— Amore, cheguei!
Caminhei até o quarto animada, fazia uma semana que eu e Henrico não nos víamos. Estava louca de saudade.
Ao chegar na porta, me deparei com a cena mais inpossivel de se acreditar. Henrico totalmente sem roupa, deitado ao lado de Mirela, nossa colega de trabalho. Não consegui me conter, fui para cima dele, lhe acordando aos tapas.
— Camile, meu amor, não é nada disso que você está pensando.
— Eu não estou pensando, Henrico, eu estou vendo.
Me chamo Camile Medeiros, tenho 26 anos e sou brasileira. Vim para a Itália a quatro anos atrás, para estudar. Sou advogada, recém formada. Trabalho em um dos escritório mais importantes da cidade . Até a alguns minutos atrás, namorada o Henrico, moravamos juntos a algum tempo , e na minha cabeça eramos o casual perfeito . Até encontra-lo na nossa cama, como uma colega de trabalho.
— Amiga …
— Não, não me chame de amiga. Uma amiga não estaria na cama com o namorado da outra. Vocês dois, vocês não valem nada!
Mirela se enrolava no lençol da cama, enquanto Henrico procurava o short pelo quarto. Era inacreditável, o homem com quem eu me relacionava a 2 anos, o homem que dormia ao meu lado todos os dias desde que sair do apartamento que dividia com minhas amigas, para morar no apartamento dele, isso não podia estar acontecendo.
— Amore mio, deixa eu te explica, tudo isso… foi um erro …
— Um erro?! — Mirela gritou com os olhos cheios de raiva.
— Desde quando isto está acontecendo? — Perguntei tentando conter as lágrimas.
— Não …
— Henrico, não tente mentir. Estamos juntos a mais de um ano, Camile. — Mirela me disse sem esconder a satisfação do momento.
Não conseguir dizer mais nada, apenas peguei minha bolsa e sai batendo à porta com força. Sem saber muito bem o que fazer, fui direto até o apartamento que um dia foi meu.
Contei tudo para Selma e Patrícia, minhas amigas desde a faculdade.
— Meu amor,sei que não é hora para isso, mas nós tentamos te alertar sobre o Henrico.
— Selma, não é hora amiga. O que a Camile precisa agora, é do nosso apoio. — Patrícia sempre foi mais delicada, nesse quesito.
— Eu só preciso chorar, está doendo tanto …
Me joguei nos braços delas, e ali passei a tarde, envolva a lágrimas e a raiva. No final do dia, depois de uma garrafa de tequila, Selma e Patrícia me convenceram a sair de casa. Segundo elas, aquela era a oportunidade de eu comemorar, por finalmente está livre do traste do Henrico. E assim fizemos, fomos parar em um dos bares mais caros da Itália.
Já passava das duas da manhã, quando empolgada ouvir o cara do lado convidar para terminar a noite em sua casa. Não fazia ideia de que ele era, só que levantamos e fomos junto com eles e mais umas dez pessoas.
Não era uma casa, era uma mansão. Em um condomínio fechado de alto padrão. Entramos e ele nos mandou ficar a vontade. Muita bebida cara, comida a vontade na geladeira . Ele ligou o som bem alto, sem parecer se importar com os vizinhos. Aquela casa era tão grande, que provavelmente o som se dissiparia antes que chegasse nas casas ao lado.
Logo estávamos dançando em cima dos sofás caros e até de uma mesa de madeira que ficava no centro de uma das salas. Não sei que horas era, mas senti uma tontura muito forte, já havia bebido demais, nunca havia bebido tanto. Subi as escadas e entrei no primeiro quarto que vi. Só lembro de ouvir Selma e Patrícia me chamar para ir embora, apaguei.
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Atualizado até capítulo 106
Comments
Cida Sousa
Essa frase é clássica 🤣🤣🤣🤣
2025-07-07
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