Depois do encontro com Mikhail, SN voltou ao hotel com o coração acelerado. A revelação sobre o diamante ainda ecoava em sua mente como um trovão. Ela sabia que o tempo estava contra ela — agora que todos sabiam de sua existência, não podia mais se esconder.
Ela entrou no quarto, trancou a porta e tirou o pingente do pescoço. Deitou na cama, olhando pra ele como se fosse a chave de tudo… porque era.
— “A guerra começou de novo,” — sussurrou para si mesma. — “Mas dessa vez… eu vou lutar.”
Enquanto isso…
Na mansão Kim – Seul
O clima era de pura tensão. Um silêncio pesado pairava sobre a sala de reuniões, onde os sete irmãos estavam reunidos. Todos haviam recebido a ligação do detetive, confirmando que SN estava viva. E agora… era hora de agir.
Jeon Jung-kook (Jungkook) levantou da cadeira com um olhar firme. Seus punhos cerrados mostravam que ele não ia esperar ninguém.
— “A gente não vai ficar parado. Se ela tá aqui em Seul… então a gente vai achar.”
Namjoon olhou pra ele.
— “Não podemos sair todos juntos. Se espalharmos as equipes, cobrimos mais território.”
Jungkook assentiu com a cabeça.
— “Certo. Eu vou com meus homens pro centro da cidade. Aquela região tem vários hotéis, e ela precisa de um lugar pra se esconder. Se ela estiver tentando manter o anonimato, vai estar lá.”
Jung Ho-seok (J-Hope) se adiantou.
— “Minha equipe vai pro norte de Seul. Aquela área é mais afastada, mas cheia de becos e rotas de fuga. Se ela estiver tentando despistar alguém, pode ter ido pra lá.”
Min Yoon-gi (Suga) digitava sem parar no notebook, puxando imagens de câmeras de segurança e rastreamento por reconhecimento facial.
— “Se ela passou por qualquer estação de metrô ou terminal de ônibus, eu vou saber. Estou cruzando os dados agora. Não deve demorar.”
Kim Seok-jin (Jin) levantou da cadeira, com os olhos fixos na tela grande da sala.
— “Não vamos cometer os mesmos erros do passado. Dessa vez, ela não vai desaparecer.”
Kim Nam-joon (RM) respirou fundo e encarou todos os irmãos.
— “Se ela realmente está viva… então isso muda tudo. Vamos trazê-la de volta. Com segurança. Não importa o que aconteça.”
Kim Tae-hyung (V) e Park Ji-min (Jimin) trocaram olhares silenciosos, mas determinados. Eles não falavam muito, mas o fogo nos olhos deles dizia tudo: estavam prontos pra enfrentar o mundo se fosse pra proteger a irmã.
Jungkook, já vestindo a jaqueta de couro, passou os olhos pela sala mais uma vez.
— “E se alguém ousar encostar nela antes de nós… vai conhecer o verdadeiro inferno.”
Ele saiu, seguido pelos seus homens, indo em direção ao centro de Seul. Cada passo dele ecoava com pressa, raiva e… esperança.
A caçada havia começado.
E SN… era o prêmio mais precioso de todos.
As equipes se espalharam pela cidade como sombras. Os carros cortavam as ruas de Seul em alta velocidade, cada irmão com seu próprio destino, cada um com a mesma missão: encontrar SN.
Park Ji-min (Jimin) estava no banco do passageiro, com os olhos atentos em tudo ao redor. O rádio interno dos carros comunicava movimentações suspeitas, mas ele ainda não tinha nenhuma pista concreta. A cidade era grande demais. Mas algo dentro dele… dizia que estava perto.
Ele olhou para a foto da SN impressa. Pequena, ainda bebê. Ao lado, uma digital recente que o detetive havia restaurado, mostrando como ela poderia estar agora, aos 16 anos.
De repente, o carro deu uma freada leve e Jimin falou rápido:
— “Para aqui.”
O motorista obedeceu. Jimin abriu a porta, saiu e se aproximou de uma rua movimentada a pé, observando cada rosto que passava. Ele segurava a foto em uma das mãos, mostrando discretamente às pessoas.
— “Você viu essa garota?” — perguntava, mantendo o tom calmo.
— “Não, desculpe…”
Ele suspirou, e fez sinal para seus homens continuarem com o carro, usando o dele como disfarce.
Foi então que tudo aconteceu em segundos.
Uma garota saiu correndo de uma cafeteria ali perto, com o capuz abaixado e os olhos marejados — e no exato momento em que Jimin se virou… ela esbarrou com tudo nele.
Os dois caíram no chão. Ela por cima dele.
Jimin piscou, atordoado.
