Capítulo 3

POV: Maya.

Continuo sem reagir, depois de ver o Miguel passar mal na minha frente.

O Mat chamou a ambulância, eles chegaram, fizeram os primeiros socorros, e nada dele acordar.

Ele foi levado para o hospital, a mamãe o acompanhou na ambulância.

Eu e Maitê viemos no carro com o Mat.

Chegando ao hospital, ele foi levado, e até agora não tivemos notícias nenhuma.

Eu continuo sem reagir, escorada na parede, sentindo o meu coração sangra de medo de não ver mais ele.

Meus avós já chegaram estão abraçados, a vó Helena chora muito.

Minha mãe abraça os meus irmãos.

Mas eu não consigo me aproximar, por culpa, e medo.

Culpa por ter feito ele passar mal.

E Medo de perde-lo.

Fecho os meus olhos, lembro dos momentos que passamos juntos, como ele sempre foi muito amoroso, e carinhoso comigo, me tratava como a sua pequena princesa.

Ele sempre me apoiou, cuidou, me amou, foi o melhor pai que eu poderia ter o melhor do mundo.

Eramos melhores amigos, e confidentes, ele foi o primeiro a saber sobre eu está apaixonada pelo o Cris, mesmo com ciúmes, ele me aconselhou, e me apoiou.

a culpa vem com tudo, como dizer tantas coisas horríveis, e trato tão mal, a alguém que só me deu amor.

Me sento no chão, começo a chorar muito, sinto braços me abraçando, sei que é a minha mãe, eu só consigo chorar.

E pedi a Deus para não tira o meu pai de mim.

Logo os meus tios, primos, chegam estão todos preocupados, e arrasados.

A luz está ao meu lado, segurando a minha mão.

Eu não consigo encarar ninguém, por que se ele está aqui é por minha culpa.

- Mas que demora.

Reclamar a vó Helena.

- Calma, querida, logo teremos alguma informação.

Fala o vô Marcos carinhoso para ela, a abraçando.

- É mãe, calma se não a senhora vai passar mal também.

Fala o tio Pedro, segurando a sua mão.

Dá pra ver o quanto ele está preocupado com o irmão.

Estamos na sala de espera, já vai fazer mais de uma hora, ainda nada de alguém dizer alguma coisa.

- Boa noite a todos.

Três médicos entram na sala onde estamos.

O doutor Ramon, pai do Eduardo.

O doutor Paulo Assunção, que foi o meu chefe quando trabalhava aqui.

E o outro é o Cristiano, o amor da minha vida, que sempre me olhava com amor, agora me olha frio.

Eu abaixo a cabeça, fugindo do seu olhar.

- Como está o Miguel?

- Como está o meu filho?

Pergunta a mamãe, e a vó Helena juntas.

- O estado do Miguel é crítico, requer cuidados.

Fala a doutor Ramon.

- Ele sofreu um infarto, por obstrução das artérias do coração, e seu estado requer cuidados, por isso ele está na UTI.

Explica o senhor Paulo, eu consigo ouvir, e chorar.

- Ele vai precisar passar por um procedimento cirúrgico, é simples mas delicado.

Fala o Cristiano, só de ouvir a sua voz meu coração acelerado, eu nunca o esqueci.

- O meu filho corre riscos de morte?

Pergunto o vô Marcos, só de pensar nisso o meu coração gela.

- Não vou negar que sim, mas são remotas, se ele não fizer a cirurgia, e o tratamento correto, pode piorar o seu estado.

Explica o doutor Paulo.

- Mas não vamos pensar nisso, e sim, no seu estado, e na sua cirurgia.

Fala o Cristiano sério, eu o olho ele continua lindo.

- E quando vai acontecer a cirurgia?

Pergunta o tio Pedro.

- Se ele se recuperar bem, em uma semana ou menos dependendo da sua evolução.

Fala o doutor Paulo.

- Podemos vê-lo?

Pergunto a minha mãe.

- Infelizmente não, senhora Natália, ele está na UTI.

Fala carinhoso o Cristiano, para a minha mãe, que concordo, a Maitê a abraça.

- Vocês deveriam irem para casa, descansar, qualquer coisa avisamos vocês.

Aconselha o pai do Edu.

- Obrigado doutores.

Fala o vô Marcos, apertando a mão de cada um.

Depois eles saem.

O Cristiano me olha mais uma vez, e vai embora.

Eu supiro fundo.

- Você está feliz agora, Maya?

A Maitê vem até minha frente, grita com raiva.

