5 Epílogo, escolhas que moldam o destino

Alguns dias se passaram e tudo ia bem na medida do possível, Oliver sentia que algo o observava mais optou por não dará tanta importância, havia acordado de bom humor e queria ir a vila, lá era tudo muito animado, muitas barracas com todo e qualquer tipo de especiarias, grãos, os pães mais cheirosos que se podia sentir, adorava ver as roupas e tecidos deslumbrantes, ali era como se fosse um parque de diversões totalmente atrativo.

Porém suas expectativas foram água a baixo quando seu pai lhe negou o pedido de ir junto.

_ Oliver sabe bem que não pode ir, não tem quem ficaria com Raquel e também chamaria muito atenção com sua aparência descomunal.

Antes que pudesse protestar seus pais saíram sem dizer mais nada, Raquel ainda estava a dormir já que era bem cedo, pode sentir as lágrimas escorrer em suas bochechas, correu até perder o fôlego, se sentia sufocado como um pássaro preso em gaiola, não conseguia parar de chorar, se deixando cair de joelhos sentiu seu corpo estremecer, uma energia forte o consumia, algo queria sair para fora de seu corpo, um nó se forma em sua garganta, não podia deixar de se amaldiçoar por ter nascido diferente.

Quanto mais os sentimento gritavam, mais conturbado Oliver ficava, não era o simples fato de não poder sair, sentia como se tivesse os pés e mãos estivesse amarrados, em meio as lágrimas e a emoção notou as folhas caídas pelo chão pegar fogo, o grande orvalho queimava em chamas altas, ali diante de seus olhos vermelhos que brilhavam intensamente, era como se toda a angústia tivesse extravasado de seu corpo, não aguentando a energia acabou desmaiando.

_ Maninho você não acordava então tive que jogar água em você.

Raquel estava visivelmente preocupada ao encontrar o irmão caído nos fundos da casa, Oliver sentou-se ainda tentando processar tudo que ocorrerá, tentando manter a postura de irmão mais velho, se levantou ainda molhado e disse agitando a camisa.

_ Olha só para mim, estou todo ensopado.

Ele ria animadamente para descontrair a menina. Ao trocar suas roupas preparou algo para sua irmã comer e depois se sentaram na sombra do orvalho, Raquel lia um livro de contos de fadas e fazia questão que Oliver a olhasse e prestasse atenção a leitura, porém o mesmo ainda olhava incrédulo para árvore acima deles, não podia negar que o episódio de mais cedo o deixou totalmente desnorteado, afinal de contas a árvore se mantinha em perfeito estado, sem nenhuma queimadura aparente, como explicar isso.

Fergus ao ver tudo que Oliver havia feito durante o dia, inclusive o acontecido na parte da manhã, saiu por entres as árvores e desapareceu, contudo alguém ansiava seu retorno.

_ E então ele é mesmo um Carmesim ?

A voz estridente carregada de sentimentos até então contraditórios, um misto de amigável com um pouco de descrença.

_ Sim, ele concerteza é um descendente direto, mais cedo não conseguiu controlar a raiva e incêndiou o local ao redor, está despertando ainda, creio que nem mesmo sabe o que ele é, assim como o casal que o criou

No castelo a discussão dava início outra vez, seu pai não conseguia aceitar o tempo de demora ao qual Cristen se mantinha.

_ Quando exatamente você pensa em se casar, quando já estiver velho, quando não puder mais ter filhos.

_ Irei me casar na hora exata e com a pessoa certa pai.

_ Não me importo com quem seja ou quem seja! Não ligo mais para isso só quero que coloque os pés no chão e se case com alguém que lhe de uma perspectiva de vida e de crescimento... Só assim poderei dormir tranquilo caso aconteça algo comigo poderá reinar sozinho.

Cristian tomou uma postura firme e séria e tão depressa respondeu de forma fria.

_ Já tenho alguém que quero me casar.

Erodes parecia chocado, semicerrou o olhar e o examinou cuidadosamente, abriu um meio sorriso e diz calmamente.

_ Só me digas quem é, me encarregarei de preparar o casamento dentro de no máximo uma semana, precisamos...

Foi interrompido por Cristen que disse de forma ainda mais séria, esperando uma reação negativa de seu pai.

_ Seu nome é Oliver, um garoto.

Erodes deu um salto de seu trono abismado com a revelação, caminhou lentamente até o mesmo e ficando frente a frente disse em tom ainda mais calmo.

_ Tem certeza dessa escolha, não irei impedir ou dizer qualquer coisa, mais saiba que com isso não poderá ter filhos a não ser que tenhas uma amante.

Cristem negou com a cabeça e ainda olhando dentro dos olhos de Erodes disse afirmando.

_ Posso pensar em filhos mais para frente.

_ Traga ele e a família até mim.

Dito isso Erodes retornou ao seu trono e Cristen saiu da sala, seu coração batia acelerado, pensava no que havia feito e não tinha como voltar atrás, só não sabia como faria para encontrar Oliver e nem mesmo se ele o aceitaria como marido, já que não era tão comum relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, sem contar que nem se conheciam direito, haviam se encontrado apenas duas vezes.

Deixando as preocupações e incertezas de lado pediu a Fabian que juntasse alguns guardas e que procurassem ao redor da estrada que subia a montanha, qualquer sinal do garoto.

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Atualizado até capítulo 34

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