A manhã seguinte trouxe um céu cinzento, e Clara sentia a tensão no ar enquanto se preparava para encontrar Lucas novamente. Após a revelação de que ele tinha informações sobre os desaparecimentos, a curiosidade e o medo se misturavam dentro dela. O que ele sabia? E, mais importante, como isso afetaria sua busca pela verdade?
Clara decidiu se encontrar com Lucas no antigo armazém à beira do rio, um lugar que sempre evocava um sentimento de nostalgia e mistério. Era um local abandonado, cheio de histórias e ecos de um passado esquecido. Ela chegou cedo, o som das ondas batendo contra as paredes do armazém servindo como trilha sonora para sua ansiedade.
Enquanto esperava, sua mente vagava. Lembrou-se das conversas que teve com Helena sobre os perigos de se envolver em algo tão sombrio. Mas a ideia de descobrir a verdade a impulsionava, como uma força magnética que não podia ignorar.
Finalmente, Lucas apareceu, envolto em uma jaqueta escura que parecia absorver a luz ao seu redor. Ele caminhou com confiança, seus passos ecoando no chão de madeira deteriorada.
“Você veio,” disse ele, com um sorriso enigmático.
“Eu não poderia perder essa oportunidade,” respondeu Clara, tentando esconder o nervosismo em sua voz.
Lucas gesticulou para que ela o seguisse até uma parte mais afastada do armazém, onde a luz filtrava-se através das fendas nas paredes. Ele parou e virou-se para ela, seu olhar profundo e sério.
“Eu tenho informações sobre os desaparecimentos,” começou Lucas. “E não são apenas rumores.”
Clara sentiu o coração acelerar. “O que você sabe?”
“Há um grupo na cidade… algo que ninguém parece notar — ou não quer notar,” ele disse, olhando ao redor como se temesse que alguém estivesse ouvindo. “Eles estão envolvidos em atividades ilegais e têm uma conexão com os desaparecimentos.”
“Conexão? Como assim?” Clara pressionou, ansiosa por detalhes.
Lucas hesitou antes de continuar. “Eu conheço alguém que faz parte desse grupo. Ele me contou coisas… coisas terríveis.”
“E você confia nessa pessoa?” Clara perguntou, cética.
“Confio o suficiente para saber que estamos lidando com algo maior do que imaginamos.” Ele olhou nos olhos dela, sua expressão séria. “Você precisa ter cuidado. Eles não hesitarão em silenciar qualquer um que tente investigar.”
Clara sentiu um frio na espinha ao ouvir suas palavras. “E você? Por que está me ajudando?”
“Porque você é diferente,” Lucas respondeu sem hesitar. “Você não é apenas mais uma curiosa; você realmente se importa com essas pessoas.”
A intensidade do olhar dele fez Clara desviar os olhos por um momento. Era difícil ignorar a conexão crescente entre eles; cada palavra trocada parecia carregar um peso emocional.
“Então, o que fazemos agora?” perguntou ela finalmente.
“Precisamos descobrir quem está por trás disso,” disse Lucas. “Mas primeiro, precisamos nos infiltrar nesse grupo.”
Clara hesitou por um momento. A ideia de se envolver ainda mais era aterrorizante e emocionante ao mesmo tempo. “Como vamos fazer isso?”
Lucas sorriu ligeiramente, como se tivesse esperado por essa pergunta. “Eu tenho um plano.”
Aquelas palavras acenderam uma chama de determinação dentro dela. Clara sabia que estava prestes a entrar em um jogo perigoso, mas a possibilidade de descobrir a verdade era irresistível.
Enquanto eles discutiam os próximos passos, Clara percebeu que cada decisão tomada poderia levá-la mais perto da verdade — ou à beira da escuridão total.
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Atualizado até capítulo 31
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