(Tudo termina bem, como sempre. A Luana levou uma bronca do senhor Jack, Matt foi elogiado pelos clientes
pela comida deliciosa e eu... eu não quebrei nada hoje — o que, convenhamos, já é uma vitória.)
— O que foi, Luana? — perguntei, ajeitando a bandeja.
— Estou cansada de levar bronca do senhor Jack, ele só reclama. E você, ele não pegou no seu pé hoje? Que
sorte a sua. — Luana resmungou.
— Nossa, você quer que eu leve bronca como você? Eu não quebrei nada hoje — respondi, rindo por dentro.
— Você está com sorte hoje. Já eu... — ela suspirou.
— Você vive em festas e noitadas. Quase não dorme. Acho um milagre você conseguir vir trabalhar. — observei.
— Como nós, reles mortais! — Matt entrou na conversa, provocando.
— Sério? Até você, Matt? Vai pegar no meu pé também? Você também curte uma festa! — Luana retrucou.
— Sim, como todos. Apenas não viro a noite como você; tenho que estar aqui cedo. — disse Matt, com aquele
sorriso fácil.
— Nós também, meu caro Matt — rebati, brincando com os dois.
Eles pareciam um casal de velhos brigando — se dão bem, mas às vezes parecem cão e gato: um sempre
provoca o outro. Cuidado, amor e ódio andam de mãos dadas. Percebi Luana fazendo uma careta; Matt mandou
um beijo de canto para ela, e eu sorri, cúmplice.
— O que é tão engraçado, senhorita Ângela? — Jack perguntou, surgindo à distância.
— Ah, senhor Jack, são só a Luana e o Matt. O senhor está bem? — respondi.
— Sim... Pode ir para casa. E você, Luana, nada de ficar em festa a noite toda e vir trabalhar só para dormir. —
Jack advertiu.
— Desculpas, senhor Jack — murmurou Luana.
(Ao sairmos, cochichei para Luana.) — Se você não fosse sobrinha dele, já estaria na rua.
— Sei — respondeu ela, com um sorriso sem graça.
— Então, por que você não muda, Luana? — perguntei, curiosa.
— Quero aproveitar a vida ao máximo. Já vou. — ela respondeu com a impetuosidade costumeira.
— Ela vai mudar um dia? — Matt perguntou, observando.
— Não sei, Matt. Você gosta dela? — perguntei.
— Como uma irmã mais nova. Quer uma carona? — ele ofereceu, gentil.
Matt, com o visual de roqueiro, parecia outra pessoa fora da cozinha.
— Sim, por que não? — aceitei.
— Então vamos. A minha 'bebê' espera por nós. — Matt chamou, rindo.
— Bebê? Sério, Matt? Você chama sua moto assim? — brinquei.
— Sim. Por quê? Está com ciúmes? — ele retrucou. — Tenho um coração grande.— Parece que fala de uma mulher, não de uma máquina. — provoquei.
— Não, minha querida. As mulheres são minhas princesas; a moto é minha bebê. — Ele disse isso com um
sorriso de canto que me derreteu.
No caminho, Matt comentou: — Essa rua sempre dá um certo medo. Por que você ainda mora aqui?
— O aluguel é mais barato — respondi, sem conseguir esconder um encolher de ombros.
— Já sei por quê. — ele riu.
— E por que seria? — perguntei.
— Pela casa. Ela dá uma vibe de mistério, mas também de escuridão e medo. Você não tem medo de ver um
fantasma? — Matt provocou.
— Procuro não pensar nisso, meu caro Matt. — respondi, beijando sua bochecha em despedida. — Até amanhã.
Acenei e parei diante da minha casa. Sempre me senti atraída por coisas misteriosas, mas aquela casa... algo ali
me inquietava.
— O que é isso? Não acredito que o cachorro do vizinho bagunçou meu jardim de novo! — exclamei.
— Desculpas, Ângela. O meu cachorro fugiu e bagunçou suas flores. — Gustavo já vinha pedindo desculpas com
ar debochado.
— De novo? Essas desculpas estão ficando repetitivas demais, senhor Gustavo. Prenda o seu pulguento. —
respondi, revirando os olhos.
— Mas ele tem que ser livre, senhorita. — Gustavo defendeu, acariciando o animal.
— Eu sei, mas o senhor pode cuidar melhor dele. Vou dar uma olhada no estrago. — disse, aborrecida.
Para minha surpresa, o dano não era grande: um buraco aqui, outro ali. Então ouvi um miado — um som distinto,
diferente. Procurei a origem. Não era um gato comum. Seus olhos brilhavam com uma intensidade quase
selvagem; o pelo lembrava o de um tigre. Aproximei-me devagar, esperando que ele recuasse; em vez disso, o
felino parou e me observou sem medo.
— Você tem dono, gatinho? — perguntei, acariciando hesitante.
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Atualizado até capítulo 67
Comments
Rosangela silva
eu agradeço a todos que já leram a minha história, e peço para as pessoas que criticarem os meus erros de português falem o capítulo que está errado que eu vou tentar corrigir.
2025-09-11
3
Janete Matos De Almeida
liga não autora,em tudo na vida tem os mal amados pra criticar
2025-09-13
1
Cici Tvieira
desculpa, mas está péssimo esse livro não dá para entender nada falas estão muito misturadas muito bagunçada tenta de novo dessa vez não deu certo te desejo sorte para os próximos/Sweat/
2025-09-07
1