Fiquei mechendo no meu celular, quando me lembrei do número daquele peão, fui correndo procurar no bolso do vestido e achei, todo amassado.
Salvei o número, não tinha nenhuma foto, será que realmente era o número, certo? Escrevi várias formar de dá um oi, mas desisti.
Acho melhor deixar para lá, não vou mandar mensagens agora, não quero que ele pense que sou interesseira e só mandei mensagens para pedir o dinheiro dos remédios e também já está tarde, né? Amanhã mando mensagem para o meu peão, se esse realmente for o número certo.
Na noite tive um sonho, eu estava deitada na grama e via uma manada de cavalos vindo em minha direção, eles vinham de forma lenta e amigável, então montado em um desses cavalos estava o meu peão.
De chapéu e sem blusa, com aquele abdômen sarado, era incrível como lembrava de cada detalhe dele, o sonho era tão realista, que no momento até acreditava que fosse real. O peão desceu do cavalo e se ajoelhou ao meu lado, ele não dizia nada, só ficava me olhando, com aquele olhar ardente e penetrante, sentia arrepios pelo meu corpo.
Ele então me deu um beijo de leve na testa e com as mãos passou a percorrer o meu corpo, acariciava sutilmente os meus peitos. Com apenas um gesto ele levantou o meu vestido me deixando deitada apenas de calcinha, ele me olhava como se estivesse faminto a dias, começou a percorrer o meu corpo com a sua boca e ao mesmo tempo me acariciava com as mãos.
Ele chupava, mordia e beliscava o bico do meu peito, enquanto uma de suas mãos descia até a minha virilha, com a língua subiu até o meu pescoço, foi quando puxei ele para um beijo, demos um beijo ardente e ele se deitou em cima de mim, se apoiando apenas nos seus braços, quando comecei a sentir o calor do seu corpo, eu acordei...
Acordei com canto dos galos na minha janela, estava ofegante, toda suada e toda molhada, não era nem 6 da manhã.
Só queria saber de quem foi a brilhante idéia de colocar o galinheiro quase do lado da casa e grudado no quarto.
Só abrir a janela e joguei um balde de água naqueles galos endiabrados, deitei novamente na cama mas o meu sono já tinha se espalhado, agora a minha mente não para de pensar nós últimos acontecimentos.
E hoje ainda prometi que iria naquela fazenda maldita, estava tão corajosa quando falei isso, mas tenho que ir, tenho que resolver isso, agora é só eu pra tudo.
A minha mente ficou relembrando o sonho e os detalhes daquele peão, aquele olhar feroz e marcante, aqueles braços, meu Deus, aquele homem era perfeito, aquelas mãos grandes segurando na minha cintura, quando será que verei novamente ele?
Peguei o meu celular pronta para mandar uma mensagem para ele, mas lembrei do horário, está muito cedo... Mando mensagem mais tarde. Levantei da cama, minha ansiedade não me permitia continuar deitada, levantei, comecei a arrumar a casa e ajeitar o café da manhã. Minha mãe foi a primeira a levantar:
-Oi, minha filha! Bom dia, acordou cedo, não está de folga hoje?
- Oi, mãe! Bom dia, estou sim, mas me acostumei a acordar cedo e a senhora, dormiu bem?
- Dormir sim, só fui dormir um pouco tarde, tive que ir atrás do seu irmão lá no povoado. Esse menino está me dando um trabalho...
- Há mãe, porque não me chamou? Mas tarde vou ter uma conversa séria com ele.
- E você, desistiu daquela ideia louca de ir na fazenda Requião?
- Não mesmo! Deixa só eu terminar aqui e de tarde passo lá.
Meus outros irmãos levantaram, já estava dando o horário de ônibus escolar passar para buscá-los. Enquanto eles se arrumavam fui atrás do Pedro e tive uma conversa com ele.
- Ei, bonitão. O que você está pensando da vida em? Mamãe já não falou que não quer você andando com aqueles meninos, o que você fazia tarde da noite lá? Ela teve que sair daqui tarde da noite e ir atrás de você lá. Você sabe que ela está passando por tantos problemas, você ainda está querendo acrescentar mais um? Tu é de menor viu.
- Tá, Mel. Só foi dessa vez, eu vou me afastar deles, eu prometo.
- Acho bom, bonitão, acho bom! Vamos para não se atrasar, o café já está pronto.
O ônibus chegou e eles foram para a escola. Ficou só eu e a mamãe em casa, não se passaram dez minutos e o meu celular toca, tinha acabado de chegar uma mensagem. Era o Ricardo, o peão misterioso. Como assim? Como ele conseguiu meu número? Será que eu mandei mensagem para ele e não lembro?
