Com a cara de pau, Jonathan sorri para mim e entra na minha casa sem a minha permissão. Eu fecho a porta com raiva e viro para olhar na sua bela cara de idiota. Ele continua sorrindo. É mesmo um idiota!
— Meu Deus, o que você faz aqui Jonathan? — Eu grito com ele.
— Não sei se você vai acreditar, mas foi algo impulsivo! — Ele olha para a bagunça. — Quer ajuda?
— Não precisa! Vai embora!
— Porquê você não gosta de mim?
— Eu não te conheço! Eu não sei quem você é. Porquê eu ia sentir alguma coisa por você?
Ele apanha as peças de roupas no chão e no sofá. — Mas podemos nos conhecer.
— O que você quer comigo? — Eu ajudo ele a apanhar as coisas no chão e no sofá.
— Quero conhecer você melhor Emma. Algo de errado com isso?
— Eu não sei, talvez porque eu não devo confiar em você.
— Pergunte para Jeremy! Ele é meu amigo e vai dizer o que acha de mim. — Ele está sorrindo. Porquê os idiotas têm o sorriso mais lindo?
Cruzo os braços e dou um passo em frente. Já sei como expulsar o idiota da minha casa. É o truque que uso com todos os idiotas. Ele não vai resistir em ir embora.
— Eu posso dizer o que eu acho. Depois de você limpar a minha casa e fazer um jantar delicioso para mim. — Me aproximo novamente quando vejo sua expressão congelada.
Ele ri. — Você quer que eu limpe tudo isso sozinho?
— Não! Eu quero que você limpe tudo isso e faça um jantar delicioso para mim, sozinho.
Ele fica com o rosto sério e arregaça as mangas. — Onde encontro o material de limpeza? — Pergunta.
Aponto para a porta do fundo e ele caminha até lá. O idiota não quer ir embora? Nem com isso? Que tipo de homem é esse? Ele devia fugir daqui sem olhar para trás.
— Você vai mesmo fazer isso? — Olho para ele varrendo a sala.
— Não é o que você quer que eu faça? — Gosto da resposta.
— Então, eu vou tomar um banho. Não ouse subir no meu quarto e espreitar!
— Não se preocupe!
Eu subo os degraus com cuidado e vou para o meu quarto. Tiro a minha roupa, não sei porquê, mas quero que Jonathan entre e me veja. Porquê minha mente está funcionando desse jeito?
Entro no boxe e meu corpo fica molhado em questões de segundos. Fecho os olhos quando sinto a pressão no meu rosto.
Ninguém me interrompe o banho e eu fico por lá mais um pouquinho.
****
Desço do quarto e vejo Jonathan terminando de arrumar. A casa está um brilho e da cozinha consigo sentir um cheiro delicioso, que me deixa com fome. Tudo está brilhando, e ele parecia cansado. Não entendo porquê fez isso por mim!
— Você está cansado? — Eu pergunto.
Ele olha para mim e sorri. — Espero que valha a pena. — Ele agarra o saco de lixo e sai.
Eu espero na sala por um tempo e ele volta com um sorriso no rosto. Ele está sempre sorrindo. Acho que até gosto do sorriso dele. E também gosto do resto que acabo de ver. Ele está apenas com uma camiseta regata apertada e calças jeans. Seus porte físico está bem visível.
— Você não quer tomar um banho? — Pergunto me sentindo mal por ele está fazendo isso.
— E depois disso, o que eu faço? Vou embora?
— Não, você disse que quer me conhecer não é? É o mínimo que posso fazer por você. — Ele chega perto lentamente.
— Que tal se eu for embora e a gente jantar amanhã. Eu conheço um lugar que você pode gostar.
— Então você cozinhou e depois vai embora? Porquê não desconfiar? — Eu rio.
— Você quer que eu fique aqui com você?
— Não é bem isso que eu quis dizer. Você limpou a minha casa e vai embora assim?
— Tudo bem. Eu fico aqui, mas a gente vai jantar amanhã.
Pestanejo. — Depois do jantar de amanhã você me deixa em paz?
— Depende de como será. — Ele dá um meio sorriso. — Aonde é o banheiro?
— Vem comigo. Mas cuidado com os degraus.
Subimos os degraus e fomos para o meu quarto. Jonathan fecha a porta e olha para mim. Esses olhos verdes são encantadores.
