Paulo visitou, a mãe de Abel pela manhã e comunicou sobre o acidente:
— Paulo, bom dia! Tudo bem? Abel não está, ainda não retornou da festa. Por favor, entre.
— Bom dia, senhora, com licença!
— Como está sua mãe? Sente-se, vou lhe servir um café. Parece aflito, aconteceu algo?
— Eu estava na festa com Abel ontem, preciso que a senhora venha comigo, para o hospital.
— Por quê? O que houve?
— Aconteceu um acidente, Abel foi para o hospital, ele não está nada bem!
Rosália desmaiou com a notícia e Paulo a socorreu:
— Senhora Rosália, por favor, acorde!
Ela recobrou a consciência e desesperou-se:
— Meu menino! O que aconteceu com ele?
— Por favor, acalme-se, levo a senhora lá.
— Vou ligar para minha irmã. Meu Deus! Ajude-me. — Clamou, Rosália.
Rosália ligou para irmã e mal conseguiu falar ao telefone e chorou:
— Alô
— Lurdes, pelo amor de Deus! Preciso de você urgente para ficar com os meninos, Abel está no hospital, ele sofreu um acidente, venha depressa!
— Meu Deus! Estou indo com o Kevin, tente ficar tranquila, já estou a caminho! — Lurdes acordou Kevin, deu-lhe a notícia — Amor, bom dia!
— Bom dia. O que houve? Está aflita!
— Desculpa querido, por acordar você essa hora, temos que ir à casa da Rosália, agora! Toma, coloque essa roupa! Abel está no hospital, sofreu um acidente de carro.
Rapidamente, Lurdes chegou, Kevin acompanhou Rosália, até o hospital e lá descobriu, que o amigo que estava com Abel, faleceu, ela desmaiou novamente, foi amparada pelas enfermeiras. Logo se recuperou, foi levada para ver Abel, o doutor já estava na sala e deu-lhe a notícia, sobre o estado do filho:
— Doutor, com licença, essa é senhora, Rosália, é a mãe do paciente.
— Senhora Rosália, sou Dr. Rogério, estou cuidando de Abel, o quadro dele, é delicado no momento, ele sofreu traumatismo craniano, persistimos de tentar estancar a hemorragia, seu cérebro está muito inchado, estamos fazendo de tudo para salvá-lo, mas, suas condições em que se encontra, as hipóteses são mínimas!
Abel entrou em um estágio de coma, vamos mantê-lo, com ajuda de aparelhos e esperar um milagre! Ainda é muito cedo, para saber como ele, reagirá.
— Salve-o Doutor, por tudo que é mais sagrado! — Implorou, Rosália ajoelhada e foi erguida pelo médico.
— Por favor, senhora, estamos fazendo todo o possível! Logo mais, voltarei para avaliá-lo e ver, se teve algum avanço de melhora.
— Obrigada, doutor Rogério.
Rosália ficou no quarto, segurou a mão de Abel, chorou e chamou por ele:
— Meu filho, a mamãe está aqui, escute-me, não me deixe, eu te amo, por favor!
Uma das enfermeiras entrou e pediu a Rosália, para assinar os papéis, assim que saiu, pediu a Kevin, que avisasse Lurdes, sobre o estado de Abel:
— Rosália, como está Abel? — Perguntou, Kevin aflito.
— Ele está em coma, meu Deus! Estou desesperada! Kevin, por favor, avise a Lurdes, sobre o estado de saúde de Abel e não diga nada aos meninos, se eles perguntarem, fala que Abel foi viajar.
Mais uma vez, peço a vocês, que fiquem com com as crianças.
— Vou avisá-la e com certeza, ela virá. Sabe como ela é! Pedirei que traga roupa e comida, você vai ficar bem?
— Sim, obrigada Kevin, por cuidar de todos nós, você é um anjo em nossas vidas, muito obrigada!
Kevin foi para casa e deixou Rosália, que retornou ao corredor e viu Abel pelo vidro e novamente chorou, lembrou-se da capela que havia no hospital, resolveu fazer uma prece, ela se ajoelhou e com todo seu coração, suplicou a Deus, pela salvação de seu filho Abel, um amor incondicional de fé, fez com que ultrapasse as barreiras, e sendo enviado como uma carta especial que chegou até a mais alta súplica Divina. O manto aquecedor, se fez novamente, com a prece de Rosália:
— Peço Deus, a tua benção! Agradecendo por mais um dia.
