Capítulo 4: O Fantasma da Aether Corp

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O ar na casa de Maya estava pesado com o cheiro de medo e o silêncio tenso. A ameaça, vinda da voz fria e metálica, ainda ecoava em suas mentes.

Gabriel olhou para Maya, a preocupação gravada em seus olhos. A determinação dela era palpável, mas a vulnerabilidade em sua expressão o fez querer protegê-la de toda a escuridão que se aproximava.

- A primeira coisa a fazer é encontrar a conexão entre Lucas e Victor Alencar, Gabriel disse, tentando focar a atenção de ambos na investigação.

Ele pegou o celular de Maya e digitou o nome do empresário.

- Tudo o que pudermos encontrar sobre ele. Notícias, fotos, relatórios financeiros... A internet é um bom lugar para começar.

Enquanto Gabriel navegava pelas notícias de negócios e eventos sociais, Maya vasculhava os contatos de Lucas no celular.

- Ele não tinha o número de Victor Alencar salvo, ela disse, a decepção em sua voz.

- Mas eles se encontravam com frequência. Lucas sempre dizia que Alencar era um 'mentor' para ele.

A busca de Gabriel deu frutos.

Ele encontrou uma reportagem antiga, de uma revista local, sobre um jantar beneficente. A foto mostrava Lucas e Victor Alencar lado a lado, sorrindo e brindando.

Ao fundo, uma sombra de terno escuro, quase imperceptível, parecia observá-los. Ele ampliou a foto e sua respiração parou.

O rosto, embora na sombra, era inconfundível. Era o Sr. Thorne, o líder da Aether Corp.

- Bingo! Gabriel sussurrou, e a palavra soou mais como uma condenação.

- Lucas, Victor Alencar e o Sr. Thorne. Eles estavam todos juntos. Isso confirma as minhas suspeitas.

Maya se inclinou para ver a foto, seu coração acelerado.

 Era como se o chão estivesse se abrindo sob seus pés. Lucas não era apenas uma vítima inocente, ele estava em um jogo muito maior do que ela imaginava, um jogo que envolvia pessoas poderosas e perigosas.

- Se eles estavam em uma relação de negócios, por que Lucas estaria investigando-os? Maya perguntou, sua voz cheia de incerteza.

- Por que ele se colocaria em risco?

- Ele deve ter descoberto a verdade sobre a Aether Corp, Gabriel respondeu.

- E a moral dele não permitiria que ele se calasse. Ele era assim. Justo. Mas a justiça dele o colocou em perigo.

O telefone de Maya tocou novamente.

Era um número desconhecido, e o coração dela saltou para a garganta. Ela olhou para Gabriel, que assentiu.

- Atenda. Não diga nada, apenas ouça.

Ela hesitou por um momento, mas a curiosidade e o medo a venceram.

Ela atendeu.

Um silêncio estranho, um som de estática, e então, uma voz diferente, mais suave, mas igualmente perigosa.

📞📲 Estamos de olho em vocês. Continuem procurando e vocês vão pagar. Vocês não têm ideia do que estão se metendo.

A voz soou familiar para Maya, mas ela não conseguia se lembrar de onde.

Ela desligou o telefone, suas mãos tremendo.

Gabriel, preocupado, a segurou.

- Quem era? Reconheceu a voz?

Maya balançou a cabeça,

- Não... A voz parecia familiar. Mas... não sei.

Gabriel pegou o celular de Lucas novamente e começou a vasculhar os e-mails e a lixeira.

- Eles não são tolos, eles teriam deletado qualquer coisa que os incriminasse, ele murmurou.

- Mas talvez, apenas talvez, algo tenha escapado.

Ele encontrou um rascunho de e-mail na lixeira.

O título era "Alerta para CPT" e o corpo da mensagem estava codificado, cheio de números e letras sem sentido. Gabriel arregalou os olhos.

- CPT. Isso é a sigla para 'Central de Projetos de Thorne'. Ele estava prestes a enviar um e-mail com as provas. E este e-mail foi interceptado, e a versão de rascunho foi para a lixeira.

- Isso explica por que ele desapareceu! Maya disse, seu coração batendo forte.

- Eles o pegaram, antes que ele pudesse enviar o e-mail.

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De repente, as luzes da casa piscaram e se apagaram.

A casa foi mergulhada em um breu total, um silêncio assustador quebrado apenas pela respiração ofegante de Maya.

Eles sabiam. Eles estavam lá fora.

Uma sombra se moveu na janela da sala, uma figura escura e alta, e Maya soltou um grito.

Gabriel, rápido, a puxou para baixo e a escondeu atrás de um sofá.

O som de algo quebrando a porta de entrada fez o coração de Maya saltar.

A investigação havia acabado. Agora era uma questão de sobrevivência.

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...O perigo agora é físico, e eles estão em uma situação de extremo risco... O que vai acontecer?!...

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