Miguel
Essa garota não sai da minha cabeça! Que droga! Eu estou irritado e, ao mesmo tempo, excitado só de pensar nela. Mas não é a melhor hora para isso, não quando estou em um jantar de negócios tão importante.
Meu segurança me informou que ela não quis que ele a levasse até sua casa como eu ordenei. Logo pensei: ainda por cima, é orgulhosa? Sério.
Depois da reunião, eu estava realmente precisando de uma distração. Então, como de costume, mandei uma mensagem para minha acompanhante exclusiva, pedindo para que ela me aguardasse.
Ela logo respondeu confirmando, como sempre, eu sabia que não era perfeito, mas um homem como eu precisava de uma diversão de vez em quando.
Ela era exclusiva, o que significava que minha acompanhante não ficava com ninguém além de mim, e eu também só recorria a ela em casos realmente de necessidade, como era o meu caso naquele momento.
Cheguei ao local combinado e encontrei minha acompanhante completamente nua na cama. Ela não me beijou nem me tocou, pois sabia das regras. Mas quando avancei para cima dela para me aliviar, algo estranho aconteceu.
Júlia, que estava perturbando tanto meus pensamentos nesse curto período de tempo, veio à minha mente e aquilo foi meu fim.
Não consegui consumar o ato, eu literalmente broxei. Obviamente, ao longo da minha vida, isso já aconteceu comigo algumas vezes.
Casos raros em que voltava de alguma missão ou quando estava muito cansado ou estressado, mas jamais por causa de outra pessoa.
Eu ficava excitado só de pensar em Júlia, então por que, ao estar com minha acompanhante, eu havia broxado? Aquela situação me deixou confuso e preocupado.
Mais irritado e constrangido do que nunca, eu decidi dispensar minha acompanhante Bruna e voltei para casa.
Eu estava com a cabeça a mil por hora e sentia que ia explodir a qualquer momento. Meu segurança e motorista, Tales, perguntou:
— Senhor, está tudo bem ?
— Sim, apenas não estou de bom humor.
Ele entendeu e ficou calado durante a viagem de volta para casa.
Assim que cheguei, fui até minha adega e peguei meu melhor uísque. Enquanto bebia, aquela garota não saía dos meus pensamentos.
Por que eu estava tão obcecado por alguém que acabara de conhecer? Será que era por causa de sua timidez? Ou talvez seu jeito peculiar tenha mexido comigo? Tantas perguntas sem respostas.
Decidi ir até meu escritório e puxar a ficha que mandei meus investigadores fazerem dela. Mas como já havia visto, não havia nada de especial. Ela era apenas uma garota comum, sem namorado e não era muito de sair.
Mas ainda assim, eu me perguntava, o que tinha de tão especial nela que me instigava tanto? Por que eu estava tão obcecado por ela? Eu não acreditava que fosse o que eu estava achando que era... Não, não podia ser amor. Para mim, amor só existe entre mãe e filho, e minha mãe levou meu amor quando se foi.
Depois de tomar um banho longo e demorado, saí do banheiro e vesti uma calça de dormir qualquer.
Fiquei parado em frente à janela do meu quarto, olhando para a fina chuva que caía lá fora. Falando comigo mesmo, eu disse:
— Júlia, Júlia, sua insistência em permanecer em meus pensamentos está me incomodando além do normal. Isso não será nada bom.
(DIA SEGUINTE)
Hoje é um daqueles dias em que tudo parece estar dando errado. Eu acordei de mal humor e, desde então, tudo tem sido um desastre.
Meus funcionários perceberam que hoje não é o dia para fazer perguntas ou me incomodar com qualquer coisa. Ontem foi um dia difícil, um dia que quero esquecer, mas infelizmente as coisas parecem estar se acumulando.
Eu estava prestes a sair de casa, tentando me concentrar, quando a vi chegando. Júlia, com sua blusa colorida e cabelo preso em um rabo de cavalo, passou por mim e me cumprimentou:
— Bom dia, senhor Miguel.
Eu notei imediatamente o corte em seu rosto, um ferimento que parecia ser recente.
Minha mão automaticamente segurou seu pulso, enquanto um choque percorreu todo o meu corpo.
Ela olhou para mim com uma expressão assustada, mas eu não conseguia me mover. Fiquei ali parado, segurando seu pulso, olhando para ela, sem conseguir dizer nada.
Finalmente, Júlia retirou o pulso de minha mão e eu recuperei a compostura. Eu não sabia o que havia acontecido com ela, mas sabia que precisava descobrir.
Não conseguia parar de pensar naqueles olhos tristes e naquela expressão de derrota que ela exibiu antes de sair correndo. Tentei me distrair, tentei me concentrar em outras coisas, mas não conseguia.
Eu sabia que não deveria me importar, afinal, ela era minha empregada e nada mais. Mas havia algo nela que me intrigava e me fascinava.
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo. Por que eu estava tão obcecado por Júlia? Talvez fosse a forma como ela era tímida e doce, ou talvez fosse o fato de que ela era diferente de todas as outras mulheres que eu conheci.
Eu sentia que precisava descobrir mais sobre ela, mas também sabia que precisava controlar meus sentimentos.
Apesar de tudo, eu sabia que tinha que ser profissional e respeitar os limites da relação empregador-empregada. Júlia estava aqui para ajudar a organizar algumas coisas na casa, não para se envolver comigo.
Eu precisava esquecer esses sentimentos e focar no meu trabalho. Talvez, com o tempo, eu pudesse aprender a separar essas emoções e lidar com elas de uma maneira saudável.
Apesar de toda a minha vontade de focar no trabalho, eu não conseguia evitar pensar em Júlia o tempo todo.
Eu tentava me distrair com outras atividades, mas a imagem dela continuava invadindo minha mente. Eu me pegava desejando encontrá-la na casa e conversar com ela, mas sabia que isso seria inapropriado.
Eu me sentia um adolescente novamente, com medo de falar com a garota que gostava. Eu não sabia como lidar com essa situação, mas sabia que precisava encontrar uma maneira de superá-la.
Eu tentei me convencer de que era apenas uma atração física momentânea, mas não podia negar que era mais do que isso. Eu sentia que havia algo especial em Júlia.
Eu sabia que tinha que ser cuidadoso, afinal, ela era uma funcionária da casa e qualquer ação minha poderia ser interpretada de maneira errada.
Eu precisava respeitar sua privacidade e suas escolhas, e apenas esperar para ver o que o futuro iria trazer.
No final do dia, enquanto jantava sozinho, refleti sobre meus sentimentos e percebi que precisava ser mais consciente de minhas próprias emoções.
Eu não podia deixar minhas paixões interferirem em minha vida profissional, e precisava manter minha mente focada no trabalho.
Com isso em mente, decidi que tentaria manter uma relação profissional com Júlia, mesmo que isso significasse evitar contato desnecessário com ela.
Eu precisava aprender a controlar meus sentimentos e ser um bom chefe para minha equipe, sem deixar minhas emoções me dominarem.
Assim, terminei minha refeição e fui para meu quarto, determinado a superar essa atração por ela e focar em meus objetivos profissionais.
Afinal, essa era minha responsabilidade como CEO, manter a cabeça no lugar e tomar decisões racionais em todas as áreas de minha vida.
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Atualizado até capítulo 83
Comments
Miriam Campos Mendonça Cangiani
belo capítulo
2024-09-21
1
Sineia Soares
Esse vai ser um encontro de almas
2023-12-25
2