• sıłєηcıσ єм cαяηє ѵıѵα •

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ησcтєη
ησcтєη
Por fora, era sorriso.
ησcтєη
ησcтєη
Discreto. Educado. Quase gentil.
ησcтєη
ησcтєη
Andava ereto, falava calmo, cumpria tudo o que esperavam dele.
ησcтєη
ησcтєη
Aos olhos do mundo, estava bem.
ησcтєη
ησcтєη
Mas era tudo fachada.
ησcтєη
ησcтєη
Mentira.
ησcтєη
ησcтєη
Farsa.
ηυяα
ηυяα
Não o culpo...
ηυяα
ηυяα
Ele tinha aprendido a sobreviver assim.
ηυяα
ηυяα
A dor precisava ser escondida.
ηυяα
ηυяα
Desde cedo, ensinaram que fraqueza não era permitida.
ηυяα
ηυяα
Então ele se calou.
ηυяα
ηυяα
E por décadas, morou em silêncio.
ησcтєη
ησcтєη
A que custo?
ησcтєη
ησcтєη
Já que por dentro…
ησcтєη
ησcтєη
Era um cárcere.
ησcтєη
ησcтєη
Gritava todos os dias. Mas os gritos eram mudos, envoltos em risadas automáticas e respostas ensaiadas.
ησcтєη
ησcтєη
Ninguém via.
ησcтєη
ησcтєη
Ninguém queria ver.
ηυяα
ηυяα
Ele pedia socorro…
ηυяα
ηυяα
Mas não com palavras.
ηυяα
ηυяα
Era no olhar vago no meio de uma conversa.
ηυяα
ηυяα
Na respiração que acelerava à noite, sozinho no quarto.
ηυяα
ηυяα
Nos pensamentos que vinham como ondas, afogando-o sem água.
ησcтєη
ησcтєη
Já fazia tempo demais.
ησcтєη
ησcтєη
Décadas de dor comprimida dentro do peito.
ησcтєη
ησcтєη
Acumulada em cada célula, até o corpo doer mesmo sem ferida.
ησcтєη
ησcтєη
Até ele se esquecer de como era viver sem dor.
ηυяα
ηυяα
Ele ainda tentava.
ηυяα
ηυяα
Se vestia bem. Ajudava os outros.
ηυяα
ηυяα
Fazia piadas.
ηυяα
ηυяα
Mas tudo era sobre sobrevivência.
ηυяα
ηυяα
Era o teatro necessário pra continuar.
ησcтєη
ησcтєη
Mas a alma…
ησcтєη
ησcтєη
A alma já não suportava mais.
ησcтєη
ησcтєη
Era como uma ave presa por correntes invisíveis, batendo asas dentro da própria mente.
ησcтєη
ησcтєη
Cada batida, um pedido mudo:
ησcтєη
ησcтєη
“me vejam… por favor, alguém me veja.”
ηυяα
ηυяα
E mesmo assim…
ηυяα
ηυяα
Ninguém ouvia.
ησcтєη
ησcтєη
Porque as dores que não sangram são as mais fáceis de ignorar.
ησcтєη
ησcтєη
E ele era um especialista em esconder-se por trás do "tá tudo bem".
ησcтєη
ησcтєη
Mas não estava.
ησcтєη
ησcтєη
Nunca esteve.
ηυяα
ηυяα
Ele só queria respirar.
ηυяα
ηυяα
Um único instante de paz.
ηυяα
ηυяα
De ser olhado com verdade, sem precisar explicar.
ηυяα
ηυяα
De existir sem se engasgar em si mesmo.
ησcтєη
ησcтєη
Mas o tempo passava…
ησcтєη
ησcтєη
E ele se partia em pedaços invisíveis.
ησcтєη
ησcтєη
Já não sabia onde terminava o fingimento e começava o que restava dele.
• ηυяα & ησcтєη • A alma gritava.
Mas o mundo só via sorrisos.
E é assim que se morre vivo.
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