- Não é hora para isso, Maitê.

Disse a nossa mãe séria.

- E quando vai ser a hora? quando o papai morrer? por que todos aqui acham a mesma coisa, que eu, só não falam para não te deixar desconfortável, e eles vocês já pensou como eles se sentam? claro que não, você só pensa em se mesmo, você é uma egoísta.

Fala ao prantos, eu só escuto.

- Sabe o quanto o papai sofreu? o quanto ele ficava arrasado quando você o tratava mal? ou quando você o chamava de Miguel? sabe quanto vezes o vi chora? por que você não falava com ele, claro não, por que você só se importa com o seu sofrimento, nem que para isso tenha que matar ele.

- Agora chega, Maitê.

A mamãe fala séria, e alto.

Eu não consigo olhar para ninguém, e nem falar nada.

Então saio de lá correndo.

Ainda escuto eles me chamaram.

Saio sem direção, pelos corredores do hospital.

As palavras da Maitê ecoa na minha cabeça, ela tem razão.

Eu só pensei em mim mesmo.

Fui egoísta.

Tudo é minha culpa.

Chego ao jardim do hospital, me sento em um dos bancos que tem ali, e choro.

Por que é a única coisa que posso fazer.

Se eu pudesse voltar no tempo eu faria as coisas diferentes, mas não posso.

Então peço a Deus que não tire o meu pai de mim, e me dê uma nova chance para eu mudar as coisas, pedi o seu perdão.

Sinto alguém me abraça.

- Não fique assim, May.

Pedi o Mat, me aconchego nos seus braços.

- É tudo culpa minha, eu sou um monstro.

Fala entre os soluços.

- Não, não é, só era alguém ferida que queria fugir da sua dor.

Me diz carinhoso.

- Mas esse fuga, fez muita pessoas sofrerem.

Digo saindo dos seus braços.

- Mas você terá a chance de mostrar o seu arrependimento, a cada um deles.

Me diz positivo.

- Você acha?

- Claro que sim.

- Obrigada Mat, é isso que farei.

Falo decidida.

- É assim que se fala irmã.

Me diz sorrindo, eu abraço novamente, decida a mudar as coisas.

Pedirei perdão a cada um que fiz sofrer, e serei merecedora do perdão deles.

Mas tem duas pessoas, que são as principais.

O meu pai Miguel, que o fiz sofrer tanto, buscarei o seu perdão.

E o Cristiano mas esse seu que nunca vai me perdoa, então terei que viver sem ele para sempre.

Acordo assustada, me sento na cama.

Tive um pesadelo horrível.

Resolvo beber água.

Desço, encontro a mamãe sentada na sala olha pra o nada, com um olhar perdido.

- Oi, mamãe, tudo bem?

Pergunto sentando ao seu lado, e segurando as suas mãos.

Ela me olha, vejo que ela está chorando, isso parte o meu coração.

- Não, não estou nada bem, May, só vou ficar bem quando o seu pai tiver aqui comigo novamente, é a primeira vez que dormimos separado em anos.

Eu a abraço, ela chorar mais, eu choro junto.

- Me perdoa, mamãe.

Peço chorando.

- Não é para min que você tem que pedi desculpas, May.

Me diz carinhosa.

- Eu sei, e farei isso assim que ele acordar, eu sei que errei, mas só me senti...

Não termino a frase.

- Perdida, e traída.

Ela completa.

- Sim, era como se tudo que eu vivi fosse uma mentira, que vocês nunca tinham me contando por vergonha, por eu não ser filha dele de sangue.

Falo como me senti, é a primeira que falamos sobre isso.

- Não, meu amor, nunca te contamos por que para nós não fazia diferença, e sim, o amor de pai que ele sentia por você.

Fala sincera, me olhando com tanto carinho.

- Ele te amou desde do primeiro momento, eu tive muito medo de me entregar essa relação, por que não era só eu que ia entrar nela, mas sim, nós duas, mas ele nos amamos, e mostrou não só com palavras, mas principalmente com gestos, o quanto nos amava.

Fala, e sorri nostálgico.

- Ele sempre foi tão carinhoso, amoroso, vocês tinham uma conexão, que eu ficava admirando com isso, então o sangue era só um detalhe, mas o amor que ele senti por você, é de um verdadeiro pai.

Me diz, eu me lembro dos momentos que passamos juntos, ele sempre foi um pai tão maravilhoso.

- Sei que erramos em não te contar, mas não queria que você se sentisse diferente dos seus irmãos, ou quando não fizesse parte da família, como aconteceu.

