Cristina então, foi a reunião, ao chegar ao prédio, se identificou como Luna na recepção, havia um rapaz, por volta de seus 39 anos, bem apresentável, muito bonito, com belos olhos esverdeados, loiro, cabelo cacheado, por volta de 1,80 de altura, usava um belo terno azul-marinho, com uma camisa branca e uma gravata vinho, estava atrás dela:
— Olá! Você disse que se chama Luna? — pergunta o rapaz, curioso.
— Sim, por quê? — responde Luna (Cristina), um pouco assustada e com medo que alguém reparasse que era um disfarce.
— Você é a escritora Luna? — repete o rapaz, ainda sem acreditar, estava estupefato com a beleza dela.
— Sim, você é algum fã? — diz ela, em tom de brincadeira, mas um pouco sem jeito.
— Sou seu fã número 1 e já li todos seus livros, acho uma pena ainda não existirem fisicamente. Você poderia me dar um autógrafo? — diz ele super empolgado, mas tentando manter a compostura.
— Claro — diz Luna (Cristina) ainda sem jeito, pois ao ver aquele rapaz tão bonito dizendo ser seu fã, ficou sem reação.
O rapaz tira de sua pasta, um livro de Luna que mandara fazer, especialmente para aquele momento, e lhe entrega com uma caneta, Luna ainda não havia treinado dar autógrafos, e ficou um pouco abismada de ver seu livro daquela forma, montado com capa dura, para fazer isso deve ter tido trabalho, pois a única pessoa que consegue ter acesso ao arquivo para copiar é o próprio autor, outra pessoa só tem acesso ao modo leitura, isto é não consegue selecionar o texto para, copiá-lo, para criar aquela versão, deve ter tido trabalho, de ler e ir digitando palavra por palavra, mas agora tinha que pensar em como autografar, tinha que se lembrar de não usar seu nome verdadeiro, mas não se preocupou de disfarçar a caligrafia, não achou necessário, pois pensou que jamais o encontraria como Cristina, e se encontrasse não precisaria escrever nada, então ele não teria como conferir a caligrafia:
— Você quer que, faça alguma dedicatória? — diz ela tentando não transparecer estar emocionada, de ver seu livro feito profissionalmente.
— Pode colocar dedicada a Adam.
— Claro. — diz ela com um sorriso, ainda meio sem jeito.
Colocou.
“Meu primeiro autógrafo, dedicado a Adam, meu fã número 1, e Assinou Luna”, fazendo com que a letra U da assinatura fosse em forma de uma lua minguante, e datou.
Acabou tendo a ideia de elaborar uma assinatura diferente, pensou rápido:
— Aqui, senhor Adam. Este é o primeiro autógrafo que dou. — diz Luna (Cristina), devolvendo o livro.
— Obrigado, pelo seu primeiro autógrafo ser meu. Vamos tomar um café quando você terminar aqui? — pergunta ele com um sorriso, simpático, estampado nos lábios.
Aquele rapaz lindo a convidando para sair, deu um frio na barriga de Luna, fazia anos que ela não saia com um rapaz, ainda mais um tão charmoso, caramba! Como queria que, a conhecesse como era de verdade, mas será que se encantaria tanto quanto, havia se encantado pela escritora?
— Senhor Adam, tenho outro compromisso, não poderei ir dessa vez, mas se me deixar seu telefone, quem sabe poderemos marcar para outra oportunidade. — diz ela tentando evitar, passar seu número de telefone.
Adam ficou um pouco decepcionado, mas lhe entregou um cartão. Ele era o editor chefe, da editora TREVO, que era a editora que ia publicar seu livro, ao observar o cartão ela sorriu:
— Penso que estamos indo para o mesmo lugar. — diz ela.
— Sei, você veio para a reunião. Certo, vamos subir? — diz ele, com um sorriso, pois havia sido um dos responsáveis por ela estar lá.
— Sim.
— Quis lhe pedir o autógrafo aqui, pois não queria parecer um fã alucinado, na frente de nossos diretores e investidores. — diz ele tentando explicar seus motivos.
— Você não me parece um fã alucinado, em absoluto. — Diz Luna, rindo divertida.
— Obrigado, estava meio sem graça de lhe pedir um autógrafo, e me achar um esquisito. — diz ele meio sem jeito, mas ficando um pouco mais à vontade.
— Claro que não vou te achar esquisito. — diz Luna sorrindo divertida, e continua. — Agora vamos? Pois, devem estar nos esperando para reunião.
— Claro.
Eles pegaram o elevador, haviam outras pessoas com eles, mas gradualmente as pessoas desceram e ficaram somente eles:
— Luna antes de chegarmos, gostaria de saber… Este é seu nome verdadeiro?
— Podemos dizer que sim…
O coração de Luna (Cristina) disparou nesta hora, pois não queria mentir para aquele rapaz, mas não pode evitar, tinha vergonha de expor sua identidade, preferia manter o mistério, e quem estava ali era Luna, a escritora. E como ele havia lido todos seus livros, a conhecia bem, só não sabia sua verdadeira identidade, respondeu como escritora e não como Cristina:
— Prefiro ser chamada assim.
— Alguém já lhe disse, que você de tão bonita, parece um anjo?
— Não, você é o primeiro, mas você está me cantando? — responde em tom divertido.
— E… se estiver? — diz Adam em tom provocativo.