— “A-ah… me desculpa! Eu não vi…” — ele disse, tentando se recompor, todo atrapalhado, enquanto segurava os ombros dela pra ajudá-la a se levantar.
Ela levantou a cabeça.
E por um instante, o tempo parou.
Os olhos dela… eram familiares demais.
A boca, o jeito de se levantar, até a expressão assustada.
Era igual à foto. Era ela.
Jimin engoliu seco, e gaguejou:
— “E-eu… você… você parece com…”
Ele levou a mão até o fone de ouvido e apertou o botão.
— “Hyung… eu acho que encontrei ela.”
Do outro lado, a voz de Namjoon veio rápida:
— “Tem certeza?”
Jimin não respondeu. Apenas seguiu a garota com o olhar.
Ela se afastou rápido, ajeitando o capuz, visivelmente nervosa. Ele não quis assustá-la — manteve distância, apenas seguindo-a discretamente. Ela entrou num hotel de luxo no fim da rua.
Jimin, ainda sem acreditar, sussurrou no fone:
— “Ela tá aqui. Hotel Hanseong, entrada leste. Eu vi os olhos dela. É a SN, hyung… eu tenho certeza.”
No outro lado da cidade, os irmãos já estavam em movimento.
A guerra estava recomeçando.
Mas antes da batalha… viria o reencontro.
A noite caía sobre Seul, e o hotel Hanseong brilhava entre os prédios como uma joia de luxo no meio da selva de concreto. Os irmãos chegaram separados, mas em sincronia perfeita — como se fossem peças de um tabuleiro de guerra que se movem com o mesmo objetivo: encontrar SN.
Kim Nam-joon (RM) foi o primeiro a chegar, usando terno escuro, disfarçado de empresário. Ele entrou pela recepção com um olhar frio, direto, e apenas disse:
— “Reservaram um quarto pra mim. Nome: Kim.”
Enquanto o atendente checava, Jin e Yoongi apareceram pelos fundos, se misturando aos hóspedes. Hoseok entrou pela porta lateral com dois dos seus homens. Tae, Jimin e Jungkook estavam do lado de fora, prontos pra entrar quando o sinal fosse dado.
No fone, a voz de Jimin soava tensa:
— “Ela tá no andar 16, quarto 1603. Acabei de confirmar com a recepção, dizendo que era parente dela. Usaram o sobrenome russo dela, mas eu reconheci.”
Namjoon assentiu, subindo pelo elevador com Jin e Yoongi.
No quarto 1603…
SN estava deitada na cama, olhando pro teto. A conversa com o homem que a criou ainda martelava em sua cabeça. O pingente com o diamante repousava em seu peito, e os olhos estavam vermelhos de tanto chorar.
Ela se sentia estranha. Como se algo estivesse prestes a acontecer. Como se o mundo estivesse prendendo a respiração.
Até que… toc toc toc — uma batida leve na porta.
SN se levantou, desconfiada.
— “Quem é?”
Silêncio.
Ela caminhou até a porta, devagar, com o coração batendo mais rápido. Pegou uma faca escondida na bolsa, por precaução.
— toc toc — mais duas batidas. Firmes. Lentas.
SN girou a tranca, respirou fundo e abriu.
Foi como se o tempo parasse.
Na frente dela… Kim Nam-joon. Os olhos arregalados. O rosto sério. O corpo imóvel.
Atrás dele… Kim Seok-jin. Min Yoon-gi. Jung Ho-seok. Park Ji-min. Kim Tae-hyung. Jeon Jung-kook.
Todos ali.
Sete irmãos.
O mundo parou de girar.
SN não conseguiu respirar. Ela recuou um passo, em choque.
Jungkook foi o primeiro a se mexer. Os olhos já estavam cheios de lágrimas. Ele avançou, sem pensar, ignorando qualquer plano.
— “SN… é você mesmo? Eu achei… eu jurei que…”
Ele caiu de joelhos.
— “Porra, a gente procurou tanto você…”
Jimin estava com os olhos marejados, olhando como se estivesse diante de um fantasma.
Yoongi limpou discretamente o canto dos olhos.
Tae sorriu pela primeira vez em anos.
Hoseok deixou escapar um soluço.
Jin estava em silêncio, mas as lágrimas caíam.
Namjoon, com a voz rouca, disse:
— “Bem-vinda de volta, nossa irmã.”
SN tremia. Ela olhou cada um deles, como se não acreditasse no que via. A dor, o abandono, a saudade… tudo explodiu ao mesmo tempo.
E então, ela correu.
Direto pros braços deles.
Chorando. Gritando. Como uma criança que finalmente voltou pra casa.
A família estava reunida.
Mas a guerra… estava só começando.
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Atualizado até capítulo 32
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