Capítulo Cinco

Capítulo Cinco

Depois daquilo, comecei a engolir água de forma exagerada, ficamos em silêncio o tempo inteiro até o sinal tocar para irmos para a sala de lutas, ótimo! Posso descarregar minha raiva em lutas.

— Então, eu já vou indo. (Gatriza levanta-se, batendo as palmas no vestido).

Eu também levanto, recolhendo a toalha azul-escura, limpo as mãos no vestido e vou caminhando até a sala. Por incrível que pareça não encontro Lucas, nem Amélia, nem Rocke ou Benis.

Mas, encontro Caltrin me observando pela janela, ele estava sem a fita vermelha em seus olhos.

Ele me olhava como alguém que quer me desvendar, eu o encaro, mas ele não desvia seu olhar, eu odeio isso, porque gosto de vencer e Caltrin não é do tipo que desiste fácil.

Nos olhamos por dois minutos, ele deu um sorriso no cantinho da boca para mim e colocou sua fita novamente, depois saiu para a sala do s.r Nikchel.

Decido então entrar para a sala de luta, estavam quase todos lá.

— Vamos começar pegando seus equipamentos. ( Katrine falara, ela aparentava ser da minha idade, mas é guerreira da corte Matriz).

— Vamos. (Eu sussurro aproximando de uma espada).

Todas as espadas são de níveis baixos, sem encantamentos, é o guerreiro que está lutando que coloca algum encantamento.

Nunca lutei com uma espada encantada.

— Vamos começar por Amélia e Gatriza, Mark e Benis, Lucas e Rocke, Lanna e Ledyni, Miriam e Lunna, Mark e Gost. (Katrina falara ao meu lado).

Todos estavam em suas posições e eu procurava por Ledyni, ela depois aparece com um sorriso no rosto, estralando o pescoço para os dois lados. E posicionando a espada para começar a luta.

Ledyni venho até mim com um salto, eu desviei sendo arremessada para trás.

Ledyni era forte o bastante para conseguir me derrotar. Posicionei a espada para baixo, dando uma brecha para ela vir até mim, Ladyni fez como eu esperava, venho até mim com a espada direcionada entre o pescoço e a clavícula. Rodopiei minha cabeça para baixo enquanto atingia sua perna com um arrastão, ela desequilibrou-se e caiu foi aí que consegui ir até encima dela com a espada, mirando-a em seu pescoço.

Eu venci a luta.

Foi isso que pensei em apenas uns dois segundos, enquanto ela alcançava sua espada e mirava em minhas costas.

— Tsc! (Ela zombou sorrindo, enquanto eu serrava os dentes).

Agora é ela que está em cima de mim, mirando sua espada em meu pescoço, tento contê-la, enquanto Katrina nos observa apenas de soslaio diversas vezes.

— O que vai fazer agora mortal? (Ela perguntara entre risos).

— O que você vai fazer? (Ela ri e depois sussurra em meu ouvido).

— Isso. (Diz Ledyni)

Ela preenche sua espada em meu pescoço, enquanto eu tento afastá-la de mim.

Agora todos estão olhando para nós, eu não vou dar mais uma chance de ser humilhada para os Pontaphos, de perder mais uma vez.

Começo virando sua espada para sua direção, coloco todas minhas forças para isso que até sinto que as veias vão estourar de tanta pressão.

Quando estou virando-a para seu pescoço, vou mais fundo em sua garganta. Fazendo-a recuar para trás.

Jogo sua espada para longe e pego meu punhal preso em minha perna.

Puxo-a para um mata leão enquanto estou pressionando o punhal em sua garganta.

Agora sim, eu venci.

— Já chega! (Diz Katrina fazendo sinal para soltar Ledyni).

Eu a solto em seguida e cambaleio para trás. Ledyni está tomando todo o ar de volta puxado por mim.

— Ledyni vá para lá. (Ela aponta para onde está Rocke, Benis, Gatriza, Lunna e Gost.

Eu vou para onde está Amélia, Lucas e Mark.

Lucas e Amélia estão conversando e Mark está me olhando.

Mark é de minha turma desde esse ano, é da mesma Corte que Gatriza e quase nunca vem a aula.

Depois de um tempo esperando Katrina que saiu para uma conversa com o s.r Nikchel, vou até o bebedouro. Estou definitivamente feliz por ter ganhado em frente aos idiotas. Eu só queria ter os visto perderem a luta.

— Parabéns, La. (Alguém sussurra em meu ouvido, quando viro-me vejo Rocke com um meio sorriso se estreitando no rosto, ele está com a cabeça encostada na parede e os braços cruzados).

La...

La!?

— Hum, obrigada. (Tomo o resto da água e depois vou passar por Rocke, até onde está os outros).

— Não vai dizer nada? (Rocke indaga-me, eu paro em frente a ele, com os braços cruzados e com o cenho franzido).

— O que devo falar?

