Capítulo 2- Bônus (Foi por causa de um olhar)

Após conversar com Ana, sua patroa, Camila decidiu que faria uma surpresa ao noivo e tiraria a história a limpo. Começar um casamento sem confiança não era correto. Ela o amava e no seu íntimo achava que era tudo uma bobagem, pois seu noivo não seria tão cafajeste. Lhe fez lindas juras de amor e o casamento era a prova disso.

Camila saiu e foi até o apartamento do noivo.

Quando chegou em frente ao prédio, viu que as luzes estavam acesas, pois, o apartamento dele ficava de frente para a rua.

Ela tinha a chave, por isso, não precisava se anunciar. O porteiro a olhou espantado, mas continuou sentado e não lhe disse nada.

Camila subiu até o quarto andar. Quando chegou em frente a porta, ouviu vozes vindas do interior do apartamento. Ficou tentando ouvir o que conversavam.

Ela pode ouvir que havia apenas a voz de Samuel, o seu noivo, e de uma mulher. Após algo engraçado, Camila reconheceu a voz de Juliana, sua prima. Ficou um tempo lá, sem saber o que fazer: entrar ou esperar mais um pouco? Resolveu esperar. Passados uns 15 minutos, as vozes foram diminuindo.

Decidiu que era a hora de entrar.

Abriu a porta bem devagar. Entrou e o que viu, embrulhou-lhe o estômago.

Mesa posta para um jantar romântico, buquê de flores e chocolate sobre o balcão. Sapatos e roupas jogadas no caminho e 2 taças com resto de vinho.

Juntou toda a coragem e foi seguindo pelo corredor. Com a porta entreaberta, ouviu gemidos e palavras obscenas, típicas de um casal entregue aos desejos e luxúria. Ficou assistindo ao espetáculo de horror.

Camila e Samuel conheceram-se no trabalho anterior dela. Ele era o motorista e ela, a babá. Carinhoso e romântico foi a conquistando aos poucos, e após 6 meses, estavam namorando. Ela o levou até sua família no Natal, e lá, apresentou seus outros parentes, entre eles, Juliana. Essa, morava sozinha e não se acertava com demais parentes, pois sempre aprontava alguma coisa. Agora, podia entender o que suas outras primas falavam dela.

Camila pegou o seu celular e gravou por vários minutos o tal ato do casal. Precisava de provas. Dessa vez, os traidores ultrapassaram todos os limites, pois estavam com o casamento marcado para dali 2 meses. Seu instinto realmente não falhou.

Após feito a gravação, escancarou a porta.

Os dois assustados, a olharam confusos.

Samuel: Amor, posso explicar.

Camila: Sem explicação. Já vi o bastante. Parabéns, trocou ouro por pedra.

Samuel a segurou, enquanto Juliana, vestia-se apressada.

Camila: Me solta! Podem continuar. Desculpa interromper o casal.

Samuel: Camila, me escute. Ela que me seduziu.

Camila: Deixa de ser cretino e assume de uma vez. Preferiu ficar com ela e trair-me. Por quê? Sou uma pessoa tão ruim assim? Mereço passar por isso?

Enquanto discutiam, Juliana saiu de mansinho do apartamento.

Samuel: Não, meu amor. Me perdoe. Fui um fraco.

Camila: Sem perdão. Seja feliz com a sua escolha. Vou para o meu trabalho, pessoas iguais a você, não merecem nenhuma lágrima. Foi um livramento. Não se preocupe, mandarei entregar os presentes que você me deu. Não quero nem lembrar, que um dia, você fez parte da minha história.

Tirou a aliança e jogou-a na direção dele.

Camila: Reutiliza com ela, não precisará comprar outra.

Camila entrou no elevador. A sua adrenalina não permitia chorar. Só estava com muita raiva de si mesma, por confiar num traidor. Juliana, outra cobra. Mas, se mereciam. Agora, era seguir e refazer a sua história.

Ao sair do prédio, sentiu um calafrio, mas não deu a devida importância. Continuou seguindo a pé, precisava esfriar a cabeça. Na próxima esquina, ao atravessar a rua, viu uma luz vindo muito rápido em sua direção.

Um carro, muito veloz a atingiu. Seguiu seu caminho, como se não houvesse acontecido nada.

Um pedestre, logo se aproximou, pegou o celular e a bolsa de Camila. Saiu de fininho e fez uma ligação.

Pedestre: Acabou, serviço concluído. O celular e a bolsa estão comigo. Só vir acertar o favor.

Falou ao telefone.

Camila, respirando muito fraca. Sem forças para reagir, escutou vozes aflitas, barulho de sirenes, e a luz, foi sumindo aos poucos...

Médico: Rápido, não podemos perdê-la.

Camila quase não resistiu, entrou em coma, mas ainda havia chance de se recuperar.

No hospital a atendente pergunta:

- Doutor, sabem o nome da paciente? Não havia nenhuma bolsa junto?

Médico: Sem documentação. Só aguardarmos alguém vir procurá-la.

Os meses passaram, a bela moça, continuava em coma. Ninguém a procurou. Só recebia a visita do médico socorrista. Não sabem o seu nome. No prontuário aparece: Vitória (nome da rua onde foi socorrida)

Doutor Gabriel, Clínico Geral e socorrista voluntário. Solteiro, 26 anos, porte atlético. Encantou-se por uma moça linda ao socorrê-la após um atropelamento. Aguarda ansioso, para que acorde. Conversa com ela todos os dias após o seu plantão.

"Ah, bela moça, não demore muito para reagir!

Doutor Gabriel

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Comments

Marlene Aparecida Stelle

Marlene Aparecida Stelle

gato

2025-07-31

2

Noeli Viana

Noeli Viana

espero q ela não perca a memória

2025-07-17

3

Lorrainecristinioliveira Oliveira

Lorrainecristinioliveira Oliveira

espero q quando ela acordar tenha memória e recupere tudo oq tiraram dela

2025-07-11

3

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