A noite estava pesada com um manto de mistério e uma sensação de urgência enquanto Isabella e Adrian se preparavam para a próxima fase de sua investigação. O diário de Elias Vilaris estava repleto de pistas sobre locais que poderiam conter as chaves para entender e possivelmente quebrar a maldição. Os dois haviam decidido começar com um local mencionado no diário que parecia particularmente importante: uma antiga capela abandonada na floresta.
A capela era mencionada como um local de rituais secretos e encontros obscuros, e a descrição no diário a fazia parecer um lugar essencial para compreender o que havia acontecido no passado. O caminho até a capela era longo e tortuoso, e a névoa que envolvia a floresta parecia intensificar-se conforme se aproximavam do destino.
“Você tem certeza de que é aqui?” Isabella perguntou, ajustando a lanterna enquanto caminhavam por uma trilha estreita.
“Sim,” respondeu Adrian, seus olhos fixos à frente. “O diário descreve esta capela como um lugar crucial para os rituais que foram realizados para manter a maldição. Devemos encontrar qualquer evidência que possa nos ajudar a entender mais sobre a cerimônia e a traição.”
Depois de uma longa caminhada, a capela surgiu entre as árvores. Era uma estrutura pequena, com paredes de pedra desgastadas pelo tempo e um telhado parcialmente desabado. A entrada estava coberta por vegetação e parecia ter sido esquecida há muito tempo. Isabella sentiu um calafrio ao ver o local; havia algo inquietante e sombrio na atmosfera.
“Vamos entrar,” disse Adrian, seu tom determinado. “Precisamos examinar tudo com cuidado.”
Eles empurraram a vegetação que bloqueava a entrada e entraram na capela. O interior estava em ruínas, com bancos quebrados e um altar coberto de poeira e teias de aranha. Apesar da desolação, havia algo que sugeria que o lugar ainda carregava um certo poder.
Adrian começou a examinar o altar e as paredes, procurando sinais de ritual. Isabella focou em vasculhar o chão e os bancos em busca de qualquer objeto ou fragmento que pudesse ter relevância. Enquanto procurava, seus olhos caíram sobre uma pequena caverna nas pedras da parede, quase escondida pela vegetação.
“Adrian, olhe isso,” chamou Isabella, apontando para a caverna.
Adrian se aproximou e examinou o local. Dentro da caverna havia uma caixa pequena, parcialmente enterrada sob camadas de poeira e terra. Com cuidado, ele a retirou e a abriu. Dentro, havia um conjunto de objetos antigos: uma vela desgastada, um livro em miniatura e um medalhão com um símbolo esculpido.
“O que é isso?” Isabella perguntou, observando o conteúdo da caixa.
“O livro parece ser um manual de rituais,” Adrian disse, examinando-o. “O medalhão pode ter sido usado durante as cerimônias. Vamos dar uma olhada mais de perto.”
Eles se sentaram no altar e começaram a examinar os itens. O livro estava cheio de diagramas e instruções sobre rituais complexos, muitos dos quais estavam relacionados com a invocação de forças e a marcação de almas. As páginas estavam manchadas e rasgadas, mas a informação ainda era legível o suficiente para fornecer pistas valiosas.
Adrian estudou o medalhão e o reconheceu como um símbolo antigo associado à proteção e à invocação de espíritos. “Este símbolo foi usado para garantir que os rituais fossem bem-sucedidos e para manter as energias concentradas. Parece que o ritual realizado aqui era para prender uma alma.”
Isabella franziu a testa. “Então, isso confirma que a capela foi usada para realizar rituais semelhantes ao que causou a maldição de Adrian.”
“Sim,” confirmou Adrian. “Este local pode ter sido onde a traição ocorreu. Precisamos entender quem era o traidor e como a cerimônia foi realizada. Pode haver mais informações nos registros históricos que encontramos.”
Eles passaram algum tempo examinando o livro e os itens encontrados, tentando juntar as peças do quebra-cabeça. Embora tivessem descoberto muito, ainda havia muito a aprender sobre o traidor e como a maldição havia sido criada.
Quando terminaram, o céu começava a clarear, e a luz da manhã filtrava-se através das janelas quebradas da capela. Adrian e Isabella saíram do local, carregando os itens e suas novas descobertas. Sabiam que a próxima etapa seria analisar essas informações para encontrar o próximo passo em sua jornada.
“Devemos voltar à biblioteca e revisar os registros com base nas novas informações,” sugeriu Isabella. “Há muito o que decifrar, e acredito que encontraremos mais pistas sobre o traidor e a cerimônia.”
Adrian concordou, parecendo aliviado por finalmente ter encontrado algo concreto. “Sim, e precisamos agir rapidamente. A verdade que buscamos está cada vez mais próxima, e cada descoberta nos aproxima mais de quebrar a maldição.”
Enquanto caminhavam de volta para a cidade, Isabella sentia uma mistura de exaustão e empolgação. O caminho à frente ainda era incerto e repleto de perigos, mas ela estava determinada a continuar. Havia um senso crescente de que estavam se aproximando de uma revelação que poderia mudar tudo – não apenas para Adrian, mas para ela mesma também.
Os desafios que ainda aguardavam eram desconhecidos, mas Isabella sabia que, juntos, eles poderiam enfrentar qualquer coisa. E com cada passo, estavam um pouco mais perto de resolver o enigma que havia unido seus destinos.
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Atualizado até capítulo 75
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