Capítulo 3 – Fogo no Sangue
Os dias seguintes à morte de Dogrado foram um turbilhão.
Ricco estava vivo, mas ferido. A notícia da execução de Dogrado correu pelos becos digitais do submundo como fogo em papel seco. Hackers, traficantes, criminosos de toda espécie começaram a cochichar o nome Cibernética com respeito... e medo.
Mas a calmaria era ilusória. Drakovic, o russo que Dogrado me prometera, estava em silêncio. E esse silêncio era mais ameaçador do que qualquer ataque.
Enquanto Enzo se preparava para o pior, eu era treinada pessoalmente por Valentim em táticas de infiltração, disfarce e interrogatório. Meu corpo estava mudando. Meus reflexos, minha postura, minha mente.
Mas nada era mais explosivo do que o que crescia entre mim e Léo.
A gente tentava fingir que era só sexo. Que era só fogo. Mas cada vez que ele me tocava, eu sentia o mundo girar.
E naquela noite, o mundo ia incendiar.
Léo me esperava no quarto dele. Eu sabia disso. Eu sentia isso.
Tinha passado o dia em combate simulado, coberta de suor, com a adrenalina pulsando. Tomei um banho frio, mas nem a água gelada conseguiu apagar o calor que queimava sob minha pele.
Eu o queria.
Mas dessa vez... não queria do jeito delicado da nossa primeira vez.
Queria tudo. Queria que ele me quebrasse. Queria ouvir meu nome sair da boca dele como um grito.
E queria me entregar sem pudor.
Bati na porta. Ele abriu com o olhar sombrio e excitado ao mesmo tempo.
— Sabia que viria — disse, rouco.
— E você está pronto pra aguentar o que eu vou te dar?
Ele me puxou com força, prensando meu corpo contra o dele.
— Hoje você não vai mandar em nada, princesa. Hoje você é minha.
Ele me jogou na cama como se eu fosse dele há anos. Me despiu com raiva, mas com precisão. Beijou meus seios com a boca quente, sugando, mordendo levemente. Meu corpo arqueou sob o dele, querendo mais.
— Você me provoca todos os dias com essa boca... — ele rosnou. — Hoje eu vou te mostrar o que acontece com mulheres que mexem com mafiosos.
— Então me pune — provoquei, com a voz embriagada de tesão.
Os olhos dele escureceram.
Ele puxou uma fita de cetim da gaveta e amarrou meus pulsos acima da cabeça, prendendo-os à cabeceira da cama.
Meu coração disparou.
— Confia em mim?
— Sempre.
Ele tirou a camisa, revelando os músculos tensos, a tatuagem que cobria o peito esquerdo com um símbolo da família Ventura. Léo era feito de guerra. Mas ali, naquele quarto, ele era feito pra mim.
Desceu os lábios pela minha barriga até encontrar minha intimidade já encharcada. Passou a língua lenta e cruel, brincando com meu clitóris até eu perder o controle e gemer alto.
— Isso — ele sussurrou. — Grita meu nome. Quero o ar inteiro ouvindo que você é só minha.
Me chupou com tanta precisão, com tanta fome, que meu corpo começou a tremer. O prazer subia em ondas desesperadas. Eu implorava por mais, e ele me dava. Lentamente, com língua, com dedo, com respiração pesada entre minhas pernas.
Quando meu primeiro orgasmo explodiu, ele me soltou só o suficiente pra me virar de bruços.
— Agora eu vou te foder de verdade, Cibernética.
A voz dele era puro comando.
Ele me penetrou de uma vez, fundo, grosso, quente. Um gemido escapou da minha garganta — rouco, rasgado. Ele me segurava pela cintura com força, entrando e saindo com ritmo selvagem. As estocadas eram fortes, precisas, cada uma fazendo meu corpo tremer.
Eu me sentia possuída.
Cada vez que ele batia fundo, minha pele ardia de prazer. Minhas unhas arranhavam o lençol. E ele não parava. Dizia meu nome como uma maldição:
— Ana... porra... você é feita pra isso...
Me puxou pelos cabelos, fazendo minha cabeça tombar pra trás. Mordiscou meu pescoço, enquanto acelerava ainda mais os movimentos.
— Você gosta assim, né? Braba lá fora... submissa só pra mim.
— Só pra você — gemi, ofegante. — Só seu.
Ele me virou de novo, subiu sobre mim, os corpos colados. Olhos nos olhos.
— Me olha quando gozar. Quero ver você explodindo por mim.
Eu gozei. Forte. Tremendo inteira. Gritei o nome dele como se fosse minha única verdade.
E ele veio logo depois, enterrado em mim, rosnando meu nome como se fosse uma promessa de guerra e amor.
Ficamos ali, suados, ofegantes, em silêncio.
Léo me puxou pra cima dele e me cobriu com o lençol.
— Se você morrer, eu mato todo mundo — ele disse, sério.
— Eu não vou morrer. Eu sou a porra da Cibernética.
Ele riu, e me beijou na testa.
Mas antes que adormecêssemos, o celular vibrou.
Léo olhou. Franziu a testa. E me passou o aparelho.
Na tela, um vídeo anônimo.
Cliquei.
Era uma gravação. De dentro de um laboratório desconhecido.
Aparecia um homem de costas, com luvas cirúrgicas. E uma voz com sotaque russo:
— “Vocês mataram Dogrado. Mas não mataram o projeto. Cibernética... você não é única. É só a primeira. E a próxima... já está quase pronta.”
O vídeo cortou.
Ficamos em silêncio.
Léo me olhou.
— O que isso quer dizer?
Eu engoli em seco.
— Quer dizer... que Drakovic tem algo muito maior em mente.
Algo... que nem eu consigo hackear.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 23
Comments