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As horas seguintes se arrastaram em uma névoa de angústia.
Maya mal conseguiu dormir. Cada ruído na rua a fazia pular da cama, com a esperança louca de ouvir o motor do carro de Lucas. Mas o silêncio era a única resposta.
O sol da nova manhã entrou pela janela, e revelou o caos que ela não tinha notado na noite anterior: o notebook de Lucas caído no sofá, o celular dele sobre a mesinha de centro, o copo de água esquecido com o vinho, uma mancha de café na mesa.
A casa, antes um santuário de amor, parecia agora um monumento à ausência. A tristeza deu lugar a um novo sentimento: a indignação.
A recusa do delegado em levar o caso a sério a fez perceber que, se quisesse encontrar Lucas, teria que fazer isso por conta própria.
Sua intuição, aquela mesma que a guiava nas pinceladas sobre a tela, gritava que a fuga era uma hipótese absurda. Lucas era um homem de planos, de projetos, de vida traçada. Ele não abandonaria o futuro que ambos haviam construído.
A primeira coisa que ela fez foi tentar a senha do computador dele novamente.
Dessa vez, com a mente mais clara, ela pensou em algo que ele sempre dizia, uma frase que resumia sua visão de mundo: "Construir o futuro".
💻 Ela digitou as iniciais: COF2025. A tela continuou travada.
💻 Tentou novamente: L&M2025. Negado.
Frustrada, ela jogou-se no sofá e se perdeu em suas redes sociais, vasculhando fotos de Lucas, de amigos em comum, procurando por qualquer sinal, qualquer pista.
Foi então que ela viu uma foto em que ele estava conversando com uma colega de faculdade. O olhar de Lucas na foto parecia tenso, e a mão dele estava no bolso, um hábito que ele tinha quando estava nervoso. A legenda da foto era uma brincadeira, algo sobre uma reunião de negócios. Nada relevante. Mas algo na expressão dele a fez se sentir gelada.
O celular dela vibrou com uma nova mensagem. Era de um número desconhecido, sem foto de perfil. O texto era curto e enigmático:
📲 Ele não fugiu. Ele se meteu onde não devia.
O coração de Maya disparou.
Era a confirmação de sua intuição.
Ela tentou responder, mas a mensagem falhou. O número não existia.
Com as mãos trêmulas, ela ligou para o único amigo em quem confiava plenamente: Gabriel. Eles eram amigos desde a infância, a amizade deles era como uma velha árvore, com raízes profundas e ramificações que resistiam ao tempo.
Gabriel, um programador de sucesso, com a vida na cidade grande, atendia o celular com a voz rouca de sono.
📲 Maya? O que aconteceu? Você está chorando?
📲 O Lucas... ele, ele sumiu, Gabi. O delegado não me leva a sério. Eu não sei o que fazer. Recebi uma mensagem estranha…, ela tentou explicar, a voz embargada pela emoção.
Do outro lado da linha, o tom de Gabriel mudou instantaneamente. O sono desapareceu e sua voz se tornou séria, direta.
Ele a ouviu com atenção, e quando ela terminou, ele disse:
📲 Não se preocupe, Maya. Eu estou a caminho. Não toque em nada, não responda a ninguém. Me espere!
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Estar em Vilarinho era um choque para Gabriel. Ele se sentia como um peixe fora d'água, com seu ar de metrópole e seu carro de luxo, no meio daquela cidade pacata.
Ele a encontrou na casa, uma figura pequena e frágil em meio à bagunça.
O olhar dela, antes tão cheio de vida, estava apagado.
- Me mostra a mensagem, ele pediu, com a voz baixa.
Ela estendeu o celular.
Ele a analisou por alguns segundos, as sobrancelhas franzidas.
- O número não existe, a mensagem foi apagada do servidor. É um número temporário. E é uma pessoa que sabe o que está fazendo.
Ele se virou para o notebook de Lucas.
- Tem alguma ideia da senha?
Ela balançou a cabeça, frustrada.
- Já tentei de tudo.
Gabriel sorriu de lado.
- Relaxa, eu sou bom com isso!
Ele se sentou no sofá, conectou o notebook dele ao de Lucas com um cabo e começou a digitar, uma velocidade impressionante. Maya, sentada ao lado dele, observou, fascinada.
Em menos de cinco minutos, a tela do notebook de Lucas se acendeu. Gabriel sorriu, vitorioso.
- Eu te disse, ele disse, e o sorriso sumiu de seu rosto.
- A senha não foi tão difícil. Era a data em que vocês se conheceram.
Um misto de emoção e alívio a invadiu. Era tão a cara de Lucas usar uma data tão romântica. Ela o abraçou, mas ele permaneceu rígido. Ele estava focado em outro problema.
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Ele navegou pelos arquivos de Lucas e parou em uma pasta chamada "Projetos Pessoais".
Lá dentro, havia uma subpasta com um nome estranho: "Aether Corp".
Ao abri-la, eles encontraram uma série de documentos, planilhas e fotos de projetos de construção. Não eram projetos arquitetônicos, mas sim relatórios e contratos de obras que pareciam estar paradas em diversas cidades.
- A Aether Corp..., Gabriel sussurrou para si mesmo.
- A empresa de Marcos Thorne. Ouvi alguns rumores sobre eles. Especulação, lavagem de dinheiro…
- Mas por que Lucas estaria envolvido nisso?, Maya questionou, confusa.
- Ele não estava envolvido, Maya. Ele estava investigando. Parece que ele descobriu algo grande e perigoso, algo que colocou a vida dele em risco. E a sua, também.
A voz dele se tornou sombria.
- Aquela mensagem não foi um aviso. Foi uma ameaça!!
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...ΩΩΩΩΩΩΩΩ📚✨️📚✨️📚✨️ΩΩΩΩΩΩΩΩ...
...Olá Meus Leitores Maravilhosos (as)!...
...O que acharam do início desta investigação, e da entrada de Gabriel?...
...O que será que tem nesses documentos?...
... E qual a conexão de Lucas com a Aether Corp?...
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...Ai, ai, ai, prevejo muito suspense e problemas... Aguardemos!!...
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Tereza Vieira Candido
só não posso acreditar q ele sumiu de propósito da noiva
2025-09-04
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