me dar um beijo de boa noite? — Pergunto.

                Ele beija a minha testa e sorri. — Melhor assim?

                — Eu queria que fosse na minha boca. — Digo sorrindo.

               — Só quando você for minha namorada. Por enquanto, isso é tudo que eu posso dar. A não ser que me diga que sim agora mesmo. — Ele morde o lábio.

                — Adeus! Você tem trabalho amanhã. — Eu fecho a porta naquele rosto sorridente. Quando o meu vai desaparecer? Pareço uma adolescente!

                Viro e vejo minha mãe sentada no sofá com um copo de água. Minha tia sai da cozinha e senta ao lado dela.

                — Onde você foi com aquele homem? — Minha tia pergunta.

               — Sair! — Tiro os meus sapatos.

               — Com aquele pobretão? O que foi que eu ensinei a você Emma? — Minha mãe responde.

              — Eu estou exausta, por favor, me poupem por um dia.

              Eu caminho pelos degraus debilitados e vou para o meu quarto. Não sei como vou dormir hoje de tanto pensar nele. Nos seus beijos e nos seus braços fortes em torno de mim.

               É realmente isso que eu quero? Ele não pode me dar o que eu quero, mas faz o meu coração bater como se não houvesse amanhã.

                     ****

                O trabalho está sendo melhor que os outros dias. O dia está sendo maravilhoso, bem diferente que os outros dias. Como é que eu soube apenas agora que sou tão sentimental? Eu não sabia que um jantar me deixaria assim.

               Saio um pouco mais cedo e levo um pouco de bolinhos para casa. Estou sendo boa de mais ou é o amor falando por mim? Definitivamente, a minha mãe e minha tia não merecem.

                Um homem de terno super caro desce de um Porshe e fecha a porta. Ele está brilhando da cabeça aos pés. E o brilho do relógio no seu pulso, ofusca a minha visão. Ele sorri e se aproxima de mim.

                  Encaro seus olhos azuis. — Eu preciso de ajuda. Combinei com alguém num restaurante, mas não sei onde fica. Eu apenas conheço restaurantes caros. — Ele ri. Esse é o tipo de homem por quem eu deveria me apaixonar? — Acho que o nome do restaurante é Bona Petit. Você conhece?

               — Sim. Fica ao virar da esquina. Você vai saber quando chegar. — Digo. Ele é tão rico que intimida.

              — Obrigado. — Ele continua olhando para mim. — Meu nome é Paul Freirefeller, e achei você interessante. — Ele sorri.

                — Sou a Emma. — Cruzo os braços.

                — Obrigado Emma. Tem um nome lindo. Espero que possamos nos ver de novo. — Ele agarra a minha mão e beija.

                Ele é lindo, tem um cheiro maravilhoso de perfume masculino muito caro, cheiro maravilhoso do seu xampú e seu terno parece ser de outro mundo. Rico é outra coisa mesmo!

                   Ele sorri e continua olhando para mim. Sou tão bonita assim? Primeiro Jonathan agora esse homem fantástico chamado Paul Freirefeller. Nome lindo para um homem lindo.

                 Ele tira um cartão do seu paletó e me entrega. — Liga para mim. — Seu celular toca e ele atende. Uau! Último grito do Iphone. Eu nem tenho celular!

                — Adeus Paul! — Digo e ele acena para mim.

               Caminho rápido até chegar na minha casa e alguém cobre os meus olhos com uma mão. Eu nem preciso de pensar para saber quem é.

                — Jonathan! — Digo e ele tira a mão do meu rosto.

                 — Pensou em mim? — Ele sorri.

                 — Você estava me esperando? — Eu também sorrio.  Claro que eu não parei de pensar na noite de ontem.

                  — Sim. Pensou em mim?

                 — Não posso mentir para você. Eu pensei sim.

                — Isso é o suficiente para eu ter uma bela noite.

               Olho para a minha bolsa. — A gente podia sair de novo.

               Ele passa a mão no cabelo feliz. — Isso seria maravilhoso Emma.

              — Então nos vemos por aí. — Digo. Ele se aproxima.

              — Eu não consigo evitar. A culpa é sua por ser tão irresistível! — Ele fala.

               — Evitar o quê?

               — Isso!

               Ele me beija contra a porta da minha casa. Não me importo se a porta vai cair atrás da gente, se tem alguém vendo, eu só quero saber do seu beijo. Ele  tinha que acrescentar os seus beijos a lista das coisas que eu gosto nele, juntamente com os seus olhos verdes.

                — Isso sim é um beijo de despedida. — Ele diz. — Mas nós não somos namorados. Isso não é certo.

               — No próximo encontro vamos descobrir o que somos. Eu prometo!

               — Confio em você!

               Ele se afasta lentamente e sopra um beijo para mim. Eu tenho a certeza que ele pensa que vou dizer sim. Mas agora que apareceu um homem rico dos meus sonhos. Depois da próxima saída vou saber o que quero para mim. 

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