MANSÃO HAYES – 6:47h
Emily acordou antes do sol. O estômago revirava de ansiedade, raiva e algo mais — um orgulho ferido que crescia em silêncio, transformando-se em força.
Ela havia feito uma promessa na noite anterior: não choraria mais por Alex Hayes.
Vestiu-se com uma blusa preta colada ao corpo, sem sutiã, e uma saia curta demais para o padrão da casa. Ao descer as escadas, não desviou o olhar dos empregados, que a observaram com olhos arregalados.
Na sala de jantar, Alex lia os e-mails no tablet, como se o mundo girasse em torno dele. Quando viu Emily, ergueu uma sobrancelha, surpreso.
— Essa roupa é... inadequada. — disse, sem tirar os olhos da tela.
— Tem alguma cláusula sobre vestimentas no contrato? — ela perguntou, servindo-se de café. Porque, se tiver, adoraria reler.
Alex pousou o tablet com mais força do que necessário.
— Está tentando me provocar?
Ela levou a xícara aos lábios com um sorriso frio.
— Eu? Só estou me ajustando ao meu papel de esposa contratual. Uma boa esposa sempre se veste como o marido gosta. Você não gostou? Que pena.
Silêncio.
O clima estava pesado como tempestade prestes a explodir. Mas Emily adorava cada segundo. Era sua pequena vingança — discreta, mas afiada.
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13:22h – Sala de reuniões da empresa Hayes Group
Alex entrou na sala com Emily ao seu lado. Era o primeiro evento corporativo desde o casamento. Jornalistas, investidores, olhares em todos os cantos.
Emily caminhava de cabeça erguida, sorriso ensaiado, mas nos olhos… havia veneno.
Durante o coquetel, um jovem empresário coreano se aproximou. Belo, elegante, claramente interessado.
— Prazer, sou Henry Cho. Você é Emily Carter, certo? A famosa noiva americana do nosso rei congelado.
Emily soltou uma risada encantadora.
— A própria. Embora, sinceramente, não sei se “rei” é o termo certo. Talvez ditador seria mais adequado.
Alex, que observava de longe, apertou o copo de whisky. Seus olhos cravaram nos de Emily. Ela sabia.
E adorou.
— Posso te mostrar o jardim interno? É mais silencioso lá fora. — sugeriu Henry.
Emily hesitou apenas por um segundo, então assentiu.
— Eu adoraria.
Ao passar por Alex, ela lançou um olhar rápido, triunfante. Ele não disse uma palavra.
Mas seus olhos...
Prometiam guerra.
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20:37h – Mansão Hayes
Emily entrou no quarto e trancou a porta. Estava pronta para dormir quando ouviu a batida seca.
— Abra, Emily. —
A voz de Alex estava fria. Baixa. Controlada demais.
Ela hesitou, mas abriu.
Alex entrou. Fechou a porta atrás de si.
— Não me teste. — disse ele, aproximando-se.
— Você me mandou ficar no meu lugar. Eu estou. Qual é o problema? Não gostou de me ver sorrindo para outro homem? Pensei que minha vida pessoal não fosse da sua conta.
Ele a encurralou contra a parede.
— Você quer me provocar? Conseguiu. Mas cuidado… quando eu revidar, não vai gostar.
Emily riu, nervosa, mas sem recuar.
— Você me subestimou, Alex. E agora não sabe o que fazer com isso.
Ele a encarou em silêncio. O cheiro da pele dela, a respiração acelerada, o desafio nos olhos… tudo deixava o controle dele por um fio.
Mas ao invés de tocá-la, ele recuou.
— Vá dormir. Essa guerra... só começou.
E saiu, batendo a porta com firmeza.
Emily deslizou até o chão, os joelhos fracos, o peito pulsando.
Ela não sabia quem sairia vencido desse jogo.
Mas sabia de uma coisa:
Ela nunca mais seria a menina assustada do primeiro dia.
--- Fim Do Capítulo 5
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Diva
E é assim que a mamãe gosta.
Pode tremer por dentro, mas uma geleira por fora
2025-06-30
1