Capítulo 3 (Bella)

Os meus olhos estavam pesados, mais não conseguia descansar. Apesar deles estarem fechados eu sabia exatamente tudo que estava acontecendo ao meu redor, ouvi o exato momento em que o homem do qual me salvou e me acolheu sem nenhuma pergunta ou algo em troca entrou no banheiro do quarto para tomar um banho.

Ele era habilidoso com as mãos, cuidou do meu ferimento com destreza e se agora não estava sentindo dor e porque seus medicamentos estavam fazendo efeito, o acesso ao soro no meu braço com certeza era o responsável pelos antibióticos e analgésicos.

Preciso avisar Maxim que estou viva e bem, mais também não posso cometer a loucura de sair a essa hora da noite sozinha e ferida depois de ter sofrido uma emboscada.

A pergunta que martela sem parar na minha cabeça é, quem foi o responsável?

A execução na qual vim realizar foi perfeita, sem vestígios e sem sujeira como me foi ordenado. Estamos a meses atrás da quadrilha de tráfico humano que está agindo no nosso país, seguimos seus rastros até aqui na Itália e diferente do que eu gostaria e do meu estilo bem peculiar de execução fiz um trabalho limpo, só de lembrar tenho vontade de rir.

Coloquei um vestido preto tubinho marcando meu corpo, uma maquiagem pesada e saltos para chamar a atenção da minha vítima, um velho asqueroso filha da puta que estava financiando o tráfico, o clube que ele frequentava  apesar de ser muito vigiado foi fácil de me infiltrar, eu estava a uma semana trabalhando servindo bebidas e sorrindo para homens babacas que adoravam colocar seus euros no decote do meu vestido, precisava entrar na personagem mais não vou negar que a minha vontade era enfiar uma adaga nos olhos de cada homem que tentava me tocar.

Respirei fundo e assim que meu alvo entrou cercado de seguranças meu sorriso se alargou, é hoje que fico livre desse clube nojento e mando uma maldita alma para o inferno.

O veneno estava no meu anel, eu só precisava entregar a ele e pelo jeiro ia ser mais fácil do que tirar doce de criança.

Passei pelo velho caprichando no rebolado equilibrando uma bandeja cheia de doses de whisky, sorri e pisquei para ele e continuei meu trajeto sentindo seus olhos queimarem atrás de mim. Em questão de poucos minutos o gerente se aproximou com a ordem que eu estava designada a servir apenas o escroto, desgraçado a noite inteira.

Como fui treinada escondi minhas emoções e coloquei meu melhor sorriso safado no rosto e me aproximei da mesa onde ele estava conversando com mais dois homens dos quais fiz questão de guardar bem o rosto.

Ele sorriu e bateu a mão na perna indicando que era para eu sentar em seu colo, mordendo os lábios sedutoramente fiz o que ele pediu, ele colocou a mão na minha cintura e cheirou o meu pescoço, eles conversaram coisas banais das quais não me interessava, fiquei o tempo todo a espera do momento certo até que ele chegou.

Um dos homens subiu para o quarto com uma dançarina e o outro se levantou para pegar dois copos de bebida para eles, dei a entender que poderia servir os dois essa noite e eles se animaram, quando ele voltou e colocou as bebidas em cima da mesa sentou-se no sofá ao nosso lado e então ambos se aproximaram de mim para me tocar, eu precisava acabar com isso logo, queria manda-los para o inferno com requintes de crueldade mais não podia, um deles seria o responsável essa noite pelo meu crime.

Me levantei e fechei a cortina do "prive" deixando os seguranças para o lado de fora  e comecei a dançar sensualmente abrindo o zíper do vestido tomara que caia revelando meu sutiã rendado sem alças e eles bateram palmas babando de desejo, subi na mesa e rebolei empinando a  bunda enquanto eles falavam palavras sujas. Peguei um dos copos bebi e entreguei para o babaca, depois peguei o outro copo e também bebi, me virei dançado ficando de costas e aprovetei para virar todo conteúdo do anel que borbulhou dissolvendo enquanto eu levantava o vestido mostrando minha calcinha para que ele não percebesse e ao me virar fingi beber do copo e entreguei a minha vítima, que tomou tudo de uma só vez me fazendo vibrar por dentro, continuei a dança assistindo de camarote o velho suar feito um porco, abrir a gravata e a camisa até enfartar e cair duro na nossa frente, conti o sorriso e gritei desesperada fazendo uma cena digna de Oscar e assim o caos começou, por se tratar de um clube clandestino as autoridades não foram chamadas, fui chorosa ao camarim fingindo desespero e me troquei, coloquei meus cuturnos, calça de couro, camiseta e jaqueta preta e minha mochila, tirei toda a maquiagem e saí pelos fundos com as outras meninas, e depois de pegarmos o metro juntas me despedi.

