Você quer ir no hospital? Eu arco com tudo, não precisa se preocupar- Disse ele ainda preocupado.
- Não precisa se preocupar, aparentemente estou bem. Só pelo fato de ter sido atropelada por um puro sangue árabe eu vou te perdoar. - Disse tentando aliviar a situação, mas quando fui dá um passo sentir uma queimação forte no tornozelo, me desequilibrei e se não fosse por ele, teria caído novamento no chão- Ée, talvez não esteja tão bem o quanto eu imaginei.
O peão mistério me colocou em seus braços e me carregou até a padaria, nessa hora queria que a padaria estivesse pelo menos um quilômetro mais longe do que estava.
Ele me colocou sentada em uma das cadeiras que estava na porta, se ajoelhou e começou analizar o meu tornozelo fraturado, aí que vi os machucados que eu tinha conseguido nessa aventura, eu estava de vestido, então minhas pernas ficaram toda arranha, a palma da minha mão também estava arranhada, sentir uma dor na barriga e em parte da coxa e bunda e foi aí que meu corpo começou a doer.
-Vamos ao hospital? Eu te levo lá agora.
- Não adianta levar ela agora, aqui o médico só atende a partir das 9.- Disse o padeiro, que eu nem tinha percebi que já estava em pé atrás de mim.
Chegou mais um peão na porta da padaria, montado em um cavalo e disse.
-Oh patrão, desculpa interromper, é que a gente precisa seguir viagem, a licença que tiramos na prefeitura para a travessia vence as 7:30, a gente tem que tirar logo esse gado do meio da rua.
- Oh, seu Carlos, só um momento que eu já estou indo. Vou levar essa moça ali no médico- Disse o cavaleiro que ainda continua de joelhos avaliando a minha contusão.
- Com todo respeito ao senhor, mas como você vai levar ela machucada em cima de um cavalo? O senhor pode ficar tranquilo, lá pelas 8:30, assim que o médico aparecer eu vou levar ela lá, assim o senhor pode seguir com a sua boiada. Pode ficar tranquilo! - Disse o padeiro.
Em silêncio o vaqueiro levantou, pegou o seu celular e se afastou um pouco, começou a conversa no telefone, vi ele passando as coordenadas da padaria, logo encerrou a chamada.
-Liguei para o doutor Vagner, ele disse que já está vindo atendê-la, senhorita Melissa.-
Fique me perguntando como ele sabia o meu nome, mas acho que deve ter sido o padeiro que falou. Ele olhou para o peão, respirou fundo, olhou para mim e disse.
- Eu sinto muito, mas tenho que segui a viagem e guiar o rebanho.-
Disse ele, enquanto pegava um guardanapo da mesa, foi até o balcão da padaria, pegou uma caneta e escreveu alguma coisa no guardanapo, chegou até a mim e entregou o papel.
- Esse é o meu número, qualquer problema que tiver pode me mandar mensagem, não prometo te responder na hora, mas assim que eu ver te ajudarei no que for preciso, me envie foto da receita, os medicamento... Certo? Eu sinto muito por isso.
- Muito obrigada por ter me salvado, se vocês não tivessem entrado na frente não sei o que seria de mim. E é eu que te peço desculpas, se não estivesse saído da padaria isso não teria acontecido.
- Só presta mais atenção quando estiver passando outra boiada, talvez eu não esteja aqui para te ajudar. Desejo melhoras, Melissa, e foi um prazer te conhecer, mesmo que nessas situação.- Disse ele.
- Digo o mesmo a você, senhor desconhecido, foi um prazer de conhecer. A propósito, qual o seu nome?
Ele deu risada... e que sorriso! E disse - Prazer, meu nome é Ricardo. - Então estendeu a mão e apertou a minha. - Bom, já vou indo.- Logo foi se afastando subiu em seu cavalo e se despediu de longe.
Continue lá sentada com o guardanapo na mão, não tinha percebido como a padaria já estava enchendo, mesmo mancando levantei e fui ajudar os meninos a servir os pães.
Não foi dez minutos o doutor chegou na padaria e lá mesmo fez a minha consulta, enfaixou o meu pé, me pediu repouso, passou alguns remédios e um raio x para ver melhor, mas informou que aparentemente se tratava apenas de uma luxação.
Continue o meu expediente, mesmo com o pé machucado não poderia deixar todos na mão. Mas assim assim que o seu Vilobaldo, o dono da padaria, chegou e soube o que tinha ocorrido me dispensou na hora e me fez ir para casa, disse que eu tinha que repousar e para eu descansar por pelo menos mais um dia.
Não contestei, saí da padaria, peguei a minha moto, a minha pequena parte da grande herança deixada por ele que eu tomei do meu irmão para conseguir vim trabalhar na cidade. Era uma biz, pequena e bem velha, tão velha que de vermelha já estava chegando no rosa.
Depois de algumas tentativas ela ligou e eu fui a caminho da roça, ela fica a uns 30 minutos da cidade, isso com a minha motinha, carinhosamente apelidada de Pink.
Era uma estrada de terra vermelha, na estrada se entra em um caminho menor de terra, após passar por algumas cancelas e entrar por dentro de algumas fazenda, enfim se chega na última cancela e em dois minutos já chegava na nossa casa.
Assim que passei pela última cancela ouvir o barulho de carro e vi que na pequena estrada que dava a minha casa vinha uma caminhonete preta com vidros fumê vindo em direção a cancela, encostei a biz no canto da estrada, próximo a umas árvores para dá passagem a caminhonete e vi que atrás dela vinha outra caminhonete preta, fiquei ainda mais confusa. Quem são essas pessoas? O que estavam fazendo na minha casa?
Para piorar, quando a segunda caminhonete passou por mim abaixou um pouco os vidros e vi cinco homens totalmente desconhecidos, o motorista olhou para mim de um modo estranho e deu uma risadinha, não sei por qual motivo mas senti um frio intenso na espinha.
Liguei a Pink e segui depressa, meu medo era que fosse um assalto ou algo do tipo. Mas quem em sã consciência iria assaltar a gente? Todos sabem que nosso pai nós deixou falidos, sem um tostão para nada, eles acham que eu tivesse condições teria trancado a minha faculdade para trabalhar em uma padaria...
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Atualizado até capítulo 29
Comments
Maria Dida Zorzenon
espero que continue assim por favor só coisas boas nada de gente ruim no meio
2023-08-19
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Lourdes Rodrigues
muito boa história 😏😏❤️
2022-12-12
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Rozana Silva
que linda leitira
2022-12-10
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