A manhã passou e Cristen estava a pedir por comida, já havia enjoado de tanto cumprimentar os convidados que haviam chegado mais com cordialidade e frieza o fez, sentados no grandioso salão estavam a esperar pelo almoço que por sinal era um exagero de tanta comida, e vinho das melhores qualidades e estações.
Depois de lavar alguns pratos e verificar que sua irmã estava dormindo feito um anjo, Ele se pôs a ir para baixo do orvalho e se permitiu mergulhar no livro novamente, porém a história tomava um rumo diferente e as emoções de Oliver acompanhava da mesma forma, logo se viu chorando, ali dizia que o povo vinha sofrendo ameças e estavam sendo caçados.
Ofegante e trêmulo Oliver sentiu emergir um ódio misturado com compaixão que sentia pelo povo, não só pela conhecidencia dos olhos vermelhos como os seus, sentia uma conexão de maneira que nem ele compreendia, um vento bateu em seu rosto, agitando seus cabelos prateados, foi então que notou uma pequena bolinha de fogo perto dos arbustos que havia no trieiro que subia a montanha.
Fechou os olhos e deu uma mordida em dedo, sentindo a dor abriu os olhos e não via mais nada, atordoada e confuso não conseguia acreditar no que viu.
_ Maninho o que você tanto olha, quer subir a montanha ? Posso ir com você ?
Só então Oliver viu que Raquel já havia acordado e já era quase hora de seus pais voltarem, se desculpou com sua irmã afirmando que em outro momento a levaria para um piquenique, rapidamente fez um chá de ervas e assou alguns pães, quando o sol caiu os seus pais chegaram já desfrutando do lanche que o jovem havia feito, esse era um momento que eles sempre relaxavam e interagiam como família, Oliver amava aquele pouco tempo.
Algum tempinho depois o rapaz decidiu ir observar o por do sol na montanha, ainda estava apreensivo por conta da última vez que foi, mais estava convencido que não passava de uma mera ilusão.
Ao subir o trieiro rodeado de gigantescas árvores e arbustos pensava no porque ele era diferente de seus pais, a cor de cabelo prateada e olhos vermelhos, seus pais eram simples pessoas, sua mãe Cibele tinha longos cabelos loiros, já Ruff tinha os cabelos castanhos escuros e olhos verdes, Raquel era um misto dos dois os cabelos de sua mãe e os olhos do pai, suspirou por entre os dentes porém tomou um susto tão forte que seu corpo se enfraqueceu, deixando-se cair no chão.
_ Você é louco?
Gritou Cristen frente a frente com um rapaz, o fuzilou com o olhar e correu o mais rápido que pode por entre as árvores, segurou as mãos do jovem lhe perguntando se ele estava bem, Oliver ainda não consiga se mexer, uma flecha avisa passado a centímetros do seu rosto e acerto uma lebre do mato branca.
Afastou a mão homem a sua frente e se levantou ainda calado, não sabia o que dizer ou como reagir, não muito longe podia-se ouvir as risadas altas, comemorando a vitória pela caça, se sentia horrizado com tal ato brutal sem ao menos levantar o olhar se virou a fim de voltar para sua casa, mais foi impedido por uma mão em seu pulso.
_ Você está bem? Não diz uma palavra.... Poderia-me dizer seu nome?
Cristen parecia bastante preocupado, Já Oliver está ali a olhar as mãos do desconhecido que percebeu e logo afastou-se, sentindo a coragem lhe invadir e olhou em seu rosto, ao encontrar seus olhos, logo recordou o dia em que o viu pela primeira vez.
_ Oliver.
Sem expressão alguma disse seu nome e caminhou sem olhar para trás, seu coração estava levemente alterado, podia sentir seu corpo arder como se tivesse acabado de adentrar uma fogueira em chamas, esse sentimento repentino fez com que o garoto esquecesse completamente que estava indo assistir ao pôr do sol.
Já de noite o banquete estava mais que animado, todos se vangloriava de suas presas e bebiam como se não houvesse amanhã, Cristen podia ver os olhos de ódio sendo lançados por Nicolai a quem ele gritou mais cedo, porém a perder a postura pegou uma taça de vinho e caminhou sob o salão, parou ao lado de Nicolai e disse frio porém educado.
_ Melhor não nutrir esse sentimento de ódio, não sou alguém que você possa lidar, ainda assim espero que possamos nos dar bem.
Os dois pareceram se estranhar mais logo o clima pareceu amenizar, Cristen precisava de ar então foi para o jardim e sentou-se, levou a mão a cabeça dando uma leve sacudida, não conseguia esquecer o rosto delicado de Oliver, deu um meio sorriso ao perceber que o mesmo havia ficado vermelho quando olhou nos seus olhos, sabia que o garoto havia despertado mais que a sua curiosidade.
Oliver deitado pensava em como havia ficado mais cedo, em sua mente se formavam várias perguntas, sabia que ele era alguém importante mais não se recordava quem ao certo, já que raramente ia a vila, seus pais o mantinham sempre em casa, nunca pode ir a escola, algumas vezes sua mãe o ensinava algo, porém sua vontade era maior, sempre pegava algum livro ou outro para ler.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
Handayani Sri
Sinto como se estivesse voando por entre as páginas deste livro.
2025-01-16
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