Desci sozinha na minha estação, já era madrugada e todo lugar estava vazio. Denti que estava sendo observada e apressei os passos, coloquei a mão atrás de mim pegando a minha arma que estava na cintura pronta para me proteger, não deu tempo!

O filha da puta saiu de trás de uma pilastra me surpreendendo me dando um chute na barriga que me jogou longe.

Por um segundo fui tomada pela dor, mais logo a adrenalina sobressaiu pelas minhas veias me colocando de pé pronta para o embate.

A minha arma voou para longe quando levei o golpe e então puxei o canivete que estava no meu bolso, ia ter que servir!

Observei o homem a minha frente, uma cicatriz enorme em seu rosto. Não tive chance de observa-lo por mais tempo já que ele partiu para cima de mim como um trem desgovernado, antes que ele pudesse me golpear outra vez, consegui contra atacar levando a melhor, ele teve sorte me pegando desprevenida da primeira vez,  porém não acontecerá outra vez.

Entramos em uma luta corporal, e fiquei feliz em poder extravasar a adrenalina de minutos atrás no clube.

Uma boa luta era terapêutico, e na primeira oportunidade passei as pernas envolta do pescoço dele e o quebrei.

O corpo sem vida caiu no chão assim que o soltei, peguei minha mochila caída no chão e o celular descartável, liguei imediatamente para Maxim, precisava que ele me tirasse do país o quanto antes, eu não sabia quem havia enviado esse homem para me surpreender, mais de uma coisa eu tinha certeza, eu havia sido descoberta!

Peguei uma das cartas que carrego, minha assinatura, a Rainha de Copas e joguei em cima do corpo no chão. Quem quer que seja não ficará vivo para contar a história!

— Bella? — Ele atende rapidamente

— Preciso que me tire daqui!

— Qual a sua posição?

Não tive tempo de responder, pude ver dois homens descendo as escadas correndo, me escondi atrás de um painel quando ouvi o primeiro tiro.

Só pode ser brincadeira, da onde esses ratos estão saindo? Pego a arma com o silenciador que estava dentro da mochila e fico em silêncio esperando que eles se aproximem.

Não consegui identificar o idioma quando xingaram alto diante do corpo estendido no chão.

Ouvi seus passos a minha procura, sabem que eu não sai, engatilhei minha arma e tudo aconteceu, tiros até que ambas as armas descarregadas e a luta corporal novamente foi inevitável, os dois partiram para cima de mim e se não fosse anos de treinamento eu teria apanhado feio, apesar de ter levados alguns golpes consegui me defender e bater.

Como por um milagre avistei minha outra arma que havia perdido no primeiro embate e corri para pega-la, o maior dos homens me alcançou e mesmo tendo me derrubado no chão pude pega-la.

Disparei sobre ele três tiros certeiros, e depois mirei no seu colega que recebeu um tiro certeiro no meio da testa.

Me levantei rapidamente e deixando tudo para trás corri para sair da estação e fugir dali, no apartamento que estou tenho outro celular e poderia avisar meu irmão que estava bem e que precisa sumir daqui.

Perto do portão que me levaria as ruas fui novamente surpreendida, o golpe foi certeiro perto do meu umbigo, senti a lâmina fria furar a minha pele a e dor lancinante me tomar, a gargalhada que ele soltou me trouxe de volta a realidade e sem pensar joguei meu corpo para frente fazendo com que ele perdesse o equilíbrio e rolasse escada a baixo levando junto a faca que estava cravada em mim.

Coloque a mão no local afim de estancar o sangue mais estava difícil, corri saindo da estação na esperança de conseguir me esconder  quando quase fui atropelada, coloquei as mãos não capo do carro como se pudesse conter o atrito e por sorte ele freio a tempo, não parei corri para um beco e me escondi atrás de uma lata de lixo um pouco zonza pela perda de sangue.

Ouço a porta do banheiro sendo aberta me tirando dos meus pensamentos da última hora, o cheiro de loção que invade o quarto é deliciosa.

Fico na mesma posição de olhos fechados até ouvir ele se aproximar de mim, sinto sua mão tocar a minha testa e após confirma a minha temperatura se afasta me deixando sozinha no quarto.

Ah, muito que pensar e fazer, mas nesse momento com meu corpo debilitado me permito desligar, caindo em um sono profundo e seguro por enquanto.

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Comments

Jane Cleide

Jane Cleide

Gente do céus ,mas começou e já tá essa aventura toda kkkkk!!!

2025-08-02

6

JULIANA

JULIANA

Eu disse que ele merecia um amor com adrenalina
Mas aí é adrenalina demais , adrenalina demais kkkkkk

2025-08-03

3

Valdirene Roberto

Valdirene Roberto

quem será que traiu ela 🤔🤔🤔

2025-08-03

4

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