Entre o Amor e a Carne
Elena Hathaway.
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— Que dia perfeito - Falei.
O inverno tinha degelado em Boston, e a primavera era iminente. O campus tinha ganhado vida, zunindo com universitários, turistas e pessoas da cidade. Muitos ainda estavam usando as becas das cerimônia de formatura, que tinha acontecido naquela tarde e eu ainda estava assimilando. Tudo não parecia tão real, era nítido que ainda não tinha caído a ficha que eu me formei. E então tem os "adeus" felizes e tristes ao mesmo tempo até a expectativa de encarar os problemas do mundo real daqui para frente. Uma mistura de emoções causa um turbilhão dentro de mim. Orgulho, alívio, ansiedade, medo. Mas o que eu mais sentia era felicidade. Por estar vivendo esse momento e por quer chegado até aqui, mesmo depois de tanto esforço.
— Sim, e ninguém merece isso mais do que você, Elena.
Jena Millany, melhor amiga da minha mãe e minha salva- vida pessoal, sorriu e enganchou o braço no meu.
Alta e magra, sua pele era da cor de cacau e seu cabelo castanho era preenchido por belas ondas.
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Jena Millany.
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Um estilo que expressava tanto sua juventude eterna quanto seu estilo eclético. De longe, ninguém suspeitaria que ela tinha sido a única mãe que eu tive por quase uma década.
Eu dizia a mim mesma, ao longo dos anos, que não ter pais, às vezes, era melhor que ter o tipo de pais sobre os quais eu ouvia falar e, de vez em quando, conhecia. Os pais dos meus colegas de turma por vezes eram prepotentes. Fisicamente estavam ali, mas emocionante, estavam ausentes. Ser bem- sucedida parecia imensamente mais fácil quando eu era a única pessoa botando pressão em mim mesma para que isso acontecesse.
Jane era diferente. Ao longo dos anos, ela sempre tinha me oferecido apoio na medida certa. Ela ouvia meus dramas e minhas reclamações sobre o trabalho e as provas finais, mas nunca me pressionava. Ela sabia o quanto eu já pressionava a mim mesma.
Caminhamos pelas trilhas estreitas que cruzavam o campo de Harvard. Uma brisa suave que soprou nas árvores repletas de folhas.
— Obrigada por estar aqui comigo hoje — Falei
— Não seja ridícula, Elena! Eu não perderia por nada. Você sabe disso. — Ela sorriu para mim e piscou. — Além disso, sempre gosto desses passeios pelas lembranças do passado. Não consigo me lembrar da última vez em que eu estive no campus. Faz com que eu me sinta jovem de novo!
Ri com o entusiasmo dela. Só alguém como Jane poderia fazer algo assim, apenas para se sentir mais jovem.
— Você ainda é jovem, Jane.
— Ah, suponho que sim. Mas a vida passa rápido demais. Você vai descobrir isso logo, logo. — Ela suspirou devagar. — Pronta para comemorar?
Concordei com a cabeça
— Com certeza, vamos lá.
Passamos pelos portões do campus e chamamos um taxi que atravessou o Rio Charles conosco em direção a Boston. Alguns minutos depois, estávamos empurrando as pesadas portas de madeira de uma das melhores churrascarias da cidade. comparado com as ruas ensolaradas, o restante era escuro e fresco e um ar visível de refinamento flutuava por sobre o murmúrio silencioso dos clientes da noite.
Nos acomodamos com nossos cardápios em mãos e pedimos um jantar e as bebidas. O garçom, prontamente, nos trouxe dois copos de uísque 16 anos com gelo.depois de semana de overdose de café de pedidos de delivery tarde da noite, nada expressava "felicitações" melhor do que um copo de uísque e um belo bife no jantar.
mei um gole do meu uísque,imaginando como o dia de hoje teria sido se minha mãe ainda estivesse viva.talvez eu ainda estivesse em casa, em Chicago, Vivendo uma vida completamente diferente.
— O que se passa pela sua cabeça, menininha?
A voz de Jane me trouxe de volta de meus pensamentos.
— Nada, só queria que minha mãe pudesse estar aqui — Respondi em voz baixa.
Marie segurou minha mão entre as dela em cima da mesa.
— Nós duas sabemos que a sua mãe estaria orgulhosa demais de você hoje.
Ninguém tinha conhecido minha mãe melhor do que Jane. Apesar da distância tê-las separado por anos depois do colégio, elas permaneceram próximas — o tempo todo, até o amargo final.
Evitei olhá-la nos olhos, sem querer me deixar entregar as emoções que tendiam a inundar-me como uma porcaria de uma enchente. eu não iria chorar hoje. Hoje era um dia feliz, não importavam os poréns. Um dia que eu jamais me esqueceria.
Jane soltou minha mão e pegou o copo, seus olhos brilhando por conta de lágrimas não caídas.
— Que tal um brinde ao próximo capítulo? — Ela sorriu.
Ergui meu copo junto ao dela e sorri ao meio a tristeza, permitindo que o alívio e a gratidão preenchessem o espaço vazio em meu coração.
— saúde.
bati meu copo no de Jane e dei um bom gole, saboreando a queimação do álcool durante uma descida.
— Por falar nisso, quais são os seus próximos planos Elena ?
Antes que eu respondesse, pensamentos passearam pela minha cabeça.
— Bom, essa semana é o grande Pitch da Angelcom e depois, em algum momento eu preciso resolver onde vou morar.
—Você sempre pode ficar comigo por um tempo.
—Eu sei, mas preciso me organizar para me virar sozinha agora. Estou ansiosa por isso, na verdade.
— Alguma ideia?
