Uma semana se passou, naquele dia havia uma reunião no Mirum Group e o secretário de Peter o seguia para terminar de organizar tudo, ao chegar na sala de reuniões notou que os documentos estavam colocados frente a cada sócio com a perfeição que ele gostava.
Cada um dos sócios estava na sala esperando que Peter chegasse e começasse com a reunião, naquele dia se sentia demasiado orgulhoso de si mesmo, havia conseguido adquirir uma série de empresas que aportariam um grande crescimento ao seu grupo e o daria a conhecer nessa reunião.
-Bom dia, os chamei hoje para lhes fazer saber que adquirimos... - não pôde terminar de falar, já que de repente a porta se abriu
-Não sabia que as reuniões nesta empresa começavam antes de que todos os sócios estivessem presentes – a voz que disse essas palavras ele a reconheceria em qualquer momento e lugar
Cada um dos presentes virou para a porta e viu como uma mulher elegantemente vestida entrou, sua atitude era sagaz e caminhava com muita confiança, ao mesmo tempo que contava com uma aura forte e confortável.
Os presentes começaram a se perguntar quem era ela e o porquê de sua presença nessa reunião, além disso, acabava de interromper o CEO da empresa o que era quase como uma ofensa a ele.
Peter a olhava fixamente, não entendia o que Marian fazia ali, mas tampouco lhe perguntaria, esperava que ela falasse primeiro.
-Senhora, o senhor Martin se encontra em uma reunião neste momento – disse a Marian o assistente de Peter depois de se aproximar dela
-Acredito que teve um grande engano hoje senhor Smith, ao parecer deixou que seu chefe começasse uma reunião sem que estivessem todos os acionistas presentes – ela respondeu com um sorriso sutil
-Segundo minha lista já todos estão presentes – disse com respeito
Marian tirou uma pasta de sua bolsa e a colocou a Peter em frente.
-Tenho em meu poder 21% das ações da empresa e desde agora sou a acionista majoritária de Mirum Group, o que me dá direito a assistir a cada uma das reuniões de agora em diante – o rosto de Peter não mudou em nada
Iván Martin contava com 51% das ações, Peter 20% e 29% pertencia a outros acionistas, pelo que se havia dado 21% de suas ações a Marian significava que suas decisões tinham maior peso sobre as dele.
-Ao parecer cumpriu com minhas expectativas – foi o único que disse Peter com um sorriso em seus lábios
Um homem que acompanhava Marian pegou uma das cadeiras que se encontrava na sala e a colocou ao lado da de Peter para demonstrar que os dois estavam a par, até esse momento ninguém havia se dado conta de sua presença.
Era o assistente do pai de Peter que havia acompanhado Marian, o que indicava que contava com todo seu respaldo.
-Já que agora sim estamos todos presentes, podemos começar com a reunião senhor Martin – Marian falou e todos ficaram em total silêncio
-Vão embora daqui – depois da ordem que havia dado Marian Peter explodiu
Todos os que estavam na sala saíram de imediato, Marian olhou a Peter com uma expressão fria, a ela não importava nada do que se diria ali, só queria incomodar seu esposo e sabia que havia conseguido quando ele se levantou para ir embora.
-Espere um momento – sua voz se notava aborrecida
-O que quer? – respondeu ele sem sequer virar
-Só queria te lembrar que agora sou a principal acionista e que preciso de um escritório, me parece que em frente ao seu há um desocupado, é espaçoso e tem uma vista inigualável – ela se aproximou dele e falou quase ao ouvido
-Não se preocupe, já mando arrumar – respondeu o assistente de Peter ao notar que ela estava incomodando seu chefe
Algumas pessoas ainda não haviam saído e haviam escutado o que Marian havia dito, pelo que todos se perguntavam quem era essa mulher tão misteriosa, porque alguém se atreveria a dar ordens ao filho do dono.
De repente a sala de reuniões ficou totalmente sozinha e Marian começou a pegar suas coisas para ir embora, de repente sentiu uma mão em sua cintura e não soube em que momento Peter a colocou de costas para a mesa, subindo nela.
Os olhos dos dois estavam a centímetros e os dele estavam mais frios que o costume, sua proximidade era tal que podia sentir seu hálito.
-A que está jogando Marian? – sua voz soava profunda, rocha e até poderia dizer que um pouco sexy
-Eu a nada, crê que algo do que sucedeu hoje é um jogo, então não entendeu nada – ela falou com frieza
-De verdade crê que te deixarei ficar com essas ações? – ele zombava dela
-Deixe-me lembrar que sou a dona das ações, você não é ninguém para decidir sobre elas – ela sabia que esse era seu ponto fraco
Pôde pedir mais ações, mas só pediu um um por cento sobre as dele, a única coisa que queria era incomodá-lo e sabia que havia conseguido.
-Sugiro que não me incomode mais, senão terei que pedir a seu pai que me dê a porcentagem que lhe resta e te expulsarei de sua amada empresa – o afastou sem nenhum tipo de expressão
-Me dá curiosidade saber como fará para que eu vá da empresa – apesar de que esperava que estivesse iracundo, ele falava com a maior tranquilidade
-Crê que não posso?, claro que posso e farei já que como sua esposa posso tomar parte da fortuna familiar sempre que quiser, como seus negócios também são meus negócios, então vou intervir neles tudo o que puder – ela faria tudo o que pudesse para obrigá-lo a que lhe assinasse o divórcio
-Quero ver o que fará – ele só sorria
-Não creia que vou ficar sentada como fiz há uns anos, mudei e já não sou aquela que conheceu há anos, minha vida amorosa fora do país me fez mudar muito já que foi… como dizer?... algo emocionante – diria tudo o que lhe ocorresse só para provocá-lo
Ao escutá-la a expressão de Peter mudou drasticamente, ele poderia suportar qualquer coisa menos que a mulher que havia escolhido como sua esposa estivesse com outro, assim que sem pensar duas vezes ele simplesmente a beijou.
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Atualizado até capítulo 75
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