Fala eu só escuto chorando, por que é a verdade.

- Nos respeitamos o seu tempo, mas sofremos muito com a sua ausência, principalmente o seu pai.

Mas uma vez a culpa tomar conta de mim, abaixo a cabeça, ele segura no meu queixo, fazendo eu olhar para ela novamente.

- Não estou falando isso, para que você se sinta mal, mas para que você entenda que apesar de respeito o seu tempo, sentimos sua falta todos os dias, mas tudo, queríamos ter você de volta para nós.

Me diz, eu a abraço chorando.

- Me perdoa, mamãe, prometo nunca mais ficar longe de vocês de novo.

Falo com muita certeza.

- Isso me deixa muito feliz, meu amor.

Me abraça feliz.

- E o papai vai ficar bem logo por que ele é nosso príncipe, é muito forte.

Digo sorrindo, e confiante para ela, sobre a recuperação dele.

- Eu sei que sim, meu amor, ele nunca vai deixar a sua rainha, as princesas, e o seu príncipe sozinhos.

Fala confiante também, me abraçando apertado.

- Se a senhora quiser, posso dormir com a senhora, como fazemos quando era pequena.

Falo sorrindo.

- Vou amar, minha pequena.

Me fala sorrindo, beija o meu rosto com carinho.

- Eu amo você, mamãe.

Falo me aconchegando mais nos seus braços.

- Eu amo muito você, meu amor.

Me diz me apertando mais.

Dormi com ela, que dormiu pouco.

Acordamos, tomamos café só nos duas.

Eles foram visitar o papai no hospital, apesar da mamãe insistir muito, eu não fui, por que não acho merecedora de está com ele, não quando eu fiz tão mal.

- Vou sentir sua falta.

A Luz me abraçando.

- Mas vamos estar sempre juntos, já que resolvi ficar aqui de vez aqui no Brasil.

Falo a abraçando de volta.

- Fiquei muito feliz com isso, May.

Fala dando pulinhos de alegria.

- Eu também estou, Luz.

Falo animada também.

- E o tio mimi vai ficar bem logo, por que ele é meu forte.

Fala sorrindo.

Sei que ela também está muito preocupado com ele, por que os dois são muito apegados, mas está confiante também.

- Eu espero que sim, Luz.

Falo tentando ser positiva.

- Eu vou te levar.

Me fala, eu concordo.

Eu resolvi volta a morar com os meus pais.

- Você pretende voltar a trabalhar no hospital?

Me pergunta enquanto dirigir.

- Sim, vou mandar o meu currículo quando estiver pronto.

Falo, ela concorda.

- Você vai conseguir trabalhar com o Cris?

Me pergunta, depois de um tempo calados.

- Eu não sei Luz, por que quando o vi mesmo com tudo que estava acontecendo, eu só queria correr para os seus braços, mas sei que não mereço, então vai ser difícil trabalhar com ele todos os dias, sem pode estar com ele.

Confesso triste, eu vou mandar currículo para outro hospital, por que não sei se consigo trabalhar com ele.

- Você já pensou em conversar com ele, lhe pedi perdão, e uma nova chance?

Me pergunta.

- Eu fiz a minha escolha Luz, não posso voltar atrás.

Falo triste.

- Você sabe o que eu penso sobre isso, mas vou respeitar a sua escolha.

Me diz carinhosa.

- Eu sei, obrigada, Luz.

Digo sorrindo, pegando a sua mão, e apertando.

- É isso que fazemos quando amamos alguém, estamos sempre ao seu lado.

Me diz carinhosa, eu sorriu, por me sinto da mesma forma.

Primeiro quero resolver essa situação com o meu pai.

Depois vejo essa questão de trabalho.

Mas uma coisa eu tenho certeza, que nunca vou deixar de ama o Cristiano, mas que também não mereço o seu perdão.

Vai ser uma tortura trabalho ao seu lado todo os dias, mas pelo menos eu vou vê-lo.

Mesmo que isso me faça sofrer ainda mais.

Espero que gostem 😊

Comentem, e curtam bastante.

Bjs 😘

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Comments

Anonymous

Anonymous

Senta e conversa com ele por favor autora deixa eles conversar e se acertarem

2025-05-06

2

엘리 케이로스

엘리 케이로스

AMEI O TUDO O QUE A MAITE FALOU PARA ESSA MIMADA, E ESPERO QUE O CRIS DE SESSÃO DE GELO ÁRTICO NELA .

2025-10-28

0

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