O Espelho Mágico

O Espelho Mágico

Capítulo 01 - O espelho mágico

O meu nome é Violette, e nasci numa família nobre, chamada Devereaux. Os meus pais decidiram como seria o meu futuro, pois eu não tinha esse direito. Eu tinha que me casar com o príncipe e ter herdeiros. E para isso eu tinha que ser perfeita em tudo para chamar a atenção dele.

Para tentar esquecer esse meu futuro infeliz, eu saí do palácio sem ninguém perceber. Usei um capuz para que não me recochececem, pois, eu não teria um minuto de paz, por conta dos pretendentes.

A minha família possui uma grande riqueza, mas não tão grande quanto a da família real. Meus pais dizem que eu devo me casar com príncipe, pois, ele me dará tudo de bom e do melhor.

Mas não existe amor entre nós dois... O príncipe certamente quer apenas uma mulher que dê a luz ao seu filho, que herdará o trono.

Recuso-me a ter uma vida assim; sem contar que vivemos uma única vez. Eu não quero desperdiçar a minha vida, me casando com alguém que não amo.

Eu não me importo com títulos e nem riqueza, o que importa para mim, é o amor. É algo bastante raro na sociedade, mas não desistirei de encontrar o homem dos meus sonhos.

Tinha muitas vendas pelas ruas, mas uma chamou-me mais atenção. Uma senhora vendia espelhos, escovas de cabelo, acessórios, entre outros. Eu vi um espelho que me agradou e então, comprei.

Eu não podia ficar muito tempo fora, senão iriam perceber a minha ausência. Então fui para casa após comprar o espelho. Fiquei feliz por comprá-lo, e mesmo que eu tenha ficado fora por pouco tempo, senti-me um pouco livre.

Ao chegar em casa fui diretamente para o meu quarto e tirei o capuz que eu usei e guardei. Eu olhei-me no espelho que comprei e tive uma visão do meu futuro.

Eu estava casada e tinha dois filhos com o príncipe. Não nos amavámos e a minha vida ao lado dele era infeliz. Era exatamente o futuro que eu teria se me casasse com ele.

Fiquei assustada com o que acabei de ver, e chamei a minha irmã e contei para ela o que aconteceu.

Elizabeth ─ Irmã, eu acho que você está delirando...

Violette ─ Não, eu não estou! Olhe para o espelho e verá que estou falando a verdade!

A Elizabeth suspirou e em seguida concordou em fazer o que eu disse.

Elizabeth ─ Está bem...

Ela pegou o espelho que estava nas minhas mãos e olhou-se.

Violette ─ E então?

Perguntei, curiosa para saber se ela também teve uma visão do seu futuro, assim como eu.

Elizabeth ─ Não aconteceu nada. Agora busque se tratar, pois você não está nada bem!

Ela saiu do meu quarto logo em seguida.

Violette ─ Por que não funcionou com ela? Que estranho... Será que estou enlouquencendo?

De repente alguém bate na porta do meu quarto.

Violette ─ Pode entrar.

A porta se abre e eu vejo a minha mãe, ela entra no quarto e fecha a porta.

Dália ─ A sua irmã contou-me sobre a sua visão...

Violette ─ Eu já imaginava...

─ (Que idiotice a minha, achar que ela guardaria isso para si...)

Dália ─ Olha, eu acredito que você não está bem. É impossível alguém ter uma visão ao se olhar no espelho.

─ Isso só seria possível se você fosse uma...

Violette ─ Bruxa?

Dália ─ Exatamente... Mas como eu disse antes, você não está bem. Chamarei um alienista para tratar esse problema.

^^^┃Alienista: É como eram chamados os psiquiátricos no século XIX.┃^^^

Eu olhei assustada para ela e estava ficando desesperada.

Violette ─ Não mãe! Isso não é necessário!

Ela olhou-me com as sobrancelhas franzidas.

Dália ─ Como não é necessário? Você claramente não está bem! Agora se me der licença, tenho algo para resolver.

A minha mãe abriu a porta e saiu do meu quarto.

Eu estava com medo do que ia acontecer depois, mas também tinha a esperança de que isso foi feito apenas para me dar medo e ela não faria nada comigo.

Mas eu precisava ter certeza, então olhei-me no espelho e tive outra visão.

O alienista chega com a minha mãe e em seguida ele fala comigo.

Alienista ─ A Sra. Devereaux disse que você tem visões. A senhora precisa vir comigo, para ser tratada.

E então o alienista leva-me para o hospício e me dá comprimidos.

Alienista ─ Esses comprimidos vão fazer a senhora melhorar.

Com o passar do tempo eu comecei a enlouquecer, por conta daqueles compridos que só me fazia piorar e por estar presa há muito tempo naquele lugar.

Todos que estavam lá nunca foram soltos, ficaram lá até o final de suas vidas e esse era o meu futuro, se eu continuasse no palácio.

Depois dessa visão, fiquei horrorizada, e para evitar que isso acontecesse comigo, decidi fugir. Eu coloquei tudo que me pertencia dentro de um baú que ficava no meu quarto.

Depois coloquei o capuz que tinha usado mais cedo e saí do palácio. Vi um cocheiro ao lado da sua carruagem e eu disse para ele me levar até o porto.

O cocheiro subiu na carruagem e começou a dirigi-la. Assim que cheguei, tinha um navio que ia para a Noruega. O cocheiro tirou o baú da carruagem, eu agradeci-o e logo ele foi embora.

O homem responsável pelas bagagens das pessoas que estavam a bordo, pegou o meu baú e colocou no navio, eu o acompanhei.

Demorou dias para chegar na Noruega. Eu não sabia o idioma, mas isso pouca me importava. E para a minha surpresa, as pessoas falavam o mesmo idioma que eu.

Mais populares

Comments

Elis Alves

Elis Alves

Aposto que sua querida irmã assumiu seu lugar e de muito bom grado

2025-07-10

1

Elis Alves

Elis Alves

Começando hj.....

Será que não viu ou o destino que viu foi só inveja?

2025-07-10

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!