Viviane tá dentro do mercadinho do morro, olhando as prateleiras meio confusa. Tá com uma sacola na mão, pegando umas coisas que a mãe pediu: arroz, óleo, café… aquele básico. Tá calor, o ventilador de teto gira devagar, e o som baixinho de um pagodinho toca ao fundo.
Ela tá tentando decidir entre duas marcas de açúcar quando ouve uma voz familiar atrás dela.
Bruna:
— Ih… tá perdida de novo, hein?
Viviane vira pra trás com um sorriso instantâneo.
Viviane:
— Nem me fala… aqui tudo é diferente. Até o açúcar tem umas marcas que nunca vi na vida.
Bruna (rindo):
— Normal… depois de um tempo cê já escolhe no automático.
(olha pra sacola da Vivi)
— Tá fazendo mercado pra mãe, né?
Viviane:
— Tô. Ela tá tentando economizar… então agora é tudo na base do “compra no mais barato”.
(faz careta, rindo)
— Eu tô só obedecendo.
Bruna (ri):
— É isso… vida real.
(olha em volta, pega um salgadinho da prateleira)
— E aí… curtiu a festa de ontem?
Viviane:
— Até que foi legal, viu? Achei que ia ficar super deslocada, mas a galera foi de boa.
(faz uma pausa, dá uma risadinha)
— Seu irmão é meio… como eu posso dizer… intenso?
Bruna (gargalha na hora):
— Menina… e olha que ontem ele tava no modo “paz e amor”, hein.
(põe a mão no peito, dramatizando)
— Mas fica tranquila… com o tempo cê se acostuma. Todo mundo aqui já aprendeu a decifrar o humor do Nando.
Viviane:
— Vou anotar isso no caderninho de sobrevivência no morro.
As duas riem juntas. Bruna paga o salgadinho no balcão, depois se vira pra Vivi com um olhar animado:
Bruna:
— Ó… hoje à noite vai rolar um baile lá na quadra. Bem ali em cima, cê já deve ter visto quando subiu outro dia. Vai ser maneiro, som alto, a galera toda… tu devia ir.
Viviane (fazendo aquela cara de “será?”):
— Baile? Nunca fui num desses não… é muito bagunça?
Bruna (balança a cabeça, rindo):
— Não! Quer dizer… depende. Tem os mais pesados, mas o de hoje é de boa. Só música, dança, gente rindo, cerveja barata…
(dá de ombros)
— E se cê não curtir… é só ir embora. Mas pelo menos cê conhece mais gente.
Viviane (pensando por uns segundos, depois sorri de canto):
— Tá… acho que vou. Melhor do que ficar em casa ouvindo minha mãe reclamar da vida.
Bruna:
— Isso aí!
(aponta o dedo pra ela, brincando)
— Se arruma bonitinha, hein! Quero te ver lá.
Viviane (rindo):
— Vou tentar não fazer feio.
Bruna:
— Até mais tarde então!
Bruna vai saindo do mercadinho com o pacote de salgadinho na mão, dando tchau com a outra. Viviane fica ali, sorrindo sozinha, meio ansiosa e curiosa pra saber como vai ser a noite.
Tempo depois!
Viviane tá no quarto, em pé na frente do espelho de corpo inteiro, com o ventilador ligado no máximo porque o calor tá surreal. O som tá baixinho no celular, uma playlist aleatória de funk misturado com pop. Ela joga o cabelo pro lado, olhando pro próprio reflexo com aquela cara de “tá bom… mas ainda falta alguma coisa”.
Ela veste um vestido justinho, cor lisa, daqueles que marcam o corpo mas sem ser vulgar. Um tecido levinho, porque ninguém merece passar calor no morro. O cabelo tá solto, com umas ondas que ela mesma fez na chapinha, do jeito que conseguiu. No pé, um tênis branco, básico, confortável, mas que dá o toque final no look.
Viviane (olhando no espelho, falando sozinha):
— Tá… tá bom… pelo menos não tô parecendo desesperada.
(faz uma careta e dá risada sozinha)
— Quer dizer… só um pouquinho.
Ela pega um gloss na bolsa, passa rapidinho. Confere o perfume, dá aquela borrifada no pescoço e nos pulsos. Antes de sair do quarto, dá uma última ajeitada no vestido e pega o celular. Uma mensagem da Bruna:
Mensagem da Bruna:
"Já tô na quadra! Te espero aqui, hein!"
Viviane sorri, respira fundo e sai de casa. A ladeira dessa vez parece menos cansativa, talvez pela ansiedade, talvez porque o som do baile já dá pra ouvir de longe.
Roupa da Viviane
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Android 17
Estou apaixonada por essa trama, não vejo a hora de ler mais.
2025-06-25
1
Leitora compulsiva
esse baile vai render heim 🔥🔥🔥
2025-06-26
0