É uma aprovação, uma expiação difícil! Mas, estou aqui! Cuide e aguarde dos meus filhos, ilumine Abel, para que ele possa trilhar novamente, no caminho de luz. Nesse momento, ele encontra-se em grande expiação! Perdoar, Senhor Jesus! Entre com seu amor e preencha com sua sapiência, para mudar o coração duro e orgulhoso, ensinai a ele, a respeitar e dá valor na vida saudável que ele tem, que ele aprenda a ter compaixão pelo próximo e ter respeito a família. Pai, eu lhe suplico a tua misericórdia, traga Abel de volta!
Auxilie e ampara a família que perderá um filho hoje, cuide guarde dessa mãe, que possam ter o compreendimento da separação temporária. Recolha o espírito de Bruno e o guie no caminho de Luz que possa vir o guia e o perdão.
Cura as pessoas, que estão em leitos à beira da morte. Restaura a fé daqueles que se encontram desmotivados com o pensamento suicida. Daí a nós, a água redentora, que possamos despertar ainda em vida, esse amor incondicional ao próximo. Agradeço e acalma o meu coração nesse momento de angústia, entrego, Abel, em suas mãos e seja feita a vossa vontade. Assim seja!
As cortinas de luz, que iluminou o ambiente se fecharam e Rosália pegou no sono.
Raul recebeu a visita de Marina, que veio busca-lo, pois ele foi chamado, de volta à colônia espiritual:
— Marina minha irmã, que honra em tê-la aqui conosco!
— Nossa, nem me lembro da última vez, que estive entre os encarnados, é muito bom estar perto, de boas lembranças!
— Verdade, o que faz um espírito tão iluminado, no meio de nós, espíritos simples?
— Imagina Raul, eu diria ao senhor, é um ser de luz, muito abençoado!
— Sim, mas, confesso que a tarefa não é fácil! Bem, se pode ver, o estado que se encontra Abel.
— Não se deixe desanimar pelos resultados, amigo! Por isso vim, a senhora ministra Heloísa pediu para chamá-lo, é apenas uma breve avaliação, sobre o estado de Abel.
— Osvaldo, vigia Abel para mim? Terei que retornar a colônia, a senhora ministra Heloísa chamou-me. Retornarei, assim que possível!
— Não se preocupe Raul, vá, sem preocupações e retorne com boas novas.
Raul recebeu as orientações e retornou a Terra. Rosália foi acordada pela sua irmã Lurdes:
— Rosália, minha irmã! Acorde.
— Ai, meu Deus! Lurdes, nossa peguei no sono. Preciso ver Abel.
— Calma, conversei com uma amiga, que é enfermeira e trabalha aqui no hospital, Abel ainda está em coma e não teve melhoras, mas, tenhamos fé, ainda está muito recente.
— É angustiante vê-lo assim. Olha Lurdes, aquela é a mãe de Bruno, pobre mulher! O filho dela, era amigo de Abel, estava no volante, não resistiu aos ferimentos e faleceu. Fico pensando, que poderia ter sido Abel. — Novamente, Rosália chorou e Lurdes amparou-a.
—Não chora! Vamos consolá-la, eu lhe trouxe roupas e fiz uma sopa, você precisa se alimentar, as crianças perguntaram de você, disse a eles que você iria amanhã, vê-los. Não me olhe assim! Kevin ficará um pouco amanhã, para que você possa descansar, depois você retorna, qualquer notícia ele liga, os médicos disseram que não há muito que fazer agora. Vamos depositar nossa fé em Deus, sim!
— Está bem, amanhã irei para casa, obrigada Lurdes!
— Oh! Não chore, minha linda.
Osvaldo estava na ala fazendo uma espécie de limpeza espiritual, em Abel, quando Raul chegou para contar ao amigo, sobre decisão que a espiritualidade, concedeu para Abel:
— Retornei, Osvaldo, com uma missão nova, não vai nem acreditar! Fomos autorizados a buscar Abel, vamos buscá-lo, temos muito que conversar! Abel está entre a vida e a morte, a decisão será dele, terá que escolher entre o inferno ou o paraíso!
