Meu nome é Cloe e tenho 23 anos. Sou enfermeira aqui em Los Angeles, mas minha vida não foi nada fácil até agora. Nasci e cresci num bairro simples da cidade, onde aprendi desde cedo que para conseguir algo na vida, é preciso trabalhar duro. Minha mãe sempre foi a pessoa mais importante para mim. Ela fez tudo o que pôde para me criar sozinha, trabalhando longas horas como faxineira para nos sustentar. Ela é a minha inspiração, a razão pela qual eu me esforço tanto todos os dias.
Desde pequena, sempre sonhei em ser alguém que pudesse fazer a diferença na vida das pessoas. Quando tinha 16 anos, assisti minha mãe adoecer e passar por um sistema de saúde precário, e isso me marcou profundamente. Foi ali que decidi que queria ser enfermeira. Eu queria ajudar, cuidar das pessoas que precisavam, assim como minha mãe precisou um dia. Não foi fácil chegar até aqui. Trabalhei em empregos de meio período enquanto estudava e cuidava da casa.
Aos 18, consegui uma bolsa para a faculdade de enfermagem, algo que parecia impossível na época. Estudava durante o dia e trabalhava à noite, sempre tentando conciliar tudo. Agora, trabalho em um hospital que luta diariamente contra a falta de recursos. Apesar das condições, amo o que faço. Amo ver os rostos de esperança nos pacientes quando eles percebem que alguém se importa com eles. Essa é a minha recompensa.
Nossa situação financeira ainda é complicada. Vivemos com o básico, e muitas vezes sacrifico minhas próprias necessidades para garantir que minha mãe tenha o que precisa. Mas nunca deixo isso me abater. Tenho um lema: sempre manter o sorriso, sempre acreditar que algo bom pode acontecer. E quem sabe? Talvez, em algum momento, o destino me reserve algo diferente, algo que eu nunca imaginei.
Sou uma sonhadora, sim. Mas também sou realista. Sei que a vida não dá nada de graça. Por isso, acordo todos os dias com a intenção de dar o meu melhor, de fazer a diferença, mesmo que seja apenas na vida de uma pessoa. Eu sou Cloe, 23 anos, enfermeira, sonhadora, e, acima de tudo, alguém que acredita que o amor e a bondade ainda podem mudar o mundo.
Meu nome é Edgar, tenho 30 anos e sou o CEO de uma das maiores empresas de tecnologia de Los Angeles. À primeira vista, parece que eu tenho tudo. Carros de luxo, uma cobertura na parte mais cara da cidade, poder e influência que poucos alcançam. Mas o que ninguém sabe é o que eu precisei fazer para chegar até aqui e o que perdi nesse caminho.
Nasci numa família rica, onde a fraqueza não era tolerada. Meu pai, um empresário rígido e controlador, sempre dizia que o mundo é dos mais fortes e que ninguém se importa com os fracos. Minha mãe morreu quando eu tinha apenas 12 anos, e isso mudou tudo. Meu pai nunca foi um homem afetuoso, mas depois que ela se foi, ele se tornou um verdadeiro tirano. O luto se transformou em raiva e exigência. Ele não tinha tempo para minhas lágrimas ou meu sofrimento. Para ele, sentimentos eram um sinal de fraqueza. Ele me criou para ser duro, para não demonstrar emoções, porque, segundo ele, isso era o que me faria sobreviver em um mundo onde todos estão prontos para te derrubar.
Quando fiz 18 anos, meu pai colocou a responsabilidade da empresa nas minhas costas. "Prove que é digno de carregar o meu nome", ele disse. Não havia escolha. Era vencer ou vencer. E eu venci, mas ao custo de me tornar quem eu sou hoje: um homem que não aceita nada menos que a perfeição, que vê as pessoas como peças de um jogo que precisa ser manipulado para que eu sempre saia ganhando. Aprendi a fechar meu coração para o que não é racional, a ignorar o sofrimento dos outros, porque, para mim, se alguém está em uma situação difícil, é porque não se esforçou o suficiente. Sim, eu sou frio e arrogante, mas é assim que consegui chegar ao topo.
A beleza? Ela veio naturalmente. As pessoas gostam de dizer que é uma vantagem, mas para mim, sempre foi apenas mais uma ferramenta. Nunca dei valor às pessoas que se aproximavam de mim por causa dela. Tudo se tornou um grande jogo de interesses. Eu trabalho incansavelmente porque, no fundo, não sei o que fazer além disso. Minhas relações são superficiais e calculadas. Amigos? Não sei se posso realmente chamá-los assim. São mais aliados em uma teia de poder e influência.
Não gosto de pobres. Não é que eu os odeie, é mais como um desprezo silencioso. Eles me lembram que, em algum momento, alguém pode fracassar, e eu me recuso a ser um deles. Aprendi a nunca deixar que a fraqueza dos outros me arraste para baixo. Para mim, é simples: ou você luta para vencer, ou se torna parte da paisagem, invisível e irrelevante.
Mas, nos últimos dias, algo estranho tem acontecido. Um desconforto, uma sensação incômoda de que o mundo não é tão preto no branco quanto eu acreditava. Acho que isso começou depois daquele acidente. Ver aquela garota, agindo com tanta determinação e compaixão, fez algo em mim estremecer. Não sei exatamente o que é. Talvez uma pequena rachadura no muro que construí ao meu redor. Não que eu vá admitir isso para alguém. Mas, pela primeira vez em muito tempo, me peguei pensando... e se eu estiver errado? E se, em algum lugar nesse mundo que aprendi a controlar tão bem, existir algo mais?
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Atualizado até capítulo 78
Comments
Cida Pereira
adoro história com fotos dos personagens.
2024-09-20
1
Elaine Alvim de Souza
Esse algo mais existe sim e para isto basta abrir nossos olhos para enxergá-lo.
2024-09-18
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