🕯️ Quarta-feira, 12 de agosto de 2020 – 20h47
Esse era o nosso primeiro encontro.
Ele fez uma reserva em um dos restaurantes mais bonitos da cidade. A vista panorâmica e o ambiente à meia-luz tornavam tudo ainda mais especial. Estava tudo tão bem planejado... que dava pra sentir o cuidado dele em cada detalhe.
Rosie: — Estou faminta!
Eric: — Você acabou de comer. — Ele sorriu, achando graça.
Rosie: — É que trouxeram o prato e esqueceram da comida… Veio só a amostra! — Rimos baixinho.
— Mas, de repente, ele ficou em silêncio. Algo no olhar dele parecia inquieto.
Rosie: — Você está bem?
Eric: — Tô, sim. — respondeu rápido, ainda impaciente.
Rosie: — Tem certeza que...
— Fui interrompida pela chegada do garçom, que trouxe a sobremesa. Um prato delicado, montado como uma pequena obra de arte.
Rosie: — Que lindo... — sorri encantada, deixando transparecer o quanto aquele momento significava pra mim.
— Era uma noite especial, ao lado de alguém ainda mais especial. Só o fato de ele ter pensado em tudo aquilo já bastava pra me fazer sorrir por dentro.
Eric: — Não havia ninguém mais ansioso por esse dia do que eu. — Ele segurou minha mão com cuidado, entrelaçando os dedos aos meus.
— Meu coração disparou. O calor da mão dele aquecia até os cantos mais tímidos de mim.
Eric: — Quero fazer um brinde. Primeiro, por essa noite. E depois... por ter tido a sorte de conhecer você. Uma mulher linda, inteligente e doce. Meus parabéns. — Ele sorriu, meio nervoso. As mãos tremiam um pouco quando me entregou um pequeno embrulho.
Rosie: — Obrigada... — sussurrei, emocionada com o carinho.
Eric: — Agora que você é oficialmente uma adulta... queria oficializar também o que eu sinto por você. Então... aceita namorar comigo?
Rosie: — SIIIMM! — minha voz saiu baixinha, mas meu coração gritava. Fiz um gesto infantil de animação contida, simulando um gritinho silencioso.
— Ele riu. Eu ri. Nossas taças se encontraram no ar e brindamos. O leve tilintar do cristal pareceu selar o começo de uma nova fase.
— A alegria era tanta... que acabei exagerando no vinho.
Eric: — Você tá vermelha...
Rosie: — Tô? Me sinto tranquila. — falei num tom baixo, a voz meio rouca. Logo depois, deixei escapar um pouco da bebida no meu vestido.
— Ele riu. Tirou o próprio terno e colocou sobre mim com carinho. Chamou o garçom e logo fomos ao caixa. Depois, descemos até a garagem onde o carro dele nos esperava.
Rosie: — Quero te pedir uma coisa... — falei com a voz ainda levemente embriagada, mas o coração lúcido.
Eric: — O quê? — perguntou, atento, com aquele olhar sério e doce ao mesmo tempo.
Rosie: — Agora que tenho 18... e que a gente tá junto... é normal que casais façam... certas coisas. — Fiz uma pausa. A boca seca. O coração acelerado.
Eric: — Você parece um pouco incerta... — Ele desviou o olhar, visivelmente constrangido.
Rosie: — Eu sei que pode parecer cedo. Mas é o que eu quero. — disse, com sinceridade firme.
— Quando ele abriu a boca pra responder, levei os dedos até os lábios dele.
Rosie: — Me beija. — sussurrei, baixando a mão com suavidade.
— Ele sorriu. Aproximou-se devagar. Fechei os olhos. Esperei. Mas...
— Nada.
— Quando abri os olhos, vi que ele só estava colocando o cinto de segurança em mim.
Rosie: — ...
— Fiz cara emburrada. Virei pro lado. Passei o caminho inteiro quieta, contrariada como uma criança que teve o sorvete arrancado da mão. Ele, por outro lado, parecia tranquilo.
Eric: — Espera, vou te ajudar a sair.
— Quando abriu a porta, desviei o rosto, ainda emburrada.
Eric: — Rosie, é sério. Se você não sair agora, vamos ter problemas!
Rosie: — Por que você não me beijou? Eu não sou atraente? — falei com os olhos ardendo. Não de raiva. Mas de uma insegurança boba que me invadiu de repente.
Eric: — Não diz isso... Você tem ideia do quanto eu quero? — Ele se aproximou, tocou meu rosto com ternura e segurou minha mão com firmeza. Aos poucos, me convenceu a sair do carro.
— Eram 23h42 quando entramos em casa. O silêncio da noite nos envolvia como um cobertor.
Rosie: — Me sinto um pouco cansada...
— Antes que eu percebesse, ele me pegou no colo. Fiquei surpresa — envergonhada, mas encantada. Subimos as escadas em silêncio.
Rosie: — Seus ombros são largos... — murmurei, acariciando sua nuca.
— Ele fez sinal de silêncio com o dedo. Passávamos perto do quarto do meu avô. Ao chegar no meu, me colocou com cuidado sentada na cama.
Eric: — Melhor tirar o vestido. Está todo sujo...
Rosie: — Sim...
— Levantei da cama e tirei o vestido sem cerimônia.
Eric: — Rosie?! — Ele virou o rosto bruscamente, surpreso, como se não soubesse onde enfiar os olhos.
Rosie: — Você não precisa fechar os olhos... Pode olhar. — falei com delicadeza, aproximando-me. Segurei suas mãos com carinho e as afastei do rosto dele.
— O mundo pareceu parar por um instante.
Continua...
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Chị google là em
Cadê o próximo capítulo, autora? Tô viciada na história! 👀
2024-07-30
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