— Sim, Raul, vamos! Espero trazer de volta ao paraíso.
Os mentores chegaram, na beirada do Umbral e adentram na Capela Celestina. O clima pesado, de baixas vibrações, encontra-se, muitos espíritos desencarnados, com sua imagem, da sua última vivência terrena. Raul e Osvaldo encontraram o irmão Franciscano, que estava cuidando de Abel. Sem tempo a perde, começaram o
processo de limpeza e restabelecimento do perispírito de Abel, que acordou aos poucos. Franciscano anunciou o término da restauração, das energias de Abel:
— Pronto! Terminamos, pela graça de Deus!
Raul sentiu-se aliviado. Preocupado, questionou ao irmão:
— Ele ficará bem?
— Sim, Raul, vamos deixá-lo repousar um pouco e voltaremos para conversar.
Abel despertou, após longas horas de repouso, muito confuso, não conseguiu se lembrar do acidente e andou desorientado pelo corredor e encontrou seu mentor, Raul, que lhe apresentou:
— Abel, bom dia!
— Onde estou? Como sabe o meu nome?
— Muito prazer! Chamo-me, Raul e você está na ala de socorro, da Capela Celestina. Bom, vejo que está mais disposto! Gostaria de se sentar, para possamos conversar?
— Onde está minha mãe, minha família?
— No momento, não será possível vê-los, mas, garanto que se tudo correr, conforme o plano Divino, estará com eles em breve.
— Como assim? Preciso ir embora!
— Por favor, Abel, sente-se.
— Não me peça para sentar, quero ir embora!
— Você está, um pouco tanto agitado e pelas suas condições, sugiro que se acalme! Pois, está entrando em sintonia vibratória baixa e poderá ir, em um lugar e tenho certeza, de que não irá gostar!
— Que lugar? Espere, o teu rosto, não me é estranho!
— Quero que confie em mim, estou aqui para te ajudá-lo, no momento é o que posso lhe dizer.
— Como pede para acalmar! Não estou entendendo nada, eu só quero ir para casa!
— Venha, deita-se, é hora do seu remédio.
— Diga-me, o que está havendo e prometo acalmar.
— Está bem, vejo que não tenho outra escolha, porém, o que vou dizer, possa ser doloroso.
Alguns meses atrás, você saiu de uma festa com carro em alta velocidade, quando o seu amigo perdeu o controle e veio confrontar, com uma arvore.
Uma breve recordação, passou na mente de Abel, se recordou do acidente, onde estava seu amigo e desesperou:
— Meu Deus! Estou me lembrando, não pode ser! Meu amigo, como ele está? Preciso falar com minha mãe!
— Abel, o acidente foi muito grave e infelizmente o seu amigo desencarnou, mas, já foi resgatado, enquanto a isso, não se preocupe.
— O quê? Morri também? — Nervoso, Abel segurou Raul, pela camiseta e exigiu uma explicação. — Diga-me?
— Não, ainda não morreu, você está em coma no hospital.
— Como estou em coma, se estou aqui, falando com você!
— Você está aqui no plano espiritual, apenas em perispírito. Preciso que me ouça com atenção, o que aconteceu com você, é grave, mantenha a disciplina para não se prejudicar ainda mais.
Abel perdeu as forças, uma forte energia o abalou, ele foi mandado de volta, para o pronto atendimento:
— Está melhor? — Perguntou, Raul.
— Sim, obrigado! Estou tendo um pesadelo? Como isso é possível?
— Abel, você encontra-se em um estágio, dormente. A espiritualidade veio ao seu auxílio, descanse e em breve, virei buscá-lo.
Sem compreender, Abel se acalmou. Passaram os dias, até que ele ficou recuperado, apagou a ideia fantasiosa, do que estava vivendo era um sonho e percebeu, que tudo aquilo, era real. Ele foi autorizado a visitar seu amigo Bruno, que se encontrava também no pronto-socorro, viu-o de longe e chorou, seu mentor tranquilizou-o, buscando-o, para seguir com o propósito divino:
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Atualizado até capítulo 32
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