O Amigo Do Meu Marido
APRESENTANDO PERSONAGENS PRINCIPAIS:
AISHA ( 35 anos)
MURILO (37 anos)
ELISA(AMIGA DE AISHA)
ROBERTA(AMIGA DE AISHA)
Me chamo Aisha. Estou casada com Murilo há dez anos. De uns tempos para cá, nosso casamento perdeu o brilho e se afundou na rotina. Ele só sabe trabalhar, dormir e sair para beber com os amigos. Eu, quando não estou no trabalho, passo o resto do tempo cuidando das crianças: Stella, de seis anos, e Gabriel, de oito.
À noite, quando finalmente consigo um momento a sós com meu marido, tento me aproximar, mas é quase impossível. E quando acontece, parece que ele só está cumprindo uma obrigação.
Sou dona de uma empresa de cosméticos, enquanto Murilo trabalha na firma do pai, ao lado dos tios.
Quando chego em casa, já são sete da noite. Estou exausta. Ainda bem que temos dona Isadora, a babá, que me salva diariamente. Assim que abro a porta, as crianças correm até mim e se agarram às minhas pernas.
— Mãee! Por que demorou tanto?
— Desculpem, meus amores... hoje precisei ficar até mais tarde. Vocês já tomaram banho?
— Não! Ainda tá cedo, mãe! — resmunga Gabriel.
Essas crianças odeiam banho; se eu não mando, não tomam.
— Cedo coisa nenhuma. Subam os dois agora mesmo.
— Ah, mãee!
— Não vou repetir, Gabriel. Anda logo! E você também, Stella.
— Táaa... — ela revira os olhos.
Os dois sobem resmungando e eu me viro para dona Isadora.
— Ai, desculpa ter feito você ficar até essa hora.
— Não se preocupe, Aisha. Sem problemas.
— Já pode ir descansar, de verdade. Muito obrigada.
— Então eu vou. Até semana que vem, Aisha.
— Até, dona Isadora.
Ela vai embora e, depois de conferir se as crianças estão mesmo no banho, eu também subo para o meu. Deixo a água cair sobre meu corpo, tão quente que chega a arrancar arrepios. Adoro banhos quase fervendo. Esfolio a pele, lavo os cabelos e fico ali, debaixo do chuveiro, por longos minutos. Se pudesse, dormiria naquela água.
Quando termino, visto uma roupa confortável e desço. Pelo tempo que demorei, imagino que Murilo já chegou. Acertei: ele está na sala com as crianças.
— Já tomaram banho? — pergunto desconfiada.
— Já, mãe! — respondem em coro.
— Hm... tomaram direitinho?
— Sim!
Sorrio e cumprimento Murilo com um beijo rápido.
— Boa noite, amor.
— Boa noite. Vou tomar um banho, estou exausto.
— Tá bem. Vou preparar o jantar. Quer comer o quê?
— Pode escolher você.
— Ok. E quem vai me ajudar na cozinha?
— Eu!! — gritam os dois, empolgados.
Sexta-feira é o nosso ritual: eles me ajudam a preparar o jantar. É divertido, apesar da bagunça que fica. Quando terminamos, mando que chamem o pai. Murilo desce e nos reunimos à mesa.
— Mãe, tem refrigerante?
— Nem começa, Gabriel.
— Mas hoje é fim de semana!
— Hoje não. Talvez amanhã, tá bom?
Ele faz bico.
— E sobremesa?
— Tem sobremesa, sim. Pudim.
Os olhos dos dois brilham.
— Oba!
— Mas apenas um pedaço. Depois, escovar bem os dentes.
— Tá bom!
Depois do jantar, as crianças sobem para brincar e Murilo vai para o quarto. Eu fico arrumando a cozinha. Quando ele desce para beber água, resolve alfinetar:
— Você pega pesado com eles.
— Por quê?
— Deixa eles comerem doces em paz. São crianças.
— Mas eu deixo! Acabaram de comer pudim.
Ele levanta as mãos, rendido:
— Tá bom, não vou discutir. Sei que não adianta.
— Realmente, não adianta.
Subo logo depois dele, mas antes passo no quarto das crianças. Brinquedos espalhados pelo chão.
— Que bagunça é essa?
— Estamos brincando, mãe!
— Vão juntar tudo antes de dormir, entendido?
— Sim.
— Hm, sei... Daqui a pouco volto para conferir.
Elas fazem carinha de anjo e eu deixo.
No quarto, Murilo está sentado na cama, lendo. Visto uma camisola e me deito ao lado dele.
— O que vamos fazer esse fim de semana?
Sem desgrudar os olhos do livro, responde:
— Não sei. O que você quer fazer?
— Algo em família. Você trabalhou o fim de semana passado inteiro.
— Eu sei. Amanhã decidimos.
Engulo a frustração. Mais tarde, coloco as crianças para dormir, leio uma história e volto para o quarto. Murilo já está deitado de costas. Me aproximo e sussurro:
— Amor? Já dormiu?
— Estou cansado, Aisha. As crianças dormiram?
— Sim... Não dá pra gente ter um momento?
Ele suspira e se vira, me toca com preguiça e acabamos fazendo amor. Mas é rápido, frio. Quando termina, se vira para o lado. Eu ainda quero mais.
— Já se cansou? Eu ainda não estou satisfeita...
— Estou exausto, amor. Ando trabalhando demais.
— Você sempre trabalhou. Mas antes... — deixo a frase no ar.
Ele fecha os olhos.
— Boa noite.
— Boa noite...
Fico olhando para ele, sentindo um vazio crescer dentro de mim. Ultimamente tem sido assim. Acabo sempre sozinha, buscando prazer em segredo. Levanto, pego meu brinquedo no closet e vou para o banheiro. Só depois, em silêncio, volto para a cama e adormeço ao lado do meu marido.
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Atualizado até capítulo 73
Comments
elenice ferreira
o crápula desse escroto, que se marido rala e rola o dia com todas na rua, vai querer algo com a "esposa"?
2024-11-29
0
Flavia Felix
Acorda mulher. Ele tem amante. Homem quando começa desse jeito, é porque está se cansando fora de casa
2025-09-12
1
Hilda F.P Marchesin
Iniciando Leitura
25/02/2025 20:46 PM
Terça-feira
Baixada Santista SP BR
2025-02-26
1