Os dias vão passando e acabei não indo mais a aula de reforço essa semana, também não vi Aline esses dias. A situação na minha casa não são as melhores. Meu pai não tem conseguido ir a loja pois tem estado bêbado dia e noite. Minha mãe tem se desdobrado no serviço da casa e da loja, ela é uma mulher valente e não deixa a peteca cair.
Sou Carla, tenho trinta e cinco anos e sou mãe da Maria Sofia, ela é a minha razão de viver. Nesse momento difícil ela tem sido meu amparo e minha força para enfrentar essa turbulência.
Meu esposo tem problemas com álcool e está numa fase em que não fica sem beber nenhum dia. Vejo que Sofia tem amadurecido precocemente por causa disso, ela tem sido meu apoio e o ponto de eixo do seu pai.
Ela vai a aula e me ajuda na loja. Três vezes por semana ela tem aula particular, é uma maneira que encontrei de tira-la desse meio infernal que estamos vivendo.
Ao menos distrai com alguma coisa fora dessa louca turbulência.
Eu não consigo entender o porquê que seu pai de um ano para cá tem bebido tanto. Ele está cada dia pior .
Sinto que alguma coisa o tem afligido muito, ele essa semana não quer ir a loja e fica dando desculpas para a bebedeira.
Ainda tenho uma sogra abençoada que me culpa o tempo todo pelo que acontece com o filho querido.
Meu nome é Luiz, tenho trinta e cinco anos e sou casado com Carla e pai da Sofia. Ela é minha razão de viver, mas tenho me auto destruído com a bebida por conta de uma loucura que eu fiz. Não tenho coragem de falar a verdade com minha família e por covardia eu bebo para fugir da realidade.
A pouco mais de um ano eu traí minha esposa com uma funcionária da loja. Tenho vivido um martírio todos os dias, pois tenho sido chantageado por ela que ameaça a contar para minha família que a criança que ela está esperando é fruto dessa escapulida.
Sei que a criança não tem culpa e muito menos minha família. O culpado sou eu e também por ser um covarde. O que mais me dói é ver minha esposa dedicando seu tempo para ajudar a funcionaria mãe solteira. Bárbara é tão maliciosa que usa da boa fé da minha esposa para me chantagear.
Ela está grávida de quase oito meses, tenho minhas dúvidas a respeito do filho ser realmente meu e se ela não está fazendo isso tudo só para me atormentar.
No início foi uma atração física e depois fiquei entranhado nas suas artimanhas.
Depois de muitos dias sem ir na loja, decido encarar os problemas. Minha filha fica toda feliz ao me ver chegando no serviço, ela vem ao meu encontro e me beija. Quem tem uma filha tem um amor eterno.
__ Pai, que bom que o senhor veio para a loja, Bárbara não veio trabalhar hoje, está indisposta e eu não quero deixar minha mãe sozinha trabalhando.
__ Você tem reforço hoje? Pode ir eu ajudo sua mãe.
Saio da loja mais tranquila, depois de dias só o vendo bêbado hoje ele está sóbrio. Tenho uma certa insegurança pois não sei se o encontrarei assim quando voltar.
Aline ainda não está conversando comigo, mas também não a vi direito por esses dias. Ela teve uma virose e não foi a aula.
Chego na casa de dona Berenice e Renato está na sala conversando com os outros garotos que estudam com a gente. Aline não veio, deve estar se sentindo mal, depois da aula eu devo ligar para ela e saber o que está acontecendo.
Sentamos um ao lado do outro e como quem não quer nada Renato começa a conversar, estou um pouco sem graça mas vou me acostumando com o ambiente. Ele fala dos seu trabalho e de como gosta de pintar as peças, fico interessada pois adoro tudo que envolve artes. Apesar do meu sonho é ser modelo.
Durante a aula, sua mãe explica a matéria e sinto sua mão pegar a minha por baixo da mesa, está virando um hábito e não posso negar que estou amando.
Sinto um calafrio pelo meu corpo e uma sensação que eu ainda não havia sentido. Passamos assim quase o tempo todo da aula. Eu não consigo me desvencilhar dos seus ataques inocentes. É prazeroso essa sensação estranha, apesar de ser muito jovem mas é algo novo para nós dois.
Estou caminhando para o ponto do ônibus e ouço alguém me chamando. Olho para trás e e ele está correndo até meu encontro.
__ Sofia, você esqueceu sua bolsa de lápis.
Ele está afoito pois correu uma longa distância
__ Obrigada, saí e nem me dei conta.
Falo guardando junto com meu material em minha mochila.
__ Eu anotei meu telefone, está dentro da bolsinha. Se você quiser conversar comigo é só me ligar ou mandar uma mensagem.
__ Está bem! Só não vou te garantir que farei.
__ Por quê não?
__ Não temos idade para isso e meu pai não gosta que eu fique conversando com quem ele não conhece.
__ Eu só quero sua amizade, não vou te arrancar pedaços. kkk
Seu sorriso é lindo e faz minha pele ficar igual pimentão.
__ Vou pensar, se der eu te ligo.
__ Vou ficar esperando.
Ele me beija novamente o rosto e fico sem graça. Ele sabe ser gentil e gracioso. Entro no ônibus e rapidinho adiciono seu número no meu celular. Jogo o papel fora para não correr o risco do meu pai descobrir. Não coloco seu nome na agenda, escrevo Renata no lugar para não dar motivos de brigas com meu pai e a Aline.
Chego em casa e meu pai está sóbrio como a muitos dias eu não via. Minha mãe prepara o jantar e meu pai está vendo um filme na televisão.
__ Filha, senta aqui com o pai.
Me sento ao seu lado e deito minha cabeça em seu peito. Me sinto segura e protegida quando ele está assim. Gostaria que fosse todos os dias como agora.
Minha mãe nos chama para jantar e percebo que eles estão bem, gostaria muito que fosse assim todos os dias.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Lena Macêdo E Silva
bem é só pedir um Dna 🧬 sem ela saber e depois falar para a esposa, que foi chantageado e demitir a funcionária por justa causa...
2023-06-03
7
Saalem Pontes Braga
linda história
2023-04-25
1
Vivian
amando 👏👏👏
2023-01-19
1