-"Oii Moça bonita, não me mandou mensagem, fiquei preocupado e aí? Como está a recuperação?"- Dizia a mensagem.
Minhas mãos começaram a suar, não sei porque estou tão nervosa apenas com uma mensagem, talvez porque o peão mistério seja o meu futuro marido, teremos três filhos e eu não quero estragar os meus planos pensados ontem? Talvez sim, e não, eu não planejei nada disso... Eu estou surtando, ele precisa ser tão gostoso assim?
Eu nem quero casar, não faz e nunca fez parte dos meus planos, eu quero me formar, ter uma carreira consolidada e talvez depois disso eu pense em casamento. Eu estou viajando demais, é só uma mensagem.
- "Oi, Moço do cavalo! Eu estou bem, estou tomando os remédios certinho e o tornozelo já não dói tanto." Respondi, não demorou dois minutos e ele me respondeu.
-" Fiquei esperando a sua mensagem... Quanto deu os remédios?"
- " Desculpa, foi tanta correria que acabe esquecendo. Não precisa se preocupar com os remédios, foi uma besteirinha. Mas vem cá, como conseguiu meu número?"
-"Ah, não vou revelar os meus segredos pra você. Mas tem haver com um certo padeiro... Já que não aceita ajuda com os remédios, vai ficar com um crédito comigo, estou te devendo uma."
- " Nossa, tem alguma ideia de como posso usar esse crédito?"
-"Que tal um açaí?"
Meu Deus! Ele está me chamando para um encontro, é sério?
-"Hum, é uma boa ideia! Vamos marcar então."
- "Que tal de hoje a quinze?"
Tão longe. Acho que ele não deve está muito afim. Ah, para. Foi ele mesmo que deu a idéia.
- "Ahh, agenda lotada em, mas está marcado então, vou ver se acho uma vaga na minha agenda."
-" Eu queria que fosse uma data mais próxima, mas hoje estou indo para a capital resolver umas questões."
- "Tudo certo, bom que dá tempo de eu me preparar."
-" Hum, vai se preparar para mim?"
Aí, merda. Não foi isso que eu quis dizer, quer dizer não foi nesse sentido. Não quero que ele me veja como uma oferecida, eu não sou.
-" Não foi isso que eu quis dizer, é coisas de mulher, você sabe."
-" Não sei, mas vou ficar esse tempo todo imaginando e no dia do açaí você me conta tudo sobre esse 'preparo'."
Pronto, ele já acha que sou uma oferecida.
-" Vai com calma, peão. Vou pensar no seu caso."
-" Certo, dona Melissa."
- "Me chama só Mel."
-" Certo, Mel. Foi um prazer conversar com você, estou me afastando da cidade. O sinal do celular vai cair, mas qualquer coisa me chama, fica Cam vergonha não."
-" Pode deixar, Peão, o número já está salvo. Você também, qualquer coisa me chama. Boa viagem!"
-" Obrigado, bjsss..."
Mandei um emoji mandando um beijo com coração.😘
É, acho que foi uma boa conversa, fiquei admirada que ele foi até a padaria atrás do meu número, eu deveria deveria ter mandado mensagem para ele antes, assim poupava o esforço....
Nãaao, eu fiz certo, ele tem que se esforçar um pouco e ver que eu sou difícil mesmo. Mas que bom que ele me mandou mensagem!
- Etâ, que sorriso bonito! Tem tempo que te vi sorrindo assim.- Disse mamãe.
Eu não tinha percebido que estava sorrindo até ela dizer e mesmo com essa contestação, não conseguia controlar esse reflexo.
- Ah mãe, apesar de tudo, hoje acordei de bom humor, estou com uma boa sensação.
- E esse sorriso tem nome?
- Até que tem, mas não vou te dizer ele agora...
- Assim não vale, sabe que a sua veia é curiosa.
- Mãezinha, eu te amo, mas vou ficar te devendo essa...- Levantei fui saltitando para o banheiro, na verdade apenas tentei, no primeiro pulo meu tornozelo voltou a doer, logo desistir da ideia e seguir caminhando lentamente.
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Atualizado até capítulo 29
Comments
Anna Crystina Silva
autora coloca o nome das pessoas que estão falando ...fica melhor pra identificar quem está falando na fala
2023-07-03
0
Lourdes Rodrigues
muito interessante, estou amando 😍❤️😏 rsrsrs
2022-12-12
2
Nice Ribeiro
muito bom 😊
2022-11-21
1