— Tem de melhorar sua cantada, pois se lembre que sou uma escritora, e não cairei em uma cantada fraca como esta, os protagonistas dos meus livros dão cantadas bem melhores. — diz Luna (Cristina) mantendo a personagem, pois normalmente, seria um pouco tímida para responder dessa forma, estava gostando de se vestir daquele jeito, e poder agir de uma forma que não faria normalmente.
— Desculpe, não sou acostumado a cantar as garotas… geralmente são elas que se aproximam de mim, sou um pouco sério para isso e… você é a primeira garota que me faz querer tomar a iniciativa. — diz Adam um pouco sem jeito, e chega a ficar ruborizado, com a situação.
— Você não é nada modesto! — continuou Luna (Cristina) se divertindo de poder agir livremente e de ver aquele rapaz, daquela forma, nem estava se reconhecendo.
Adam fica sem jeito, e neste momento o elevador chega ao andar que deveriam descer. Na reunião acertam os detalhes, do contrato, Adam entrou na sala, com os diretores da editora para a reunião, Marcelo que era o diretor-executivo diz:
— Bom dia! Senhorita Luna?
— Sim, sou eu mesma.
— Prazer em conhecê-la, me chamo Marcelo. — diz o diretor.
— O prazer é meu senhor. — diz Luna.
— Nós a muito tentamos entrar em contato com você, mas vimos que você não tem redes sociais, e a única solução que tivemos foi, deixar uma mensagem, onde você publica suas histórias. — diz Marcelo.
— Não tenho redes sociais, pois não gosto de ninguém bisbilhotando minha vida, sou o tipo de pessoa a moda antiga, prefiro e-mail, carta ou memorando… — diz Luna, educadamente, claro que tinha redes sociais, mas como Cristina, não como Luna afinal de contas, era apenas uma personagem.
— Nunca pensei que a senhorita fosse tão encantadora. — diz Marcelo, tentando deixá-la mais confortável.
— Obrigado senhor, já recebi um elogio de alguém quando entrei, vocês nessa editora só sabem paquerar? — responde Luna em tom divertido, olhando para Adam, estava se divertindo, em poder falar o que pensa.
— Não. — responde Marcelo sem jeito. — Trabalhamos sério aqui, só queria deixar a senhorita a vontade, mas vejo que você não precisa disso.
— Só estava brincando — responde Luna rindo da situação que havia provocado.
— Bom, sentem-se para podermos começar a reunião — diz Marcelo, ainda sem jeito. — A senhorita gostaria de beber algo?
— Aceito um café.
Marcelo faz sinal a sua secretária, que se encontrava ali, para atender as necessidades de todos, esta serve o café imediatamente:
— Senhorita aqui está, temos adoçante e açúcar, o que a senhorita prefere?
— Açúcar, por favor.
Luna se serve do açúcar que a funcionária oferecia. Então Marcelo começa a reunião.
— Senhorita, se publicarmos seu livro de forma física, terá que tirá-lo de qualquer aplicativo e outros lugares onde, esteja exposto, pois, desejamos exclusividade neste livro, e todos os livros que escrever futuramente, antes de resolver colocá-los em qualquer local público, terá que nos enviar o arquivo para avaliarmos, se nos interessar publicaremos, senão poderá publicar em outro lugar. Precisamos que preencha uma ficha com todos os seus dados para podermos dar andamento, ao contrato, você não é obrigada a aceitar nosso contrato, mas se o aceitar ganhará 60% das vendas de seus livros, além de outros benefícios, que terá se tiver uma frequência boa em publicação de outros livros o que me diz?
— Senhor Marcelo, primeiramente, quem terá acesso aos meus dados?
— Somente eu e, minha secretária e o pessoal do RH. Por quê?
— Porque não desejo expor minha vida pessoal, e desejo que o livro tenha como autor somente o nome de Luna.
— Tudo bem colocaremos isso em seu contrato, agora minha secretária irá lhe entregar a ficha, e daqui a dois dias você poderá vir assinar o contrato, antes disso peço que tire seu livro do aplicativo, e no dia da assinatura nos traga o arquivo do livro em um, pendrive, você ganhará 5.000 euros de adiantamento, pelo livro, e mais a porcentagem em cima das vendas, revisaremos ele, para ver se não há erros na ortografia, e alguma inconsistência na história, e lhe enviaremos por e-mail, o arquivo corrigido, e se houver algo de errado, mandaremos as observações, se estiver tudo ok, e as correções forem do seu agrado publicaremos, senão marcaremos uma reunião para discutirmos o assunto.
— Tudo bem, senhor. Assim o farei.
— Lisa, traga a ficha para a senhorita Luna preencher.
A secretária pega a ficha e a entrega com uma caneta à Luna, que a preenche e a entrega em seguida:
— Obrigada, senhorita, mas antes de sair posso te fazer, uma pergunta? — diz Marcelo
— Claro.
— Qual seu verdadeiro nome?
— Você verá, na ficha, pois tenho de preencher com meus verdadeiros dados, correto… Porém, prefiro ser chamada somente de Luna aqui, pois aqui sou uma escritora, e não quero que divulguem, meu verdadeiro nome a ninguém, por favor.
— Tudo bem, tornaremos a nos ver daqui a dois dias. Lisa irá te ligar para marcar.
— Tudo bem até lá.
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Atualizado até capítulo 20
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