— Você é muito bonita Emma! — Ele diz e dá um passo a minha frente.
— Eu sei. Por isso, entendo que você esteja tão interessado. — Reviro os olhos.
— Eu vou tomar um banho. — Ele entra no banheiro.
Eu tiro uma caixa de baixo da minha cama e pego algumas roupas que eram do meu pai. Não é o tamanho do Jonathan, mas vai servir.
Desço novamente para terminar de cozinhar o que Jonathan começou. Termino tudo e fico olhando distraída para os cantos.
Faz tempo que não namoro alguém. Uns quatro anos, e devo dizer que tenho saudades disso, mas Jonathan não é o meu tipo. Eu quero tudo, e ele não vai poder me dar isso.
Meu ex namorado não era pobre nem milionário, mas tinha dinheiro para pagar meus luxos. Jonathan trabalha num restaurante, talvez só consiga pagar as contas e comer.
Volto para o quarto e vejo Jonathan vestindo a camisa do meu pai. Está um pouco grande, mas ele continua lindo. Não que eu nunca achei que fosse.
— Essas roupas são do seu pai?
— Eram. Quando ele morreu, minha mãe quis que eu jogasse fora, mas não consegui. Eu guardo aqui.
— Eu lamento.
— Não faz mal.
— Então, você vive com a sua mãe.
— E com a minha tia também. Ela é insuportável.
— Quando elas chegam?
— Daqui a pouco, então vamos jantar antes que elas te expulsem.
— Claro, mas antes eu quero dizer uma coisa. Você tem razão. Eu estou muito interessado em você e quero beijar você, agora!
— Você está brincando?
— Não estou. Eu sei que te conheci apenas ontem, mas há alguma coisa...
— Pode parar! Eu conheço essa conversa, estou com fome e preciso comer.
— Claro.
Voltamos para baixo e vamos para a cozinha. Jonathan senta na minha frente e eu sirvo os nossos pratos. Ele não desvia o olhar.
— Você sabe que isso é apenas um agradecimento por ter limpado a minha casa, não sabe?
— Mas a gente ainda vai jantar amanhã, não vai?
— Infelizmente.
Nós jantamos a comida deliciosa do Jonathan e ele vai embora depois. Quando a minha mãe e minha tia chegam, eu vou dormir e finjo que ninguém está aqui.
****
Chego um pouco atrasada na pastelaria e me apresso para trabalhar. Senhor Stocks e Susan já estão atendendo os clientes, enquanto Jeremy está fazendo mais pães.
— Lamento pelo atraso senhor Stocks. Não sei o que me deu hoje.
— Tudo bem. — Ele diz e volta atender os clientes.
Susan se aproxima de mim com um sorriso. — Você estava com alguém!
— Ele contou pra vocês? Não acredito!
— Vocês transaram? — Ela arregala os olhos.
— O que quer que Jonathan tenha dito, não é verdade. A gente só jantou.
— Sério? Mas ele não me disse nada. Você é que disse! Não vi ele desde ontem de manhã.
— Não quero mais uma palavra sobre isso. — Digo irritada comigo mesma por cair no seu truque.
— Claro, ele será o seu cliente, aposto que só quer ser atendido por você. — Susan aponta atrás de mim e vejo ele.
— Meu Deus!
— Emma, ele está apaixonado por você!
— Não acredito que as pessoas se apaixonem em tão pouco tempo. Ele não está apaixonado!
— Olha como ele olha para você Emma. — Eu olho. Seus olhos estão brilhando. — Aquele é o olhar de apaixonado. Ele está louco por você, não deixa ele escapar. Se eu fosse você não deixava.
— Se você está interessada, pode ficar com ele. — Cruzo os braços.
— Eu não estou. Ele é como um irmão para mim. Vai atrás dele você.
— Eu vou apenas atender um cliente qualquer!
Eu caminho até a mesa onde Jonathan está sentado. Ele sorri quando chego perto e meu coração pára. Aquele sorriso é sedutor, sexy e mais alguma coisa. Não gosto dele, é só que os homens bonitos intimidam bastante.
— Bom dia, Emma!
— Olá, o que vai querer?
— O que eu quero não consta no menu. Eu quero você! — As coisas estão ficando cada vez melhor!
