Capítulo 2 — Onde morre a menina e nasce a mulher**
*(Narrado por Nina)*
Ele me mandou subir sem olhar pra trás.
E eu obedeci.
Meus pés tremiam enquanto cruzavam aquele corredor estreito, cheiro de mofo e suor se misturando com o medo que eu tentava engolir seco. O presídio improvisado era uma coisa de filme de terror. Um barracão com grades, concreto trincado e almas podres rondando as paredes.
E lá dentro, no fim daquele corredor escuro, estava ele.
**Wesley. WL. O dono de tudo. O homem que eu amei em silêncio. O mesmo que agora me olhava como se eu fosse só mais uma qualquer.**
A cela dele era separada, especial. Tinha cama de verdade, lençol limpo, uma TV minúscula num canto. Mas o que mais me incomodava era ele, de pé, encostado na parede, braços cruzados, sem dizer uma palavra.
Os olhos dele... Deus. Aquele olhar me despia, me julgava, me odiava.
— Tira essa roupa. — a voz dele veio firme, fria.
Engoli em seco. Olhei pra ele, sem mover um músculo.
— Tá esperando o quê, Nina? A visita não é pra bater papo. — ele cuspiu meu nome como quem cospe veneno.
— Eu não sou só isso... — sussurrei, mais pra mim do que pra ele.
— Não é, né? Mas tá aqui, pronta pra abrir as pernas pra pagar dívida. Isso tem nome. — ele se aproximou devagar, como um predador.
Meus olhos encheram d’água, mas não deixei uma lágrima cair. Eu não ia dar esse gosto pra ele.
tirei a blusa com dedos trêmulos. Tirei devagar, sentindo a pele queimar de vergonha e ódio. A calça veio em seguida. Fiquei só de calcinha e sutiã.
Ele me olhou dos pés à cabeça e soltou uma risada curta e cruel.
— Tá mais cheinha... Que que houve? Comeu a cidade inteira antes de voltar? —
— Vai se foder, WL. —
— É o que você vai fazer agora. — ele tirou a camisa e veio na minha direção.
Meu coração disparou. Eu devia estar com medo. Eu devia fugir. Mas minha pele ardia, latejava. A raiva que ele me fazia sentir se misturava com aquele desejo maldito que eu nunca consegui matar.
Ele segurou meu rosto com força, os dedos apertando minha mandíbula.
— Você sumiu, desgraçada. Quando eu mais precisei... tu fugiu. Me deixou aqui, sozinho, traído, minha irmãzinha foi embora.
— Eu...
— Cala a boca. Agora é tarde pra explicação. Agora você vai pagar.
Ele me empurrou pra cama. Meu corpo bateu no colchão, a coluna arqueou com o impacto. Antes que eu pudesse reagir, ele já estava por cima. A boca dele grudou na minha como um ataque. Nada de carinho, nada de romantismo. Só raiva e saliva e dentes batendo.
Eu gemi contra a vontade. Senti o gosto dele, senti meu peito doer. E ainda assim, meu corpo respondia.
As mãos dele rasgaram meu sutiã. Quando viu meus seios, riu de canto.
— Ainda tem cara de virgem.
— Eu sou.
Ele parou. Me olhou nos olhos.
— Tu é o quê?
— Nunca deixei ninguém me tocar.
Silêncio.
Por um momento, vi algo no rosto dele que não era raiva. Talvez surpresa. Talvez dúvida. Mas durou pouco.
Ele se levantou, pegou a carteira ao lado da cama e tirou um preservativo. Rasgou com os dentes.
— Vai perder agora. — ele disse, seco.
— Faz logo. — eu respondi.
Ele ajoelhou entre minhas pernas e puxou minha calcinha de uma vez. O ar frio bateu entre minhas coxas e me fez arrepiar.
E então ele me olhou de novo. Não com desprezo, não com pena.
Mas com fome.
Desceu a boca como um animal. Eu dei um pulo quando senti a língua dele me tocando. Ele me abriu com os dedos, me explorou como se me conhecesse por dentro.
Meu corpo tremia. Meus olhos reviraram. E então... gozei. Forte. Pela primeira vez. Gemi alto, sem vergonha.
Ele subiu e me olhou de cima.
— Nunca ninguém te fez gozar, né?
— Nunca deixei.
— Agora já era.
Ele se posicionou, me encarou por um segundo, e entrou. Devagar, mas fundo. Rasgando, queimando. Eu mordi o lábio, as lágrimas escorrendo.
Ele segurou meus pulsos acima da cabeça e começou a se mover.
Rápido. Firme. Brutal.
— Isso é o que você merece, Nina. Me deixar naquela época foi covardia.
— Cala a boca... — eu chorava e gemia ao mesmo tempo.
