O tempo estipulado pelo médico passou e Ametista já não aguentava mais ficar parada. As reservas estavam acabando e ela precisava começar a produção das encomendas de André outra vez.
Ela levantou um pouco tonta e quase caiu no chão, mas se segurou na cama, sabia porque acordara tão fraca. Estava comendo mal, dormindo mal, mas ainda insistia em dizer estar tudo bem.
Chorava diariamente ao olhar os pontos no seu abdômen, eles lembravam-na do horror que passou e aquilo estava a afastar ela do mundo. Por mais forte que ela fosse e por mais desejo que ela estivesse sentindo por Mike a cada semana, aquelas cenas ainda a continham no seu casulo.
Ela não o beijou mais desde o hospital, evitava tocá-lo ao máximo e se sentia mal por não conseguir olhar para ele com a sua audácia habitual. Ela gostava das sensações que aquele homem causava nela e queria ir adiante, mas sua mente não acompanhava o seu corpo.
Mesmo ele dizendo que nada havia mudado sobre ela aos olhos dele, ela ainda se sentia mal e precisava resolver os seus atuais sentimentos, porém o que mais a incomodava era saber o quanto estava sendo difícil para Mike também.
Não só por ver o que aconteceu, mas também por estar reprimindo os impulsos que ela tanto gostava para ajudá-la a se recuperar. Ela também sentia falta de tocá-lo mais intimamente e se culpava por não conseguir.
Mike acordou e foi tomar banho, era dia de levar Ametista para verificar os pontos e ele queria aproveitar para passear um pouco com ela. Se ele bem a conhecia, sabia que por mais gentil que ela tentasse parecer, estava estressada e agoniada de ficar em casa parada por tanto tempo, mesmo que esse tanto tempo fosse algumas semanas.
Ele tentou fazer bolos sob os comandos dela, mas nenhum ficou bom em definitivo; ele não era bom com doces a não ser para comê-los, o que o fez rir porque nunca na vida gostou de comer doces.
Era uma novidade para ele também; como o homem regrado que era e lembrou ser, riu mais ainda pela ironia. Definitivamente fazer doces não era com ele!
Quando saiu do banho, viu Ametista preparando o café que não era muito, apenas pão e queijo com iogurte. Ela estava com os cabelos molhados o que indicava haver tomado banho do lado de fora da casa, as roupas já estavam estendidas e ela parecia bem melhor que nos dias anteriores.
Como parecer não era ser, ele queria ter certeza; precisava vê-la bem, por mais egoísta que fosse, ele necessitava do sorriso espontâneo dela, dos diálogos aleatórios, dos gritinhos repentinos quando ela se empolgava com qualquer coisa... pelos dois, ele tinha que agir.
Ela olhou para trás e viu Mike sem camisa olhando para ela com um sorriso quase imperceptível nos lábios e piscou para ele enquanto comia. Ele se aproximou devagar e deu um beijo carinhoso no rosto dela antes de pegar uma colherada de iogurte.
— Bom dia, Mik!
— Bom dia, pequena! Dormiu bem?
— Nem sei mais o que é isso.
— Vamos ao hospital hoje. Então se arruma pra gente não ficar lá muito tempo, ok?
— Ok. Mas que animação é essa?
— Vamos dar uma volta. Ou quer ficar mais tempo em casa?
— Pensando bem... não quero ficar em casa mesmo não. Já terminei aqui.
— Ei, ei, ei! Onde ‘cê pensa que vai?
— Me arrumar. ‘Cê é doido?
— Você mal comeu, Linn.
— Comi sim! Esse já é o terceiro pão! – Ela riu e foi para o banheiro escovar os dentes.
— Uma coisa. – Ele a seguiu e parou na porta do banheiro. – não vou duvidar de você quanto a ter se alimentado agora, mas vou cuidar para que se alimente enquanto estivermos na rua. Isso está fora de discussão, pequena!
— Por quê? – Ela cuspiu a pasta e voltou a escovar os dentes olhando para ele.
— Você emagreceu e eu gosto das suas curvas. Não sei você, mas prefiro como estava antes. – dito isso ele se retirou deixando Ametista petrificada com a escova na boca.
Mas que porra foi isso aqui? Ele levou mesmo a sério ser direto. Ela pensou. Ao menos o boy vai ficar de boas se eu ganhar mais alguns quilinhos. Ela deu de ombros, terminou suas higienes e saiu do banheiro para se vestir.
Quando entrou no quarto, viu Mike sentado na poltrona com os braços tapando o rosto, mas, não foi o que chamou a atenção dela a princípio. Ele estava ereto e pulsando.
Se existisse um tradutor de “picas” com certeza a dele estaria pedindo socorro, implorando por algum alívio, qualquer que fosse. Era nítido o quanto ele estava se controlando por ela. Mike estava vermelho e respirando fundo tentando se acalmar sem se tocar, ela estava acordada e podia surpreendê-lo. Ele não teria o que dizer.
Ametista sentiu o seu corpo dar sinal, ele era completamente gostoso de olhar; e tocar. Ela sabia que ele estava se contendo, mas não pensou que estivesse tão a flor da pele.
Bem, o que ela sabia sobre os homens nesse quesito? Na ponta dos pés ela se aproximou da poltrona e tocou o membro dele pela roupa; Mike imediatamente se mexeu sem jeito por ela tê-lo visto daquela maneira.
— Pequena? Foi mal, eu... – Ele tentou esconder sua ereção.
— Tá excitado pra caralho? Tô vendo!