— Jonathan, se você continuar assim, eu vou desistir do jantar de hoje a noite.
— Não! Não desista. Eu vou me comportar! — Ele fala imediatamente com uma pitada de desespero em sua voz.
— Então me diz o que você quer.
— Pode ser panquecas, ovos e bacon. E café. Não muito forte. — Ele diz e eu anotei no caderno.
— Vou trazer daqui a pouco.
— Está bem. — Me afasto dele e entrego o caderno a Susan.
— Você vai atender ele, Emma. Nada de deixar o gatão triste porque você não quis atender ele. — Finjo que não oiço. — Estou falando sério Emma, não seja tão difícil! Ele é bonito, tem um corpo incrível, tem olhos verdes de morrer e uma voz sedutora. Porquê você não gosta dele?
— Porque não! — Respondo.
— Já sei! Você está se fazendo de difícil, porque pensa que se for fácil demais ele perde o interesse. É isso?
— O quê? Não! Nada disso, eu não estou interessada, não quero nada com ele. Nada. Capiche?
— Você é idiota!
Jeremy chega perto com um sorriso e envolve o braço no meu ombro. Jonathan olha para a gente um pouco incomodado, depois desvia o olhar.
— Então, vai dar uma oportunidade para ele?
— Não! Eu já disse que não estou interessada.
— Vou buscar a comida de Jonathan. — Susan desaparece na cozinha. Olho para Jeremy.
— Emma, pensa bem no que está fazendo. — Jeremy me larga e começa a limpar o balcão.
— Já pensei. — Eu vou em direção à cozinha. — Vou trazer já a comida do idiota.
Susan está fazendo as panquecas e o ovo ao mesmo tempo. Sempre pensei ela era um prodígio em tudo o que fazia. Eu não seria capaz.
— Veio buscar a comida do seu namorado?
— Você é insuportável, Susan!
Ela termina os ovos e continua com as panquecas. — Eu só quero o seu bem. Eu sei que está se apaixonando por ele, e tem um monte de mulheres que querem ele, se você continuar assim vai perder um homem fantástico.
— Eu não quero saber, já disse isso. Não estou apaixonada. Você acha mesmo que eu me apaixonaria por ele? Jamais!
Ela termina e coloca as panquecas num prato, depois olha para mim. — Tudo bem. Se você diz! Só não diga que eu avisei.
— Não se preocupe com isso. Não vai acontecer.
Meti toda a comida de Jonathan numa bandeja e levei para a mesa dele. Seus olhos verdes olham para mim e um sorriso aparece nos seus lábios bonitos.
— Obrigado, Emma. — Ele diz. — Posso fazer uma pergunta? — Você acabou de fazer, idiota!
— O quê?
— Já houve alguma coisa entre você e Jeremy? — Ele está com ciúmes?
— Não! Mas gosto dele. Talvez até demais.
— Não acredito que esteja apaixonada por ele.
— Pensa o que quiser e come isso! — Aponto para sua comida e saio.
— Você quer que eu peça pra ele desistir? — Jeremy pergunta.
— Por favor! Eu não o suporto!
— Não se preocupe. Vou fazer isso. Depois de você jantar com ele essa noite, eu digo. Acredita, ele vai me ouvir.
— Você é um grande amigo. — Abraço ele e vejo Jonathan com um olhar triste. Eu me afasto de Jeremy como se estivesse fazendo aquilo por Jonathan.
— Você está bem? — Jeremy pergunta.
— Sim. Estou.
Jeremy atende una cliente e eu sirvo outros clientes. Jonathan não pára de olhar para mim e é horrível. Eu finjo que não percebo é continuo trabalhando.
Minutos depois, Jonathan finalmente termina e me dá gorjetas. Para alguém pobre, quer gastar dinheiro numa gorjeta. Olho para a nota de vinte e coloco no meu avental.
Levo a louça suja na cozinha e quando volto ele está esperando por mim no balcão. Susan sorri de um jeito irritante quando me aproximo dele.
— Mais alguma coisa? — Pergunto.
— Queria saber a que horas posso buscar você. Às seis está bem para você?
— Às nove. Mas isso não é um encontro!
— Como você quiser! Então nos vemos mais tarde. Adeus baby!
Eu não acredito que isso está acontecendo comigo!
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Atualizado até capítulo 34
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