O Encontro Inesperado

Zoe Martins Vitale é uma jovem de 17 anos dona de uma beleza delicada e cativante. Seus cabelos ruivos alaranjados, como chamas suaves, caem em ondas rebeldes sobre seus ombros, contrastando com sua pele clara, quase translúcida, que quase nunca conheceu o toque do sol intenso. Seus olhos verdes, grandes e expressivos, guardam um misto de sonhos e determinação, refletindo uma alma que já viu muito, apesar da pouca idade.

Com 1,68m de altura, Zoe carrega-se com uma postura elegante, herdada de anos sob os cuidados refinados de sua família. Quase concluindo seus estudos com tutores particulares já que sua educação sempre foi feita entre as paredes seguras de mansões e residências luxuosas, ela está apenas a um ano de terminar o ensino médio, sempre se destacando pelo esforço e dedicação.

Seu maior sonho? Tornar-se enfermeira. Desde criança, nutria uma paixão por cuidar dos outros, talvez inspirada pelas longas viagens que fez ao lado de sua mãe e Maria, enquanto seu pai ficava cuidando dos negócios. Por anos, viveu entre países distantes, sempre em movimento, protegida de um perigo que nunca lhe foi totalmente explicado. Agora, de volta à cidade onde seu pai residia, Zoe se vê diante de um novo desafio para sobreviver em um mundo que não conhece, ao lado de um tio que é praticamente um estranho.

Ela pode até parecer frágil, mas não se engane Zoe não desiste fácil. Zoe tinha apenas quinze anos quando o mundo desabou ao seu redor. Seu pai, Paolo Vitale, morreu num incidente que causou a morte dele deixando ela envolto em perguntas sem respostas.

O céu ainda estava escuro quando Zoe Martins Vitale abriu os olhos, seu coração batendo forte contra o peito. A ansiedade a consumia desde que a tragédia havia atingido sua vida como um furacão, levando consigo o único porto seguro que conhecia: seus pais, dois meses depois perdeu sua mãe , parece que um não suportou a morte do outro e foi atrás, me abandonando neste mundo cruel. Agora, sozinha no mundo, restava apenas uma pequena esperança, um nome que mal conhecia, mas que carregava o mesmo sangue que o seu. Stefan Vitale.

Com um suspiro, ela se levantou da cama, seus pés descalços tocando o chão frio do quarto que já não parecia mais o mesmo. A mansão, outrora cheia de vida, agora ecoava um silêncio sufocante. Zoe vestiu-se rapidamente, escolhendo roupas simples—uma camiseta branca, jeans e um casaco leve—nada que chamasse atenção. Olhou-se no espelho e forçou um sorriso, mas seus olhos verdes ainda refletiam a dor que carregava.

"Tudo vai ficar bem," murmurou para si mesma, agarrando-se àquela mentira como um último fio de esperança.

Ao descer as escadas, encontrou Maria, a governanta que a servia desde que era uma criança. A mulher, de cabelos grisalhos e olhos marejados, abraçou-a com força.

Foi nos dias seguintes desde o enterro que Maria, a governanta fiel e única figura materna que restou, colocou uma pasta sobre a mesa de carvalho da sala e, com a voz embargada, disse:

— Encontrei isso no escritório do seu pai. É um documento. E… há algo que precisa saber.

Zoe abriu os documentos com mãos trêmulas. As folhas, carimbadas e formais, não diziam muito até que um nome capturou sua atenção. Um nome que nunca ouvira antes.

— Stefan? — ela murmurou, franzindo o cenho. — Quem é Stefan?

Maria respirou fundo, sentando-se ao lado dela, como quem carrega um segredo há tempo demais.

— Ele é seu tio. Irmão mais novo de seu pai. Os dois eram bem próximos. Depois… depois que Paolo faleceu Stefan seguiu seu caminho.

— Por quê?

— Porque Stefan escolheu um caminho... diferente.

Uma lágrima escapou, escorrendo pela pele imaculada de Zoe, que rapidamente a enxugou. Com um último aceno, ela entrou no carro, seu coração acelerado enquanto o motorista seguia em direção ao endereço que ela havia tirado no celular: Vitale Diamantes.

Duas horas depois, o carro parou em frente a um imponente prédio de vidro e aço, que refletia o sol como se fosse feito de diamantes—algo que, Zoe supôs, não era mera coincidência. Respirou fundo, sentindo o peso da decisão.

 Pensamento 💭

Durante o trajeto, o coração martelava no peito. "E se ele não me aceitar? E se disser que sou uma impostora?

Determinada, ela entrou no saguão, seus passos hesitantes ecoando no mármore polido. A recepção era luxuosa, com funcionários bem-vestidos e um ar de sofisticação que a fez sentir-se deslocada. Aproximou-se da recepcionista, uma mulher de expressão afiada e olhar desconfiado.

— Bom dia. Eu gostaria de falar com o Sr. Stefan Vitale, por favor.

A mulher ergueu uma sobrancelha, examinando Zoe de cima a baixo.