— Eu te amava, sua idiota. Você era minha amiga, minha confidente... Minha irmãzinha caralho e do nada sumiu. Aquele dia você deixou de ser a minha irmãzinha a minha amiga sua filha da puta.
Cada estocada parecia um castigo. Mas também era um grito de saudade. Uma ferida aberta.
Ele gozou com um gemido rouco, tremendo por cima de mim. Depois se deitou ao lado, virando o rosto.
Eu me levantei em silêncio, peguei minha calcinha e minha calça, tentando me vestir rápido.
Ele me puxou de volta pra cama com tanta força que quase tropecei nos próprios pés
— Tá indo aonde novinha
A voz dele veio cheia de escárnio
Ardida
Cruel
Era como se ele tivesse o prazer de me ver humilhada
Mas eu juro por tudo
Não ia chorar na frente dele
Não mais
Não depois do que ele já arrancou de mim naquela cela de concreto fedendo a ferrugem e testosterona
— Já deu Wesley
Deixa eu ir embora
Não quero que o guarda me veja assim
— Assim como novinha
Com essa carinha de quem foi comida pela primeira vez
Com a bucetinha latejando ainda do jeito que eu deixei
Fica tranquila
Visita íntima aqui só termina amanhã de manhã
Eu que mando aqui.
Ele levantou da cama com o corpo nu iluminado apenas pela luz fraca que vinha do corredor
E então eu vi o que tinha mudado nele
Não era só o físico
Era o olhar
Frio
Amargo
Com ódio de mim
Mas ainda me desejando
Era isso que me deixava louca
O jeito que ele me olhava como se me odiasse
Mas mesmo assim me queria mais do que tudo
— Você se acha demais né
Fingiu que me considerava né e no fim não se despediu.
E agora volta assim
Cheinha
Com cara de quem não vale mais nada
E ainda por cima virgem
Ele cuspiu as palavras como veneno
Mas cada sílaba era como um tapa no meu ego
Mesmo assim eu fiquei de pé
Nuinha
Com meu corpo cheio de marcas do que ele tinha feito comigo
Eu encarei
— Pode me odiar à vontade Wesley
Mas você gozou como se tivesse me esperando por anos, nem parece que fui a sua "irmãzinha"
Ele gargalhou
O som ecoou nas paredes e me arrepiou inteira
Ele caminhou até mim
Sem vergonha nenhuma da própria nudez
E me pegou pelos cabelos
— Gozar foi fácil
Qualquer novinha sabe abrir as pernas
Mas você Nina
Você foi minha porra da melhor amiga
E me abandonou
Sem uma explicação
Sem uma palavra
E agora volta oferecendo a buceta como se isso fosse resolver alguma coisa
— Eu não te devo explicação nenhuma
Fiz o que precisei pra sobreviver
Você tava se afundando com a Letícia e eu cansei de ver você destruindo sua vida
— Então foda-se
Já que você quer pagar com o corpo
Vamos ver quanto vale essa buceta de ex amiga
Ele me jogou de novo na cama
Me virou de bruços e mordeu minha nuca
Fez questão de me marcar
Como se eu fosse propriedade dele
Como se ele tivesse direito de me punir por ter sumido
Por ter voltado
Por ter ainda efeito sobre ele
— Wesley
— Cala a boca novinha
Agora eu que falo
Você que ouve
E se treme
Ele desceu com os dedos e enfiou dois de uma vez
Minha carne já estava sensível
Mas molhada
Molhada por causa dele
Por causa do gosto da violência nas palavras
Do toque bruto
Do cheiro do sexo e da prisão
Ele me penetrou de novo
Mais forte do que antes
Me fez gritar
Me fez gozar de novo
E depois me virou pra frente
Me chupou como se tivesse fome
Como se fosse me devorar por dentro
Quando ele terminou
Se jogou ao meu lado e puxou o lençol
— Dorme aí novinha
Porque amanhã a gente continua
Você ainda tem muito pra pagar
E eu tô com tempo
Eu virei de costas pra ele
Mas meus olhos ficaram abertos a noite toda
A cabeça fervendo
A alma em conflito
Eu odiei ele por tudo
Mas odiei mais ainda o quanto meu corpo o desejava
O quanto meu coração ainda doía por ele
E o pior
Era saber que aquela era só a primeira visita
O começo de um acordo sujo
De uma dívida que eu aceitei pagar
Com minha carne
Com meu orgulho
Com meu passado
Mas talvez
No meio disso tudo
Eu pudesse recuperar o que perdi
Ou destruir o pouco que restava entre nós
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Atualizado até capítulo 26
Comments
Leitora compulsiva
muita roupa suja pra ser lavada entre ambas partes rsrrsrss
2025-08-08
1
MEDUSA
amando a história desses dois
2025-08-09
0
MEDUSA
que homem em fiquei molhada 😂😂😂😂😏
2025-08-09
0