— Daqui a pouco passa. Nada de mais, acontece. – ele deu de ombros tentando não se importar e pensando em como ela não fez nenhum barulho para entrar no quarto ou se ele estava distraído demais para perceber que ela estava ali.
— Nada demais? Eu diria o contrário! Posso ajudar? – Ametista apontou para o que ele queria esconder.
— Não entendi, ou entendi?
— Acredito que entendeu perfeitamente, Mik.
— Ametista... – ele tentou falar, mas ela o interrompeu.
— Posso ajudar a aliviar essa tensão? – Ametista sorriu. – suponho que posso fazer algo.
— Tem certeza? – ele questionou, confuso. – Não quero te pressionar.
— Sou eu ou você quem tá pedindo?
— Só não quero...
— Eu quero, Mik! Só precisa decidir se quer ou não. Simples! – Ametista já estava de frente para ele aguardando a sua resposta.
Ele a encarou por um tempo, estava relutante. Queria tocá-la e senti-la, mas não se ela sentisse precisar fazer aquilo por ele, no entanto, ela estava pedindo, parada na frente dele, com uma camisa transparente. Estava difícil ser racional.
Ametista não mostrou nenhum sinal de insegurança e o encarou de volta, um olhar sedutor e cheio de promessas. Um pequeno sorriso no canto dos lábios dela foi o fim da conversa silenciosa.
Ele se acomodou, fechou os olhos e deixou que ela o tocasse. Ametista deslizou a ponta de seus dedos, fazendo círculos irregulares, das pontas dos dedos das mãos dele à linha da sunga. Instigando o prazer dele, Mike se arrepiava com cada toque e deitou a cabeça nas costas da poltrona se entregando as carícias dela.
Puta que pariu, agora vou ficar pensando em quando vou poder foder ela nessa casa inteira! Mike pensava e tentava controlar o impulso de tomá-la ali mesmo e esquecer que ela precisava que ele fosse paciente. A pressão era tanta que suas veias estavam saltadas a ponto de quase explodir.
Ametista continuou a sua sensitive massage estimulando o corpo de Mike mordendo, beijando e assoprando, precisava se conectar ao que eles tinham e o cheiro dele era seu afrodisíaco.
Ela não estava pronta para além daquilo, mas podia agradar a ambos de outra maneira, então segurou o rosto de Mike procurando o mar dos olhos dele; que os abriu para encontrar os olhos hipnotizantes dela, e o beijou lentamente descendo pelo pescoço, deixando um caminho de beijos até o abdômen bem definido dele.
E ainda com as pontas dos dedos ela o massageou até chegar ao seu membro duro como madeira e libertá-lo.
Ametista o tocou com delicadeza e de joelhos o cobriu com a boca fazendo Mike soltar um gemido alto e abafado agarrando os braços da poltrona. Ele queria tocá-la, mas não queria que ela parasse, aquela tortura era melhor que não senti-la de maneira alguma. Aquilo significava um progresso.
Ametista fazia movimentos circulares com a língua e trabalhava com as mãos em sincronia com movimentos de vaivém, as vezes olhava para Mike para espiar o quanto ele estava gostando e encontrava os olhos dele famintos por ela. O que a deixou encharcada.
Sua boca mal cabia nele, mas ela gostou muito de senti-lo.
— Ah! Eu precisava disso! – Ele estava rouco de tesão.
— Meu prazer é o seu, baby. – disse ela, passando a língua por todo o comprimento dele, devagar.
Ela intensificou as sugadas e lambidas no pau dele, enquanto se tocava também. O calor em seu ventre a deixou com vontade de pular nele, mas toda vez que ia, desistia e permanecia onde estava. Dar prazer a ele era suficiente naquele momento.
Ao perceber o que estava acontecendo Mike segurou os cabelos dela e pressionou mais contra o seu membro, ele estava chegando ao clímax e o gemido baixinho dela o estimulava ainda mais.
— Porra, Linn! – Mike disse entre o dentes. – Vou gozar!
Vê-la de joelhos e disposta a dar prazer a ele mesmo que ainda não estivesse completamente recuperada era um degrau a mais para o paraíso. Ele a teria por completo em breve e ver isso nos olhos dela o fez explodir.
Ametista engoliu tudo e continuou a chupar até chegar onde queria, Mike continuava duro e ela gostou demais daquilo, se masturbou com mais vontade limpando cada gota até levá-lo ao limite novamente. Só então ela se deixou ir com ele e gozaram juntos.
— Tá melhor agora, amor?
— 50% melhor. O que foi isso? – ele perguntou, ofegante.
— Massagem tântrica! Primeira vez que fiz desde que aprendi. — ela limpou o canto dos lábios.
— Foi o melhor oral que eu já recebi desde o início da minha vida sexual. – ele jogou a cabeça para trás e fechou os olhos. – Isso foi foda, Linn!
— Gostei de ouvir isso. Espero ser mesmo verdade.
— Nunca vi os meus dedos quase atrofiando de tesão antes, se serve como prova.
— Não gosto de te ver sofrer.
— Não me importo em ser consolado assim.
— Eu alimentei um monstrinho, céus! – ela riu. – era o mínimo que eu podia fazer.
— Me fez imaginar o máximo. Vem cá, safadinha.
Mike aproveitou o momento de euforia, a tirou do chão e beijou com fervor antes de irem para o banheiro e se lavarem para sair.
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Atualizado até capítulo 222
Comments
Débora Oliveira
que fogo 🔥
2024-06-22
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