Acordei com uma voz que conhecia muito bem, era minha mãe. Abrir os olhos devagar, a claridade parecia espetar agulhas em minhas pupilas.
— Mãe, a senhora não bate mais? O que estão fazendo aqui a essa hora?
Meus pais estavam parados de pé, na frente da minha cama. Me olhavam como se quisessem me dar uma surra.
— Anthony Maestrine, posso saber o que você fez com a nossa casa? E essa garota, quem é ela?
Só aí olhei para o lado e me deparei com uma linda mulher, ainda sonolenta , tentando entender o que estava acontecendo. Quando viu meus pais, ela puxou o lençol rapidamente, se dando conta que estava apenas de calcinha e sutiã.
Não pensei muito, olhei para os meus pais e disse em um tom calmo.
— Essa é minha namorada, vocês podem nos dar licença para que possamos nos trocar ?!
Eles saíram do quarto sem retrucar, levantei e fechei a porta enquanto eles desciam as escadas. Olhei para a cama e a vi se levantar tentando esconder o corpo.
— Seu vestido, está na cadeira. — Apontek para a cadeira. Ela correu até lá e começou a se vestir.
— Namorada? Você está doido? Eu se quer sei seu nome… na verdade, eu nem sei o que estou fazendo aqui. Droga!, eu não deveria ter bebido tanto ontem.
Ela parecia mesmo não lembrar de nada da noite anterior.
— Eu sou Anthony Maestrine, mas você pode me chamar de Tony, todos os meus amigos me chamam assim, e você como minha namorada, tem também esse privilégio. — Sorri meio sínico, não conseguir me conter.
— Isso só pode ser um daquela reality shows não é? Me fala, onde estão as câmeras?
— Não tem câmera nenhuma, e você está bem acordada, também não é um pesadelo… — Me aproximei dela, ainda estava só de cueca. — Eu diria que um sonho, dada as circunstâncias que você acordou hoje, e na cama de quem você acordou.
Ela revirou os olhos enquanto prendia o cabelo em uma espécie de nó.
— Me fala, o que aconteceu. E sem brincadeirinhas por favor.
— Vou te contar tudo, mas antes, eu preciso saber o nome da mulher que acordou ao meu lado essa manhã.
Ela revirou os olhos novamente, respirando fundo.
— Me chamo Camile Medeiros. Sou Brasileira, e pelo seu português perfeito, suspeito que você também seja.
— Bem Camile, vou te contar como você veio parar na cama do homem mais cobiçado desse país … — Ela jogou o peso do seu corpo na cadeira, parecia ainda não acreditar que estava ali.
Contei o que tinha acontecido na noite anterior, como ela subiu até o meu quarto , tirou o vestido e se jogou na minha cama.
— Suas amigas tentaram te acordar, mas você estava totalmente apagada. Elas deixaram esse bilhete aqui.
Entreguei o bilhete que dizia: “Amiga, nós tentamos, mas você não se mexeu. Espero que esteja bem, nos liga assim que acordar!”
— Eu vou matar aquelas duas, como elas me deixam sozinha na casa de um desconhecido… espera, a gente …
Vi as palavras faltarem em sua boca e sorrir imaginando o que ela queria perguntar.
— Não, não aconteceu nada. Eu estava no banheiro quando vi você na minha cama. Lhe cobri e deitei no sofá. Com o dia já claro deitei na cama, não estava aguentando de dor nas costas, aquele sofá é muito pequeno para um homem do meu tamanho.
Vi o peso sair de seus ombros, ela estava aliviada.
— Eu jamais tocaria em um mulher sem que ela me permitisse, estava bebado, mas não perdi o meu caráter no copo de wisk.
Ela se levantou, procurava pela bolsa. Apontei para o chão, onde a bolsa estava.
— Eu preciso ir, estou atrasada para o trabalho.
— Espera! — Disse a segurando pelo braço. — Eu preciso que você se apresente aos meus pais como minha namorada.
— Você só pode ser louco! — Ela se soltou da minha mão e caminhou até a porta.
— Estou realmente louco de pedir isso a alguém que não conheço. Mas eu preciso convencer os meus pais a me deixarem ficar aqui, e você pode me ajudar apensas se apresentando a eles. Não estou te pedindo muita coisa, é só sorrir e dizer seu nome.
Ela me olhou com desconfiança, mas resolveu aceitar. Descemos e meus pais estavam sentado em meio a bagunça da noite anterior.
— Pai, mãe, está é Camile, minha namorada.
Camile sorrio e apertou a mão dos meus pais meio sem graça.
— Desculpem por essa primeira impressão, nós exageremos na noite passada. Sinto muito não poder ficar mais, estou muito atrasada para o trabalho.
Meus pais a olhavam com desconfiança.
— Está tudo bem, querida. Nos falamos depois.
Dei um beijo em sua bochecha, ela sorrio em direção aos meus pais e saiu pela porta apressada.
Agora eu estava ali, diante das duas únicas pessoas que me faziam recuar sempre que era preciso.
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Atualizado até capítulo 106
Comments
Jocemira Castro
kkkkkkk
2025-07-04
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