OS MATEOS
Meu nome é Dilan, tenho vinte e dois anos e falta apenas uma semana para eu terminar meu curso. Sou o cara mais popular da faculdade e estou no meu último ano. Sou rico graças ao meu pai, dono de uma grande empresa. Faço faculdade de Direito.
Tenho uma irmã caçula, ela tem dezessete anos e trabalha como modelo em uma agência.
Chego na frente de casa e vejo um carro vermelho estacionado.
— Uau. — falo, admirado.
— Gostou? — diz meu pai, com um sorriso no rosto.
— Pai, esse carro é lindo!
— Eu sei. Ele é todo seu. — Ele joga a chave pra mim.
— Mas eu nem tenho carteira de motorista...
— Qual é? Vai dar uma voltinha...
Pego o carro e saio pelo bairro. Observo as nerds indo pra biblioteca, vejo as patricinhas, e falando nelas... lá vem a Kate.
QUEM É KATE?
Uma riquinha gata, 16 anos, loira dos olhos verdes... (Mas todo mundo sabe que é lente).
— Ei. — ela diz.
— Oi. — respondo, diminuindo a velocidade.
— Vê se atende quando eu ligar. — ela fala, jogando o celular dentro do carro.
Aceno positivamente e saio dali.
Vejo meus amigos na praça, buzino e aceno para Pedro, André e Diego.
— Qual é, seus putos!
— Tá de brincadeira? Assaltou uma concessionária? — zoa o Pedro.
O Pedro é ruivo. Até eu, se fosse mulher, dava pra ele. O cara é bonito... não mais que eu, né? Autoestima é tudo!
— Que concessionária, idiota! — André dá um tapa na cabeça do Pedro.
O André é moreno, todo musculoso, e o sorriso dele parece luz de refletor. Tô até hoje tentando descobrir quem é o dentista dele.
— Papis deu um carrinho, já tava na hora, rs. — diz Pedro, pulando no carro e mexendo no som.
— Bora, pessoal! Vou ser o motorista de vocês hoje! — falo.
— Pula logo, papis vai levar a gente pra casa. — André fala, rindo.
— Vai se ferrar. — respondo, acelerando o carro.
— Vamos sair pra beber! — diz Diego.
O Diego é o mais galinha e o famoso bad boy da turma. Vive de preto, parece que vai pra um enterro todo dia, rs. Mas as meninas gostam... fazer o quê?
— A mesma de sempre? (Boate) — pergunto.
Os meninos se entreolham e logo topam.
Chego em casa e vou direto pro quarto. Entro no banheiro, tomo uma ducha e saio com a toalha na cintura. O celular toca.
Era o celular que a Kate tinha deixado comigo. Olho pra tela, penso um pouco e resolvo atender.
— Alô?
— Oi, Dilan. É a Kate.
— Eu sei. O que você quer?
— Queria te convidar pra sair.
— Não vai dar. Marquei com os meninos.
— Posso levar as meninas... vai, mozinho...
— Tá, tá. Te mando o endereço por mensagem.
Eu até queria sossego, mas o trio de patricinhas é o mais bonito do curso. Não dá pra rejeitar.
Visto uma roupa casual e desço até a sala de jantar.
— Boa noite, família!
— Boa noite! — todos respondem.
— Mano, daqui a uma semana você vai se formar. Pretende viajar ou trabalhar com o papai? — pergunta minha irmã.
— Claro que não. Quero abrir minha própria empresa.
Vocês devem estar se perguntando por que eu não quero assumir a empresa do meu pai.
Bom... a empresa dele foi construída com dinheiro sujo. Eu até me dou bem com ele, mas nunca faria o que ele faz. Ele seria capaz de vender a própria filha por dinheiro! Mas isso nunca vai acontecer. Eu não deixaria.
— Tchau, família. Tenho compromisso. Não me esperem.
Saio de casa, pego o carro e vou direto pra boate. No caminho, ligo pros caras.
— Já chegaram? — pergunto.
— Cadê você, seu puto! — André parece chateado.
— Já tô chegando. Reservaram a sala?
— Sim, estamos esperando.
— Tá. Tchau. — desligo o celular.
Paro o carro ao ver a Kate, a Cris e a Beca.
— Boa noite, meninas!
— Qual é, Dilan? Tá atrasado! — Kate fala, bufando.
— Foi mal.
Minha mãe sempre me ensinou a nunca faltar com respeito à hora da comida. Aqui em casa, jantar é quase uma reunião de família... uma rotina diária.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 48
Comments
Lena Macêdo E Silva
está terminando o curso de direito com postura de calouro 🤔
2023-01-07
0