O medo

Luíze

— Eu não vou me casar com você! — minha voz saiu firme, mas meu corpo tremia. — Eu não te conheço, e só pode ser um louco se acha que pode simplesmente aparecer aqui, do nada, e dizer que eu vou me casar com você! Você está fora de si? Está completamente louco?

Vinthezo

Levantei-me da cadeira com lentidão calculada, os olhos fixos nela. Cada passo que dei na direção de Luíze foi carregado de tensão. Ela ficou imóvel, talvez tomada pelo medo — ou pelo choque. Quando cheguei perto o suficiente, segurei seu pescoço com firmeza, mas sem força suficiente para machucá-la... ainda.

Aproximei meu rosto do dela, fazendo com que ela encarasse meus olhos escuros e impiedosos.

— Preste bem atenção, ragazza... — sussurrei, com um tom tão baixo quanto ameaçador. — Eu não estou perguntando se você quer casar comigo. Estou afirmando que você vai se casar comigo, por bem... ou por mal.

Afastei um pouco o rosto, mas mantive a mão firme no pescoço dela.

— E se ousar me desafiar, se tentar fugir ou me contrariar... você e a sua querida mamãezinha vão pagar com a vida. Você não tem escolha.

Soltei-a bruscamente. Ela deu um passo para trás, e pude ver o tremor em seu corpo. Agora, sim, ela parecia entender com quem estava lidando.

Luíze

Meu Deus... meu coração batia tão forte que doía. O que está acontecendo comigo? O que eu fiz para merecer isso?

Saí do salão rapidamente, tropeçando nas próprias pernas, e corri até o banheiro. Assim que a porta se fechou atrás de mim, meus joelhos cederam. Encostei na parede fria e chorei como uma criança assustada.

Por quê? Por que isso está acontecendo comigo?

Limpei o rosto, tentando recuperar algum controle. Terminei de me arrumar com as mãos trêmulas. Quando abri a porta do banheiro, levei um susto.

Um homem alto, com expressão dura e olhar gelado, estava me esperando do lado de fora. Ele não disse uma palavra — apenas me agarrou pelo braço com brutalidade e me arrastou de volta ao salão.

E lá estava ele. O diabo em pessoa. Vinthezo.

Vinthezo

— Eu mandei você sair daqui?

Luíze

— N-não... — gaguejei, quase sem voz.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, senti uma ardência aguda no rosto. O tapa ecoou como um trovão no salão silencioso. Levei a mão à face e comecei a chorar, sem conseguir conter as lágrimas.

O homem que me arrastava não demonstrava nenhuma emoção. Continuou me puxando com brutalidade até fora do restaurante, em direção a um carro preto estacionado na calçada. Abriu a porta de trás e me jogou lá dentro como se eu fosse um objeto qualquer.

Tudo que me restava era chorar.

Ele não me perguntou onde eu morava. Apenas seguiu o caminho certo, como se já soubesse tudo sobre mim.

Quando o carro parou, ele virou-se para mim com frieza:

— Você está sendo vigiada. Se tentar fugir ou fizer qualquer gracinha, a ordem é clara: te matar. E matar sua mãe também.

Entregou-me um envelope grosso, com meu nome escrito na frente.

— Leia com atenção — ele disse, antes de sair e fechar a porta com força.

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Comments

Josiane Batista

Josiane Batista

o bom dessas histórias é que eles começam assim arrogante impiedosos sem sentimento nenhum e depois viram cachorrinhos fazem tudo que a esposa quer

2025-05-07

2

Rosa Hosana Santos

Rosa Hosana Santos

caramba cara muito grosso depois vai se arrepender amargamente por esse tapa precisava isso

2025-04-22

0

Anita Alves

Anita Alves

ummmmmm que ela vai fazer com esse monstro/Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful/

2025-04-15

0

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