A chuva caía incessantemente, batendo nas janelas do pequeno apartamento de Clara. Ela estava sentada à mesa, cercada por anotações e recortes de jornais, tentando juntar as peças do quebra-cabeça que se tornava cada vez mais complicado. Cada desaparecimento parecia estar conectado a uma história maior, mas o que exatamente essa história envolvia?
Enquanto Clara revisava suas anotações, seu telefone vibrou na mesa. Era uma mensagem de Rafael.
*“Você está em casa? Preciso falar com você.”*
Clara hesitou por um momento, lembrando-se da última conversa que tiveram. Rafael estava preocupado com sua segurança e tinha tentado convencê-la a deixar a investigação de lado, mas ela não podia simplesmente ignorar o que estava acontecendo em Eldridge.
*“Estou. Pode vir.”*
Pouco depois, Rafael apareceu à porta. Ele estava molhado e com o cabelo desgrenhado, mas seu olhar era sério. Clara fez sinal para ele entrar e se sentar.
— O que aconteceu? — perguntou ela, tentando manter a voz calma.
— Eu ouvi rumores sobre os desaparecimentos — começou Rafael, passando as mãos pelo cabelo. — Algumas pessoas estão falando sobre um culto que opera na cidade. Eles acreditam que estão fazendo rituais para “purificar” a alma das pessoas.
O coração de Clara disparou. Ela já tinha ouvido sussurros sobre cultos em Eldridge, mas nunca pensou que pudesse ser verdade.
— E você acha que isso está ligado aos desaparecimentos? — indagou ela.
Rafael assentiu, seu rosto tenso.
— Sim. E tem mais… Eu não queria te contar isso, mas… eu vi Lucas perto do último local onde uma pessoa desapareceu.
Clara engoliu em seco. A imagem de Lucas surgiu em sua mente — os olhos escuros e o sorriso enigmático que a deixavam dividida entre atração e desconfiança.
— Você está dizendo que ele pode estar envolvido?
— Não estou dizendo isso — respondeu Rafael rapidamente —, mas precisamos ser cautelosos. Ele é um mistério, e você não pode se deixar levar por esse charme dele.
Clara sentiu uma onda de frustração. Como poderia confiar em alguém cujos segredos poderiam ser tão profundos? Mas também havia algo dentro dela que a puxava para Lucas, como se ele fosse a chave para entender tudo.
— Eu preciso encontrá-lo — decidiu Clara, levantando-se da mesa com determinação.
Rafael a olhou com preocupação.
— Você não pode fazer isso sozinha!
— Não posso esperar mais! — respondeu ela, a voz firme. — Se ele sabe algo sobre os desaparecimentos, eu preciso descobrir o quê.
Rafael suspirou, sabendo que não conseguiria mudar sua mente.
— Então vou com você.
Clara hesitou por um momento antes de concordar. Ela sabia que ter Rafael ao seu lado era uma vantagem, mesmo que seu coração estivesse dividido entre a razão e o desejo.
Clara hesitou por um momento antes de concordar. Ela sabia que ter Rafael ao seu lado era uma vantagem, mesmo que seu coração estivesse dividido entre a razão e o desejo.
— Está bem, vamos fazer isso — disse ela, sua voz firme apesar da incerteza que sentia por dentro.
Rafael sorriu, um brilho de confiança em seus olhos. Ele sempre acreditou na força de Clara, e ela precisava desse apoio agora mais do que nunca. Juntos, eles poderiam enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.
Enquanto se preparavam para a missão, Clara sentiu um frio na barriga. A ideia de se aventurar em território desconhecido era assustadora, mas também empolgante. Ela respirou fundo e lembrou-se do quanto havia crescido desde que começou essa jornada.
— O que devemos fazer primeiro? — perguntou Rafael, quebrando o silêncio e puxando Clara de volta à realidade.
— Precisamos reunir informações sobre o que estamos enfrentando — respondeu ela, decidida. — Conhecer o inimigo é essencial para traçarmos um plano.
Os dois começaram a investigar, conversando com pessoas da comunidade e buscando pistas sobre os desafios que estavam prestes a enfrentar. A cada nova informação, Clara sentia sua determinação crescer.
Durante as reuniões e discussões, Rafael sempre estava ao seu lado, oferecendo apoio e encorajamento. Ele a fazia rir nos momentos mais tensos e sempre tinha uma palavra de conforto quando ela se sentia sobrecarregada.
Por outro lado, Clara não podia ignorar os sentimentos crescentes que tinha por ele. A conexão entre eles se tornava mais forte a cada dia, e isso complicava ainda mais as coisas em sua mente. Ela queria focar na missão, mas seu coração parecia ter vontade própria.
Certa noite, enquanto revisavam notas e estratégias em um café tranquilo da cidade, Clara decidiu abrir o jogo.
— Rafael... eu preciso falar sobre algo — começou ela, nervosa.
Ele olhou para ela com atenção, seus olhos transmitindo uma mistura de curiosidade e preocupação.
— O que foi? Você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa.
Clara hesitou novamente antes de prosseguir.
— É sobre nós... Eu sinto que há algo entre nós além da amizade. E isso me assusta um pouco. Não quero que isso atrapalhe nossa missão.
Rafael ficou em silêncio por um momento, processando suas palavras. Então um sorriso gentil surgiu em seu rosto.
— Eu também sinto isso, Clara. Mas acredito que podemos lidar com isso juntos. Nossa amizade é forte o suficiente para superar qualquer desafio — disse ele suavemente.
Aliviada por sua resposta positiva, Clara sentiu uma onda de esperança percorrer seu corpo. Eles poderiam explorar esses sentimentos sem deixar que atrapalhassem a missão deles.
— Então vamos seguir em frente — respondeu ela com um sorriso tímido. — Primeiro a missão e depois... bem, veremos onde isso nos leva!
A conversa trouxe uma nova energia à dupla. Com corações mais leves e mentes focadas na tarefa à frente, Clara e Rafael se prepararam para enfrentar o próximo desafio juntos, certos de que poderiam contar um com o outro tanto na batalha quanto na vida pessoal.
Assim começaram uma nova fase não apenas na luta pelo bem-estar da comunidade, mas também na descoberta do amor que florescia entre eles sob a luz das estrelas.
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Atualizado até capítulo 31
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