#4 Eu fui agredida mas eu sou mais forte internamente

Eloá caminhava pelas ruas da cidade, procurando um lugar para se abrigar da noite fria. Os suas botas sujas batiam no chão e os seus cabelos emaranhados voavam ao vento gelado.

Ela pensava em como conseguir algo para comer, já que havia passado o dia inteiro sem provar uma única migalha de comida.

Avistou ao longe uma pizzaria, e sentiu seu estômago revirar de fome. Decidiu então se arriscar e entrar no estabelecimento, na esperança de que alguém ali pudesse lhe dar algo para comer. Entrou devagar, sentindo os olhares de reprovação dos outros clientes que estavam no local. Eloá ignorou os olhares e se aproximou do balcão, onde um segurança corpulento a encarava com desdém.

O que uma moradora de rua como você está fazendo aqui? disse o segurança com desprezo na voz.

Eloá engoliu em seco, mas não se deixou intimidar. Ela olhou nos olhos do homem e disse com firmeza: Estou com fome. Por favor, me dê algo para comer.

O segurança riu debochadamente e empurrou Eloá, fazendo-a cair de joelhos no chão. Os clientes que estavam no local se entreolharam, sem saber o que fazer. Eloá se levantou com dificuldade e encarou o segurança, com lágrimas nos olhos.

Por favor, eu só quero um pedaço de pizza. Não quero incomodar ninguém, disse Eloá, com a voz vacilante.

O segurança revirou os olhos e antes que pudesse dizer mais algo, ele desferiu um soco no rosto de Eloá, fazendo-a cair desmaiada no chão. Os clientes, chocados com a brutalidade do homem, começaram a murmurar entre si, sem saber o que fazer. Mas ninguém ajudou a moça.

Desamparada e mais faminta do que nunca, Eloá sentou-se no chão gelado da calçada, as lágrimas escorrendo por seu rosto sujo. Ela se sentia desolada e humilhada, rejeitada pela sociedade que um dia a acolhera. Mas havia uma chama de determinação nos seus olhos, uma vontade de lutar contra a injustiça que a cercava. ela sentiu um forte aperto no peito e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto.

Ela se levantou e sentou em um banco da praça, tentando controlar o choro, mas era impossível. A dor em sua alma era tão intensa que parecia que seu coração estava sendo dilacerado em pedaços.

Nesse momento, o CEO Arrogante passou pela praça, acompanhado de seus seguranças. Ao ver Eloá chorando, ele soltou uma gargalhada debochada e se aproximou dela, com um sorriso sarcástico no rosto.

O que é isso, menina? Por acaso perdeu seu cachorrinho de estimação? ele disse, rindo alto.

Eloá olhou para ele com os olhos marejados e sussurrou: Minha dor é muito maior do que você pode imaginar, senhor. Por favor, me deixe em paz.

Mas o CEO Arrogante não se deu por satisfeito e continuou provocando-a. Ah, pobrezinha... Deve estar chorando por um amor perdido, não é mesmo? Bem feito para você, os moradores de rua merecem sofrer mesmo.

Eloá sentiu um ardor no peito e uma raiva queimando dentro de si. Ela se levantou do banco, encarando o CEO Arrogante com determinação.

Você não tem ideia do que estou passando, sua arrogância não te permite enxergar a dor dos outros. Você acha que o sofrimento dos moradores de rua é algo que deve ser banalizado? Pois saiba que cada lágrima que eu choro representa uma batalha que travo todos os dias para sobreviver.

O CEO Arrogante arqueou as sobrancelhas, surpreso com a reação de Eloá. Ele nunca havia sido confrontado daquela maneira antes.

Você... Você está me desafiando, menina? Você não tem ideia de quem eu sou, não sabe com quem está lidando.

Eloá levantou a cabeça, erguendo o queixo com orgulho. Eu sei muito bem com quem estou a lidar. O senhor é apenas um homem rico e arrogante, que se diverte à custa da dor dos outros. Mas saiba que a minha coragem é maior que qualquer fortuna que o senhor possa ter.

Eloá sentia-se sozinha e deslocada entre tantas pessoas apressadas e indiferentes. Ela era uma jovem bonita, mas que vivia nas ruas, lutando para sobreviver da melhor forma que conseguia. A vida não tinha sido fácil com ela, mas ela tinha esperança de que um dia as coisas mudariam.

Enquanto discutia com o Diretor executivo, Eloá viu um carro chique parar em frente a ela. Uma mulher elegante e refinada saiu do carro, a sua presença parecia iluminar o local.

Lídia a namorada do CEO que pensa que é a esposa

Eloá sentiu seu coração acelerar, ela sabia que aquela mulher não era alguém com quem ela teria algo em comum. A mulher olhou para Eloá com desdém e disse em um tom frio:

- O que você está fazendo aqui, mendiga suja? Saia do caminho, você está incomodando.

Eloá ficou sem reação, sem saber o que dizer. Ela não queria problemas, apenas queria passar despercebida. Mas a mulher não estava satisfeita, ela continuou:

- Você não percebe que está se aproximando do meu noivo, Alam, o Diretor executivo da empresa em que trabalho? Ele não merece ser visto ao lado de uma pessoa como você. Afaste-se imediatamente!

Eloá olhou para o homem ao lado da mulher, reconhecendo o rosto de Alam das revistas e notícias de TV. Ele parecia desconfortável com a situação, olhando para Eloá com compaixão nos seus olhos. Mas a mulher não dava trégua, continuava a insultar Eloá e mandá-la embora.

CEO - Alam

Eloá sentiu o peso da humilhação em suas costas, as palavras da mulher ecoavam em sua mente. Ela não queria causar problemas, ela apenas queria existir. Mas naquele momento, sentiu-se invisível, sem valor, um nada perante aquela mulher poderosa e seu noivo influente. Ela deu as costas e começou a se afastar, sentindo as lágrimas escorrerem por seu rosto sujo.

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Atualizado até capítulo 34

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