O vínculo com Eryon foi o estopim. A presença do terceiro companheiro despertou mais do que poder em Aelyra — trouxe tensão, ciúmes e confronto.
Kael, o Rei Vampiro, sentia a conexão entre eles como lâminas frias cravadas em sua alma imortal. Ele, que sempre controlou suas emoções, agora lutava contra a fúria silenciosa de não ser mais o único a sentir o calor dela.
Mordrath, já ferido por não ter sido o primeiro, agora se via ameaçado em se tornar o menos necessário. O Deus do Submundo não era acostumado a dividir nada. E muito menos alguém como Aelyra.
Eryon, o licantro ancestral, observava tudo em silêncio. Ele não pedia, não exigia. Ele apenas era. E isso, por si só, o tornava perigoso para os outros dois.
O confronto não demorou.
Nas Ruínas da Lua Partida, onde os destinos antigos se entrelaçavam, os três se encontraram — cada um preparado para reivindicar o que acreditava ser seu.
— Vocês falam como se eu fosse um prêmio — disse Aelyra, a aura dela brilhando como fogo lunar. — Mas eu não pertenço a ninguém.
A tensão era palpável, e antes que sangue imortal fosse derramado, ele apareceu.
Riven.
Seu melhor amigo. O único homem que esteve ao lado dela desde a juventude, muito antes das profecias. Um mago errante, sarcástico, de coração leve e alma profunda. Ele não fazia parte do destino. Não havia marca, nem ligação espiritual com Aelyra.
Mas havia amor. Silencioso. Leal. Forte.
— Vocês têm magia, vínculos, profecias — disse Riven, aproximando-se, os olhos fixos nos dela. — Eu só tenho isso. Meu coração. E ele sempre foi teu, mesmo que você nunca tenha percebido.
Aelyra congelou.
Kael rangeu os dentes.
Mordrath fechou os punhos.
Eryon... sorriu. Como se soubesse que aquilo era inevitável.
— Não quero lutar por você — continuou Riven, a voz firme. — Só quero que saiba... se você me escolher, não será por destino. Será por vontade.
Aelyra olhou para os quatro homens diante de si. Um a alma antiga que lhe ensinou poder. Outro, o deus que a guardou em silêncio. O terceiro, o selvagem que revelava sua essência mais pura. E, enfim, aquele que o coração dela escolheu por si só, sem mágica, sem profecia.
Naquele instante, ela entendeu: não era sobre escolher apenas um. Era sobre entender quem ela queria ser ao lado de cada um deles... e o que estava disposta a carregar.
Porque quando uma loba é feita de deusa e sangue, coração e fúria... não existe um só caminho.
Existem quatro.
E ela caminharia por todos. À sua maneira.
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Atualizado até capítulo 71
Comments
Libny Aylin Rodríguez
Preciso saciar minha curiosidade, a autora me ajuda?🤓
2025-04-15
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