— Odeio quando alguém me responde com outra pergunta. (Ele informa, descruzando os braços).

— Você já tem motivos demais para me odiar. (Digo).

— Não é ódio, é atração. (Fico boquiaberta com oque ele disse).

— Tenho que ir. (Falo num sussurro).

— Não finja que não ouviu Lanna. (Ele diz, sério encarando-me com aquele olhar de fera).

— Atração carnal, Rocke. (Ele para em minha frente olhando-me confuso).

_ Isso que está sentindo, é até provar meu gosto, isso não dura uma semana. Não fique insinuando que gosta de mim. Porque eu sei que não.

(Digo, balbuciando as palavras).

— Eu gosto de sentir isso, então. Eu quero você Lanna, você sabe disso. (Ele fala desencostando da parede e parando um pouco perto de mim, consigo ouvir sua respiração pesada saindo do peito em um formidável apelo de socorro).

— Chega, Rocke. (Vou até Lucas, Miriam, Amélia e Mark, me encarando com ânsia).

— Já que todos estão aqui, vamos começar o treinamento. (Katrina chega em frente à nós com sua postura impecável). – Lucas e Mark, Miriam e Lanna e Amélia irá lutar comigo.

— Sorte sua que não ficamos no mesmo barco. (Diz Amélia passando por mim e indo até sua espada).

— Tsc! (Eu praguejo).

— Este ainda é o segundo round. (Eu falo em tom de desafio).

— Vou te derrotar de forma deliciosamente vitoriosa. (Ela diz cheia de si, tenho medo da minha boca que fala mais que meus próprios pensamentos).

— Espero para ver. (Digo sorrindo para ela, que pegara sua espada olhando-me).

— Pronta? (Pergunta Miriam com sua pontualidade de educação).

— Mais que pronta. (Sussurro para mim mesma, mas explícito o bastante para começarmos a luta).

Está sendo uma vitória chata, entediante, porque Miriam não luta bem quanto eu queria, ás vezes as coisas são chatas quando são fáceis...

Quando termino a luta, olho pelos arredores caçando Rocke, não o encontro e logo depois vejo Amélia descarregando sua raiva de mim em Katrina, ela arremessou Katrina na parede, com a força de sua espada. Katrina eclodiu com a parede de concreto, chocando sua cabeça e largando sua espada, dando espaço total para Amélia apontar sua espada a seu pescoço.

Foi um arremesso em tanto, mas Katrina é forte o bastante para não fraturar nenhum osso.

Amélia venceu, eu venci e o mais temido, Lucas venceu.

Sua luta foi da mesma forma que a luta de Amélia, não demorou muito para encher Mark de socos no estômago, minha barriga embrulha só de lembrar do peso do seu soco me dar ânsia.

Ele me lança um olhar de ódio e curiosidade pelo meu corpo.

Katrina se recompõe, com um olhar firme para nós. Com a mão pousada em sua cabeça, massageando-a.

— Lucas e eu, Amélia e Lanna em suas posições.

Faço oque ela pediu, encarando Amélia, ela está com um sorriso medíocre no rosto.

— Pronta para perder mortal? ( Amélia pergunta com sua voz melancólica).

— Estou pronta para ganhar. (Eu digo pegando meu punhal e colocando veneno em sua lâmina).

Amélia está pegando sua espada enquanto eu estou subindo no ringue.

Por um milésimo de segundo me recordo de Will, quando encaro Caltrin me olhando pela janela da sala. Ele não está com a faixa, seus olhos são como os de Will, como alguém que deseja conhecer o mundo por completo, alguém que lhe tiraram as esperanças, mas que mesmo assim acredita no impossível.

A luz reflete um mar profundo nos olhos intensos de Cal, agora vê vejo admirando eles, mas sei que não devo, porque estou admirando-os por lembrar de Will, não por ele ser Cal. E sei que Cal nunca irá me fazer sentir como Will, nem Rocke.

Cal merece ser amado por ser quem é, não por ser semelhante a Will.

Eu amo Will, não amo Cal.

Cal sorri para mim e eu apenas o encaro com dúvida. Por que isso tá acontecendo? Eu não quero machucar Cal por ser confusa demais para amá-lo, mas ele não parece se importar.

Quando ainda estou no transe Amélia avança até mim, com um olhar de ódio. Ela me dar um soco no estômago e depois quando me deparo estou no chão e Amélia está em cima de mim, com um olhar sanguinário.

—Não precisamos lutar Amélia, você venceu. (Digo por vencida, esticando o pescoço o para encará-la, ela está com semelhança sorridente mas depois está surpreendida).

—Você é tão fraca que me dar nojo! (Amélia pigarreia saindo de cima de mim, apontando sua espada em meu pescoço).

Recosto minha cabeça no chão, estou tão cansada.

Você é tão fraca que me dar nojo. – Eu sou tão fraca que me dar nojo.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!