No dia seguinte, acordei às 4 h da manhã, lavei o meu rosto e fui para o pátio de treinamento. "Está atrasada! Devia tá aqui às 4 e já se passaram 20 minutos" (disse o conde).
"Acordei às 4 (h) como o senhor disse-me"
"Ainda vai responder-me? Parece que a senhorita está bem disposta para seu treinamento!"
Olhei fixamente para o Conde sem dizer mais nada, ele apresentou-me o cadete Paulo, um homem com uma presença ameaçadora, ele tinha uma cicatriz enorme no rosto. Mesmo estando nessa situação não me intimidei. O meu pai me observa a analisar-me surpreso com a minha mudança de personalidade, esperando eu implorar para não ter que fazer esse treinamento.
"Então vamos começar! Hoje de darei umas aulas básicas de como segurar uma espada, a partir de amanhã você se juntará a outros garotos para às demais aulas! (disse Paulo)
Apesar de ter sido uma assassina treinada na minha vida anterior, não me familiarizei com as armas do tempo atual. Especializei-me em armas modernas. Paulo orientou-me, sempre corrigindo a minha postura ao segurar a espada, ele usava uma vareta para me bater caso eu errasse. Ficamos assim por horas, a brandir uma espada de madeira.
O Conde observava-me a distância, acredito que ele esperava que eu lamentavelmente reclamasse daquela situação. Mesmo errando várias vezes mantive-me firme. "Ela até que não é ruim nisso!" (pensamento de Paulo).
Dei uma pausa para a hora do almoço, toda suada e cheia de poeira. Paulo se aproxima
"Você até que tem talento! Mas é muito fraca, não tem músculos! Terá que compensar isso com agilidade!"
Eu, na verdade já percebi isso, mas ouvir dele foi até bom. Perguntei se tinha algum método para aumentar a minha agilidade, ele disse-me que com muito esforço e dedicação eu conseguiria. Passei a usar um equipamento de peso nos meus braços e pernas. "se você conseguir manejar a espada sem nenhum problema com esses pesos, será mais rápida sem eles!"
Terminei o dia e eu estava moída de cansaço. As únicas coisas que fiz foi tomar um banho e dormir. No outro dia temos que sair da mansão e ir para o campo de treino, o Paulo levou-me até lá. "É aqui que você vai treinar diariamente, assegure de chegar sempre na hora!"
Tinha muitos garotos no campo de treino, eu era a única menina. "formem uma fila! (grita Paulo)
Quando eu me juntei a eles, todos ficaram-me encarando. "O que uma garota está a fazer aqui? Cochichavam uns aos outros.
"Parece que vocês todos estão curiosos em saber porque tem uma linda garota entre vocês! Ela é senhorita Daiana filha do conde, a partir de hoje se juntará no treino com vocês!"
Todos ficaram sem entender muito aquela situação. Durante o treino os garotos evitaram-me, eu também não me importei muito com isso.
Fiquei a usar os pesos o tempo todo, e era a mais fraca entre as crianças, os outros cochichavam a rir de mim. "O que uma dama quer fazer aqui com uma espada?".
"Vamos testar as suas habilidades de artes marciais!" (disse Paulo)
"Até que enfim algo que sou boa!” (pensando de Daiana)
Todos formaram um grupo de duas pessoas, o meu par não gostou muito de ficar comigo, mas ele não teve opções. Todos esperavam que eu caísse naquele momento, mas em questão de segundo derrubei e mobilizei o garoto. "Nossa! O que foi aquilo?" Perplexos todos me olhavam.
Depois daquele evento os meninos pararam de evitar-me, puxaram assunto durante as refeições. Apesar de eu ser a única garota ali não era incomum mulheres serem soldados, mas não era natural uma dama da alta sociedade praticar espada.
Por alguns meses essa foi minha rotina, acordava cedo e fazia treino militar. A Condessa Ana e a sua filha não me perturbaram durante esse tempo. As minhas habilidades melhoraram bastante, comecei a ver frutos do meu trabalho duro. Mas percebi que só aquilo não me iria levar a lugar nenhum, nem tudo era resolvido na porrada.
Como a Condessa Ana estava muito tranquila, resolvi ir descobrir o que estava a acontecer. Percebi que Alana estava a ter aulas de etiqueta, moda e de como administrar a casa, enquanto eu ficava a brandir espada. Isso com certeza prejudicaria o meu futuro, não saber o básico da etiqueta. O meu pai não estava muito atento ao que eu estava a fazer, ele estava ocupado com as suas obrigações.
Em dias comuns fingia estar doente, para não ir para o campo de treino. Como eu era uma dama, não importaram muito com isso. Enquanto todos estavam ocupados com os seus deveres eu entrava em uma das passagens secretas que levava a sala de estudos onde Alana estudava etiqueta. Observei as aulas dela e praticava nós momentos livres. Fiz isso por meses.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Donny Chandra
Já tô fisgada.
2024-08-30
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