...“Entre o desejo e o perigo, elas aprendem que o amor não tem manual.”...
Marília e Tâmara me apresentam aos amigos delas — um grupo animado demais pro meu humor da noite. Sorrio por educação, mas me sinto deslocada, como se tivesse entrado em uma festa no meio do final. Logo, elas somem no meio da multidão, rindo, se misturando nas luzes e na música. Fico ali, entre desconhecidos barulhentos, me sentindo sozinha. É estranho como a solidão grita mesmo em um lugar lotado.
Me viro, quase sem pensar, e meus olhos a encontram: Vivian. A bartender. Sexy, misteriosa, com aquele jeito de quem sabe demais e fala de menos. Está atrás do balcão, concentrada em servir os drinks, mas quando nossos olhares se cruzam, ela sorri — um sorriso torto, provocante, como quem me convida para um jogo que eu não sei as regras.
Me aproximo, sento no banco alto e apoio os braços no balcão.
— Que bebida você me indica? — pergunto, tentando soar casual, mas minha voz escapa mais carregada de desejo do que eu imaginava.
Ela me encara com aqueles olhos escuros, profundos, e responde com um sorriso de canto de boca.
— Mojito. Confia em mim.
Assinto e observo cada movimento seu. Ela prepara o drink com calma, quase sensualidade. Quando me entrega o copo, nossos dedos se tocam. É leve, mas elétrico. Um choque quente percorre meu braço. Ela volta a atender outros clientes, mas joga a pergunta no ar:
— Tá solteira?
Dou um sorriso enviesado.
— Sim. À procura de diversão.
Ela ri com um aceno breve, como quem entende exatamente o que eu quero dizer. O álcool começa a circular com mais liberdade no meu corpo. Relaxo, me solto. As horas passam e continuo ali, encostada no balcão, trocando olhares e frases com ela. A paquera cresce, densa, como o som que preenche o bar.
Até que nem percebo mais o tempo — só os lábios dela nos meus, já nos fundos do bar, onde a escuridão nos protege. Ela me beija como quem tem fome e me toca como se já soubesse exatamente onde e como. Suas mãos deslizam por dentro da minha calcinha e eu não consigo conter os gemidos que escapam entre um beijo e outro.
Estamos numa rua deserta, encostadas numa parede qualquer, e tudo parece fora do controle — meu corpo, meus pensamentos, meu pudor. Ela me olha quando meu orgasmo explode em silêncio, os olhos fixos nos meus, dominando tudo em mim.
— Na minha casa é melhor — ela sussurra, e sorri.
Eu não respondo. Apenas sigo. O álcool? Talvez. Mas acho que é a vontade de viver — ou de me perder — que me arrasta pela mão naquela madrugada.
Ao entrar no loft da Vivian, meus olhos passeiam pelo espaço amplo, de estética crua e charmosa. É um ambiente que reflete bem ela — despojado, com uma bagunça organizada, cheio de detalhes que revelam uma vida vivida entre noites longas e pouca rotina. A luz baixa, âmbar, espalha sombras sensuais pelos móveis. Tem cheiro de álcool, perfume amadeirado e algo que é só dela.
Ela se aproxima por trás, seus lábios roçando meu pescoço exposto. Fecho os olhos, arrepio, mas sussurro:
— Vamos com calma…
Me viro para encará-la. Vivian sorri como quem está se divertindo com a minha tentativa de manter controle.
Sem dizer mais nada, ela caminha até o pequeno bar no canto do loft, pega dois copos, serve um líquido âmbar e diz:
— Está servida?
— Sim… — pego o copo. Dou um gole e sorrio com malícia. — Realmente, você tinha razão. Nesse loft a gente não teria nenhuma privacidade. Deve trazer suas "clientes" aqui com frequência.
Ela sorri largamente, sem se ofender.
— Você adivinhou. Mas nenhuma delas sentou no meu bar pra falar da vida como você.
Se joga no sofá, espaçosa, e me convida com os olhos:
— Vem. Senta aqui comigo.
Obedeço. Me sento ao lado dela, o espaço entre nós é mínimo. Ela me olha com aquele olhar escuro, quente, que me faz esquecer por um segundo onde estou.
— Seu nome… Sabrina, né?
— Sim, Vivian. Já te falei quase minha vida toda. Você mal fala, só escuta. Por quê?
Ela dá um gole na bebida, se aproxima e murmura:
— Minha vida não tem muita novidade… Mas posso te mostrar umas coisas que talvez interessem mais que palavras.
E então ela me beija.
Dessa vez não recuo.
Seus lábios tomam os meus com força, fome. O beijo é profundo, molhado, cheio de promessa e urgência. Suas mãos deslizam pela minha cintura e puxam minha blusa devagar, sem pressa, revelando minha pele centímetro por centímetro. Meus seios ficam à mostra e seus dedos os tocam como se os estudassem. Quando sua boca desce e envolve um deles, solto um gemido baixo, arfado, rendida.
Ela me deita no sofá, seus joelhos entre os meus. Minhas pernas se abrem sem resistência. Seu corpo sobre o meu é quente, pesado e certo. Ela desce os beijos pelo meu ventre enquanto suas mãos já exploram o que tem entre minhas coxas.
— Você está molhada — ela sussurra, satisfeita.
— Culpa sua — respondo, ofegante, já perdendo qualquer traço de racionalidade.
Ela me vira, me posiciona como quer. O sofá vira cenário do nosso descontrole. Língua, dedos, gemidos abafados. Gozo com a testa encostada na almofada, os olhos fechados e a sensação de que meu corpo não é mais meu.
Depois, ela me abraça por trás, sem dizer nada. Só respiramos. Em silêncio, nuas, bêbadas e entregues.
Naquele momento, não importa quem ela foi ou quem eu sou.
Só importa o agora.
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Atualizado até capítulo 34
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