— Não exatamente, mas preciso de um tempo longe de Cambridge.
Harvard tinha sido ótima, mas tanto a universidade quanto eu precisamos começar a conhecer outras pessoas. Eu realmente tinha feito mais coisas do que esperava nesse último ano, fazendo malabarismos com minha tese e começando um novo negócio. Eu estava aliviada por começar um novo capítulo da minha vida longe do campus.
— Longe de mim querer que você vá embora, mas você tem certeza de que quer ficar em Boston?
Assenti com a cabeça
— Tenho. Pode ser que a empresa me leve para Nova York ou para a Califórnia em algum momento, mas, por hora, estou feliz aqui.
Boston era uma cidade difícil algumas vezes. Os invernos eram infernas mas as pessoas aqui eram fortes, apaixonadas e, com frequência, dolorosamente sinceras. Com o passar do tempo, eu tinha me tornado uma delas. Não conseguia me imaginar chamando qualquer outro lugar de "lar" por capricho. Além disso, sem ter pais com uma casa para voltar, aquela tinha se tornado minha casa.
Mesmo quando eu era criança, as poucas lembranças que compartilhei com meus avós eram desconfortáveis e em voltas em como eu tinha surgido na vida deles. Minha mãe nunca falou de meu pai, mas se as circunstâncias eram ruins o suficiente para fazer não tocar no assunto, talvez fosse melhor que eu não soubesse de nada mesmo. Ao menos era isso que eu dizia a mim mesma quando a curiosidade começava a vencer em mim.
Terminamos de comer e Jane concordou em me encontrar do lado de fora do restaurante depois que ela fosse ao banheiro. Segui em direção à porta, sentindo me feliz e um pouco zonza. Passei pelo host e virei-me quando ele me agradeceu por ter vindo. No minuto seguinte, trombei no homem que entrava pela porta.
Ele me segurou pela cintura, endireitando-me enquanto eu recuperava o equilíbrio.
— Desculpe, eu...
Meu pedido de desculpas fracassou quando nossos olhos se encontraram. Um tornado hipnotizante cor de avelã e verde caíram sobre mim, suprimindo minhas habilidades de falar. Maravilhoso. O homem era completamente maravilhoso.
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Blake Landon.
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— Você está bem?
A voz dele vibrou pelo meu corpo. Meus joelhos enfraqueceram um pouco com a sensação. O braço dele reagiu, apertando ainda mais minha cintura, deixando nossos corpos extremamente próximos. Aquele movimento não me ajudou muito a recuperar a compostura. Meu coração acelerou pela pela maneira que ele me segurava, possessivo e confiante, como se ele tivesse todo o direito de manter-me ali perto o tempo que quisesse.
Uma parte de mim, a parte que não estava se derretendo de desejo por aquele estranho, queria protestar contra a audácia dele, mas todos os pensamentos racionais foram enfraquecidos à medida que eu assimilava as características dele. Ele não devia ser muito mais velho do que eu. Com exceção de seu cabelo castanho-escuro rebelde, ele parecia ser todo corporativo, com seu blazer escuro e a camiseta branca com dois botões abertos. Ele parecia caro. Até o cheiro dele era caro.
Muita areia pro seu caminhãozinho, Elena, cantava uma vozinha, relembrando-me de que era a minha vez de falar.
— Sim, estou bem. Me desculpe.
— Não tem por quê — Murmurou ele sedutoramente, com uma ponta do seu lindo sorriso.
Os lábios dele eram bem delineados, e cheios de promessa, impossíveis de iguinorar com meu rosto a centímetros do dele. Ele passou a língua pelo lábio inferior e meu maxilar se abriu em um suspiro silencioso. Deus, a energia sexual emanava daquele homem como ondas do mar.
— Sr. Landon, seu grupo está aqui.
Enquanto o host esperava que que ele respondesse, recompus-me o suficiente para endireitar-me, confiante de que podia ficar em pé sem ajuda novamente. Coloquei as mãos no peito dele, definido e implacável mesmo debaixo do terno, para apoiar-me. Ele me soltou, suas mãos deixando um rastro de fogo em meus quadris enquanto abandonavam meu corpo lentamente. Meu Jesus. A sobremesa não era nada perto daquele homem.
Ele acenou com a cabeça para o host, mas mal tirou os olhos de mim, paralisando-me com aquele único fio que nos conectava. Irracionalmente, eu não queria mais nada além das mãos dele em mim novamente, possuindo-me com tanta facilidade como acabaram de fazer. Se ele havia feito minha cabeça flutuar com um mero toque, não dá nem pra imaginar o que ele podia fazer no quarto. Fiquei pensando se por acaso haveria uma chapelaria por ali. Podíamos resolver aquela questão imediatamente.
— Por aqui, senhor — disse o host, acenando para que meu Salvador o seguisse.
Ele se afastou com um encanto casual, deixando-me formigando da cabeça aos pés, com sua ausência. Jane chegou enquanto eu observava a retaguarda dele, uma bela vista a apreciar.
Eu devia estar encabulada, mas para falar a verdade eu estava é desavergonhadamente satisfeita com minha falta de habilidade em manter meu equilíbrio sobre os saltos de dez centímetros. No lugar de uma vida amorosa própria, o homem misterioso se tornaria fonte de muitas fantasias que estavam por vir.
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Atualizado até capítulo 33
Comments
Julia Sophia Silva Turbé CN
a história e demais, já está quente kkkk
2025-02-07
1
mística
começando a ler hj 09/02/25
2025-02-10
1
Julia Sophia Silva Turbé CN
começando a ler hj 06/02/2025,
2025-02-07
1