Viviane tá no quarto, parada na frente do espelho, escolhendo a roupa. O guarda-roupa não é mais o mesmo de antes, mas ela ainda tenta caprichar.
Viviane (falando sozinha):
— Tá… nada de patricinha demais… mas também não vou de qualquer jeito.
Ela escolhe uma blusinha ciganinha branca, de tecido leve, que deixa os ombros à mostra. Um short de alfaiataria bege, meio larguinho, confortável. Nos pés, um chinelo com pedrarias que ela trouxe da antiga vida… uma mistura de luxo com simplicidade.
Viviane (dando um giro, se olhando de lado):
— Acho que tá bom… básica, mas com dignidade.
Ela prende o cabelo num coque bagunçado, passa um gloss e um pouco de rímel. Pega o celular e sobe a ladeira até a laje da Bruna, seguindo as instruções.
Lá de cima já dava pra ouvir o som de um pagodinho rolando baixo numa caixinha de som. Várias vozes conversando, rindo. Cheiro de churrasco misturado com cerveja .
Quando ela chega na laje, Bruna já tá lá, sentada num canto, com uma latinha na mão, rindo alto de alguma piada.
Bruna (gritando quando vê a Vivi):
— Olha elaaaaaa! Pensei que fosse me dar um bolo!
Viviane (chegando perto, sorrindo):
— Claro que não! Promessa é dívida.
Bruna (olhando a roupa da Vivi, fazendo sinal de aprovação com a cabeça):
— Gostei, hein… chique, mas de boa. Passou no teste.
Viviane (rindo):
— Ufa… já tava achando que ia ser zoada.
Bruna:
— Relaxa. Aqui é tudo nosso.
Bruna apresenta Vivi pra uma galera. Uns vizinhos, uns amigos de infância. Todo mundo simpático, mas com aquele jeito desconfiado típico de quem mora no morro.
Bruna:
— Gente, essa aqui é a Vivi… nova moradora.
Galera (em coro, meio zoando, mas de boa):
— Ihhh… paty! Bem-vinda ao Vidigal!
Todo mundo ri. Vivi também, já entrando no clima.
No meio da conversa, enquanto ela fala com uma menina chamada Tainá sobre as gambiarras da internet no morro, Viviane sente um olhar pesado nas costas. Quando vira… dá de cara com ele.
Nando.
Ele tá encostado na parede, de longe, segurando um copo de cerveja, camisa preta, bermuda e chinelo de dedo. O olhar dele é firme, quase de estudo. Como se ela fosse uma ameaça… ou uma novidade que ele ainda não sabe como lidar.
Viviane tenta disfarçar, mas sente o coração acelerar.
Bruna (chegando perto dela, falando baixinho, no canto da boca):
— Não repara nele, não… meu irmão tem esse jeito de psicopata mesmo. Vive com essa cara de poucos amigos.
Viviane (sussurrando de volta, rindo nervosa):
— É ele? O famoso Nando?
Bruna (fazendo sinal de silêncio com o dedo):
— Shhh… só chama de Nando… nada de "famoso", se não ele te encara mais ainda.
As duas riem baixo, cúmplices.
Viviane volta a conversar com o pessoal, mas de vez em quando… o olhar dela e o de Nando se cruzam de novo. Rápido. Intenso. Silencioso.
Enquanto isso, Bruna vai pro canto com o Grego, trocando olhares disfarçados. Vivi repara, mas finge que não viu.
A noite segue, leve, mas com aquela tensão no ar que só quem já viveu sabe explicar.
roupa do Nando
Roupa da Bruna
Roupa da vivi
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Leitora compulsiva
assim que começa, só nos olhares rrsrsrrss
2025-06-26
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