— O senhor Vitale não recebe visitas sem agendamento. Qual é o seu nome?

— Zoe. Zoe Vitale. Sou… sua sobrinha.

Um silêncio pesado pairou no ar antes que a recepcionista soltasse uma risadinha seca, trocando olhares com um segurança próximo.

— A sobrinha do Sr. Vitale? — ela disse, com um tom de deboche. — Ele não tem parentes.

Zoe sentiu o rosto queimar de indignação.

— Eu não estou mentindo! Meu pai era irmão dele!

— Olha, menina, se você quer uma esmola, pode tentar em outro lugar. O Sr. Vitale não tem tempo para esse tipo de coisa.

Zoe cerrou os punhos, seus dedos tremendo de raiva. Antes que pudesse responder, o segurança se aproximou, bloqueando seu caminho.

— Melhor você ir embora.

Com o coração batendo forte, Zoe recuou, mas não sem antes lançar um olhar furioso para a recepcionista.

— Vocês vão se arrepender de me subestimar.

E, com isso, ela saiu, pisando forte no chão, sua determinação agora mais forte do que nunca.

Algumas horas depois…

Zoe não desistiria tão fácil. Se não pudesse entrar pela porta da frente, encontraria outra maneira. Esperou do lado de fora, observando os funcionários entrarem e saírem, até que avistou uma entrada de serviço. Com um sorriso malicioso, esgueirou-se para dentro, seu coração acelerado enquanto percorria corredores vazios e escadas de emergência.

Finalmente, após subir vários andares, ela encontrou uma porta com uma placa discreta: *S. Vitale – Presidente*.

Sem hesitar, Zoe bateu.

Nenhuma resposta.

Ela bateu novamente, mais forte desta vez.

— Entre.

A voz era grave, firme, e fez Zoe estremecer. Ela abriu a porta lentamente, entrando em um escritório amplo, decorado com móveis minimalistas e uma vista deslumbrante da cidade. E então, ela o viu.

Sentado atrás de uma mesa imponente, Stefan Vitale era tudo, menos o velho chato que ela imaginava. Alto, com traços afiados, cabelos loiros perfeitamente alinhados e olhos tão frios que pareciam capazes de congelar o ar ao seu redor. Ele vestia um terno impecável, suas mãos entrelaçadas sobre a mesa enquanto a observava com uma expressão inescrutável.

— Quem é você? — perguntou ele, sua voz como uma lâmina.

Zoe engoliu seco, mas ergueu o queixo, enfrentando seu olhar.

— Meu nome é Zoe Vitale. Sou sua sobrinha.

Um silêncio mortal preencheu o ambiente. Stefan não piscou, não moveu um músculo. Por um momento, Zoe achou que ele a mandaria embora.

Até que, finalmente, ele falou:

— Prove.

Ela puxou uma foto do bolso—uma imagem desbotada de seu pai e um homem mais jovem, com traços semelhantes aos de Stefan.

— Meu pai era seu irmão. E agora… eu não tenho mais ninguém.

Stefan examinou a foto, seu rosto ainda impassível. Depois de um longo momento, ele ergueu os olhos para ela.

— Você tem a mesma língua afiada dele, não é?

Zoe não esperava por aquilo. Um sorriso quase imperceptível tocou seus lábios.

— Dizem que sim.

Stefan inclinou-se para trás em sua cadeira, estudando-a como se fosse um quebra-cabeça a ser resolvido.

— Então, Zoe Vitale… o que exatamente você espera de mim?

Ela respirou fundo.

— Um lugar para ficar. Pelo menos até eu descobrir o que fazer da minha vida.

Ele ficou em silêncio por um momento antes de responder.

— Você não sabe no que está se metendo. Minha casa não é um lugar para garotinhas mimadas.

— Eu não sou mimada! — ela retrucou, seus olhos faiscando.

Stefan observou-a por um instante antes de soltar um suspiro quase imperceptível.

— Muito bem. Você terá sua chance. Mas não espere que eu seja gentil.

Zoe sorriu, sentindo uma estranha mistura de alívio e apreensão.

— Eu não preciso de gentileza. Só preciso de um responsável.

Stefan inclinou a cabeça, um brilho calculista em seus olhos.

— Então, bem-vinda ao inferno, Zoe.

— Querido titio, fogo não queima no inferno. É apenas mais combustível para queimar.

Stefan já sentia a sua cara esquentar e toma uma atitude Inesperada.

— Saia da minha sala agora. Ele falou cerrando os dentes.

Continua....

Mais populares

Comments

Maria Aparecida

Maria Aparecida

Zoe tem resposta na ponta da língua

2025-05-22

2

Carla Santos

Carla Santos

Isso zoe não leve desaforo de ninguém toma lá da car vc está certa não abaixe sua cabeça pra ninguém cara de anja atitude de diaba vc está no caminho certo nunca desista

2025-06-01

0

Maria Aparecida

Maria Aparecida

segundo capítulo top, muito boa Zoe conhecendo o tio

2025-05-22

2

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!