Capítulo 04 - Conhecendo a cidade

Alguns Dias Atrás

Dália Devereaux

O futuro que eu planejei com o Frederick para a Violette, foi em vão! Agora ela tem visões através de um espelho? Como não percebi que a minha filha estava enlouquecendo?

Assim que o cocheiro parou a carruagem, saí e entrei no hospício.

Alienista ─ Sra. Devereaux! O que traz a senhora aqui?

Dália ─ Eu preciso que o senhor trate o problema da minha filha. Ela diz que tem visões através de um espelho.

Alienista ─ Está bem, senhora, vou acompanhá-la até o seu palácio.

Quando chegamos lá, nós entramos e eu bati na porta do quarto da Violette, mas ela não respondia.

Dália ─ Violette! Estou entrando!

Ao abri a porta do quarto, ela não estava mais lá e também notei que os seus pertences sumiram.

Dália ─ Senhor, acredito que ela tenha saído.

Alienista ─ Está bem senhora. Quando ela voltar, vá informar-me. Agora tenho que ir, tenho outros problemas para resolver.

Dália ─ Está bem, tenha um bom dia.

Alienista ─ Digo o mesmo para a senhora.

O alienista foi embora, e eu fui falar com o Frederick.

Dália ─ Frederick!

Frederick ─ Estou ocupado, Dália!

Dália ─ Escute-me, é importante!

Frederick ─ Pode falar.

Dália ─ Violette não está aqui!

Frederick ─ Ela só deve ter saído.

Dália ─ Acredito que não! Os pertences dela sumiram. E você teria impedido isso, se não estivesse o tempo todo nessa cadeira!

Frederick ─ E você, onde estava?

Dália ─ Fui chamar um alienista, pois a nossa filha estava a enlouquecer!

Frederick ─ Como assim ela estava a enlouquecer?

Dália ─ Veja só! Você não sabe de nada, porque só fica nessa cadeira!

─ Ela disse que estava tendo visões através de um espelho!

Frederick ─ Isso é loucura!

Dália ─ Por isso chamei o alienista! Agora temos que mandar um procurador de desaparecidos, para encontrá-la!

Frederick ─ Eu vou falar com o procurador, fique aqui no palácio!

Violette Devereaux

Saí da hospedagem e andei um pouco pela cidade. Eu estava me sentindo tão livre! Olhei para as lojas da cidade, enquanto andava e acabei esbarrando em alguém.

Violette ─ Desculpe-me!

Quando eu olhei para a pessoa, pude observar o quão lindo ele era. Ele tinha um olhar sedutor, o cabelo preto, era alto e muito atraente. Ele estava bem-vestido, então, com certeza era um nobre.

? ─ A senhorita está bem?

Violette ─ Ah! Sim, eu estou! Desculpe-me por esbarrar no senhor...

? ─ Está tudo bem! Mas tenha cuidado por onde anda. A senhorita pode acabar a criar problemas desse jeito.

Violette ─ Não se preocupe! Eu vou tomar mais cuidado.

O nobre continuou a caminhar para onde pretendia ir. E eu, voltei para a hospedagem.

Peguei joias que valiam muito e fui numa compradora.

Compradora ─ Seja bem-vinda, senhora!

Violette ─ Eu gostaria de vender essas joias.

A compradora olhou bem as joias.

Compradora ─ Essas joias valem muito, senhora!

Violette ─ Quanto exatamente?

Compradora ─ Cada uma delas equivale à 200 mil de coroa norueguesa!

Violette ─ Certo, quero vendê-las!

Compradora ─ Aqui está!

A compradora entregou-me quatro sacos cheios de moedas. Em seguida fui à loja de sapatos; comprei um sapato preto e depois fui à modista.

^^^┃Modista: É como eram chamadas as estilistas.┃^^^

Modista ─ Seja bem-vinda, senhora!

Violette ─ Quero que faça um vestido com tecido de seda, lilás, com decote quadrado, com uma renda branca no decote, com mangas bufantes e de cintura média.

Modista ─ Estará pronto em menos de uma semana!

Violette ─ Está bem, aqui está o dinheiro.

Saí da modista e voltei para a hospedagem. Eu guardei o meu dinheiro e fiquei sentada na beira da cama, pensando no homem que vi mais cedo

Violette ─ (Imagina ele me carregando em seus braços? Seria maravilhoso!)

De repente alguém bate na porta.

Violette ─ Pode entrar!

─ (Caramba, atrapalhou a minha imaginação!)

A porta se abriu e eu vi a camareira.

Camareira ─ O que a senhora gostaria para o jantar?

Violette ─ Bom, eu não sei...

Camareira ─ A senhora gostaria de Farikal?

Violette ─ Farikal?