Enquanto eu e Marcelo estávamos conversando. Sofia adentrou a sala sem bater na porta, e isso me fez revirar os olhos com um misto de irritação e frustração.
— Só o que me faltava agora. — falei, jogando o cigarro fora.
Marcelo, percebendo a tensão, decidiu nos deixar a sós.
— Estou saindo, espero você do lado de fora. — ele disse, deixando a sala.
Sofia aproveitou a oportunidade para falar comigo.
— Meu irmão, eu queria muito falar com você. E pedir a sua ajuda. — ela começou.
— Se for com aquele assunto do seu casamento, que é o problema de sempre, eu já sei, Sofia. Você não quer casar, e tem toda razão. O seu marido não é um homem bom, e pode te deixar a qualquer momento, morrer sozinha no meio de uma guerra mundial. — minha voz era firme, expressando minha preocupação genuína.— Mas, esse é seu destino, sinto muito e boa sorte.
Ela me olhou com olhos estreitos, provavelmente surpresa pela franqueza das minhas palavras.
— O que eu faço, Vicente? Papai quer que eu case com aquele homem que não gosto. — ela desabafou.
Sofia estava visivelmente angustiada, andando de um lado para o outro na sala.
— Se papá decidiu, está decidido, querida. Na sua vida pessoal eu não posso me meter. Mas, se aquele homem deixar você sozinha e não cuidar de você como um verdadeiro cavalheiro, eu juro que você fica viúva cedo. Agora venha aqui, e me dê um abraço. — a abracei com ternura, tentando confortá-la.
— Por que eu tenho que casar e não você? — ela perguntou, com uma pitada de frustração.
— Porque sou um homem que cuida dos negócios e da família. — respondi, sabendo que era minha responsabilidade assumir esse papel na dinâmica da nossa família. Mas também sei, que terei que casar, assim como Sofia estava sendo obrigada a casar. E isso me dar um certo desconforto.
A situação era difícil para todos nós, mas eu estava determinado a proteger e apoiar minha irmã da melhor forma que eu podia.
Sofia murmurou com determinação:
— Eu não quero me casar, eu me nego.
Eu me afastei um pouco dela e segurei o seu rosto, olhando nos olhos dela com seriedade.
— Veja bem, minha linda, esse é o destino das mulheres que vivem na máfia. — disse, reconhecendo a dura realidade que ela enfrentava.
Era uma verdade difícil de aceitar, mas naquele mundo em que vivíamos, havia tradições e expectativas que muitas vezes não podiam ser ignoradas. Eu queria proteger minha irmã, mas também sabia que havia limites para o que eu podia fazer.
— Tenho que ir, já deu minha hora. — falei, olhando para o relógio, enquanto andei até a porta.
Sofia soltou um desabafo antes que eu pudesse sair:
— Ele vai me matar, ele me disse que quando casarmos, vai fazer da minha vida impossível. — As palavras dela me fizeram parar no lugar.
A gravidade da situação atingiu-me de cheio. Olhei para minha irmã com preocupação, sabendo que estávamos diante de uma encruzilhada perigosa.
— Está inventando isso, para não casar Sofia? Porque se for, eu vou... — Antes que eu pudesse responder, ela me interrompeu.
— Olhe, veja meu corpo e tire suas conclusões. — ela disse, mostrando-me as marcas visíveis de violência. Havia muitas marcas de cinturão, manchas roxas espalhadas ali. — Olhe o que ele fez antes de casarmos.
Fiquei em choque diante da brutalidade que tinha sido infligida à minha irmã. Fechei os punhos, sentindo a mistura de raiva e impotência percorrer meu corpo. Era um momento decisivo, e eu sabia que não poderia permitir que Sofia sofresse mais nas mãos desse homem.
— Isso não vai continuar, Sofia. Eu prometo a você. — minha voz era firme e determinada. Eu estava disposto a enfrentar as consequências, mas não deixaria minha irmã ser vítima de tamanha crueldade.
Peguei nas mãos de Sofia e a puxei até o carro, determinado a tirá-la daquela situação insustentável. Marcelo vinha logo atrás, visivelmente preocupado e indagando o que havia acontecido.
Marcelo sempre demonstrava uma grande preocupação com minha irmã. Era evidente que ele nutria sentimentos por ela, mas nossos pais jamais permitiriam que se envolvessem de outro modo. Porque ele está no patamar mas baixo na máfia.
A segurança e o bem-estar de Sofia eram minha prioridade naquele momento. Eu estava disposto a fazer o que fosse preciso para protegê-la, mesmo que isso significasse enfrentar dilemas e desafios que estavam por vir.
Ao chegar à mansão, me deparei com a cena que me causou um misto de indignação e frustração. Meus pais estavam ao redor da mesa, jantando e se divertindo com o canalha que pretendia se casar com minha irmã.
Respirei fundo para controlar a raiva que borbulhava dentro de mim. Sabia que teria que abordar a situação com cuidado, mas estava decidido a proteger Sofia a qualquer custo. O meu modo de cuidado, é já chegar e quebrar a cara do imbecil.
Minha paciência se esgotou diante da cena na mesa. Sem qualquer hesitação, arranquei o canalha da mesa com brutalidade, arrastando-o para fora da mansão e jogando-o na grama. Meus pais vieram correndo atrás de mim, tentando me impedir de agir daquela forma.
— O que está acontecendo? Ficou louco? — Heitor perguntou com uma expressão cínica.
— Não sabe, não é? O único louco aqui é você. Acha que tudo ficará encoberto, vindo à nossa casa e fingindo ter boas intenções, maldito. — minha voz transbordava indignação e raiva.
Estava claro para todos ali que eu não toleraria mais aquela farsa. Era hora de confrontar a verdade e proteger minha família, custasse o que custasse.
A sala estava carregada de tensão enquanto eu encarava meus pais, olhando diretamente nos olhos deles.
— Vejam bem, pai e mãe, o que vocês queriam para a minha irmã. — minha voz era cortante. — Esse canalha agrediu Sofia antes mesmo de casar com ela. Imaginem o que ele não faria se tivessem se casado?
Olhei para Sofia, encorajando-a a mostrar as marcas que o covarde havia deixado em seu corpo. Ela hesitou, mas finalmente o fez.
Nossos pais ficaram em choque ao verem a brutalidade das agressões. Meu pai, Arthur, tomou a iniciativa e pegou a arma, sem dar ao imbecil a chance de se explicar, ele atirou.
A sala ficou em silêncio, apenas interrompido pelo som da respiração pesada e pelo coração acelerado. Meus pais caminharam até Sofia e abraçaram ela, enquanto ela desabava em choro. Papai a todo momento a pedia perdão.
Eu chamei os seguranças e pedi para se livrarem daquele lixo humano, que agora estava com seu CPF cancelado.
...( Marcelo / consigliere de Vicente)...
...(Sofia montanari)...
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Maria Lima De Souza
Nossa! ele é muito lindo! ela também é linda!
2025-04-10
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Maria Aparecida Rocha
Os dois são lindos !! Vai dar um lindo casal.
2025-03-10
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Lele “Lele” Almeida
Nossa Marcelo é lindo demais 🩷
2025-03-28
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