SEUL – 9:02h
A limusine preta estacionou em frente ao cartório central. Emily desceu com passos hesitantes, os olhos fugindo da multidão. Apesar da simplicidade da cerimônia, fotógrafos já estavam posicionados — o nome “Alexander Hayes” atraía atenção como fogo em palha seca.
Ela usava um vestido branco elegante, sem renda, sem véu. Nada de romantismo. Apenas formalidade.
— Está atrasada. — Alex murmurou ao encontrá-la, analisando-a de cima a baixo.
— Estou aqui, não estou? — ela respondeu, mantendo o queixo erguido, mesmo que o coração batesse forte demais.
Ele não respondeu. Apenas estendeu o braço. Ela o aceitou, relutante.
Foram conduzidos para uma sala privativa. Os papéis foram apresentados. O contrato lido novamente. Emily assinou com dedos frios. Alex assinou com firmeza.
— Estão oficialmente casados. — disse o oficial, sorrindo como se aquilo fosse uma celebração de amor.
Mas o silêncio entre os dois era ensurdecedor.
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11:45h – Residência Hayes
A mansão ficava nos arredores de Seul, cercada por muros altos, jardins meticulosamente podados e uma entrada imponente. Emily desceu do carro e ficou encarando o lugar que agora seria sua “casa”.
— Você tem um quarto no terceiro andar. — Alex informou, já caminhando para dentro. — Meu quarto é no segundo. E antes que pergunte, não divido cama com quem assina contrato.
A maneira como ele dizia essas palavras… como se ela fosse só mais um item no inventário dele…
Emily apertou os punhos.
— Ótimo. Também não divido cama com homens que tratam pessoas como objetos.
Alex parou no topo da escada. Olhou para ela por cima do ombro, e um leve sorriso torto surgiu.
— Vamos ver quanto tempo dura esse discurso.
Emily subiu, sentindo o sangue ferver.
O quarto era enorme, luxuoso, com vista para o jardim e móveis dignos de realeza. Mas ela se sentia aprisionada. Uma boneca de luxo em uma vitrine sem saída.
Tirou os sapatos, jogou-os no canto. Encostou a porta. Respirou fundo.
E desabou.
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18:20h – Sala de jantar
Emily foi chamada para o jantar. Estava vestida de forma discreta, mas ainda elegante. Encontrou Alex já à mesa, mexendo no celular.
— A partir de agora, sua rotina muda. Você me acompanha nos eventos. Veste o que eu mandar. Sorrir é opcional, mas manter-se calada é essencial.
Emily segurou o garfo com força.
— Eu não sou sua funcionária.
— Não. — Ele ergueu os olhos. — É minha esposa contratual. Não esqueça que eu paguei muito caro por esse título.
Ela travou. O peito subia e descia com raiva contida.
— Você quer que eu me comporte como sua esposa? Então comece a agir como um homem digno de uma.
Alex soltou uma risada baixa, quase desafiadora. Ele se levantou da mesa e caminhou até ela. Parou tão perto que ela pôde sentir o perfume amadeirado.
— Dignidade não tem nada a ver com isso, Emily. Você aceitou um contrato. E eu sou um homem que cumpre sua parte.
A pergunta é… você está pronta para cumprir a sua?
O ar entre eles ficou denso. A tensão era palpável.
Emily não recuou.
— Você vai ter o que quer, Alex. Mas não vai ter minha alma.
Ele inclinou o rosto, próximo demais.
— Não preciso da sua alma, Emily…
Só do seu corpo obedecendo às regras.
Emily se afastou, furiosa, mas trêmula.
Ele era um inferno irresistível. E ela estava presa lá dentro.
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22:33h – Quarto de Emily
Ela olhava para a cidade através da janela. Luzes tremeluzindo. Pessoas vivendo amores reais.
Enquanto ela… vivia um contrato.
Mas havia algo em Alex. Algo que a desafiava, provocava, queimava sob a pele. E ela odiava… o quanto aquilo a atraía.
Emily deitou-se, decidida a não ceder.
Mas, no fundo, sabia…
O jogo apenas começara.
E nenhum dos dois sairia ileso.
--- Fim Do Capítulo 2
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Diva
Mas ele deve ter recebido o dinheiro dele. kkkkk
Isso para ele é o que importa.
2025-06-30
1
Diva
kkkkkkkkk
Vai se arrepender dessas palavras...
2025-06-30
2
Diva
Qual noiva não se atrasa. kkkkkk
Perderia o charme.
2025-06-30
1