Júlia
Quando saí do escritório, meu coração estava acelerado. Jamais imaginei que o senhor com quem a Maria trabalhava, fosse um jovem homem chamado Miguel.
Isso foi a coisa mais surpreendente, porque lembrei do garotinho chamado miguel que conheci quando era criança, mas não podia afirmar que era ele, pois nomes iguais são muito comuns hoje em dia.
Bem aqui estou eu, sentada no ônibus indo para o meu primeiro dia de trabalho na mansão do senhor Miguel.
A Maria foi um anjo que apareceu na minha vida, me indicando para a vaga, mas eu nunca imaginei que acabaria trabalhando para um homem tão atraente e sexy quanto ele.
Quando cheguei para a entrevista, ele vestia um terno fino e elegante, com o cabelo alinhado, que parecia incrivelmente sedoso. Eu nunca tinha visto um homem tão bonito antes na minha vida, e isso me deixou nervosa e intimidada.
Eu sentia a energia dominante dele, mas ao mesmo tempo, eu não conseguia parar de pensar em como ele era atraente. Quando ele me encarava com curiosidade, eu ficava ainda mais sem jeito.
Eu não gostava de como minha timidez me impedia de mostrar quem eu realmente sou para as pessoas. No entanto, eu precisava ser firme e focar no meu trabalho. Eu não podia deixar essa oportunidade passar.
Agora no momento que chego na mansão, sou recebida pela Maria, que me mostra como as coisas funcionam por aqui.
Para minha surpresa, eu não teria muitas tarefas além de auxiliá-la em algumas coisas e fazer companhia para ela. Foi o senhor Miguel que insistiu em contratar alguém para ajudar a Maria. Eu fiquei feliz por poder fazer companhia para ela e ajudá-la em suas tarefas.
Enquanto passava pela academia da casa com a Maria, eu o vi. O senhor Miguel estava socando um saco de boxe, suado e usando uma camiseta preta de manga longa.
Uma mecha de cabelo caiu sobre sua testa suada, o que o tornou ainda mais sexy. Quando nossos olhares se encontraram, senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo.
Minha respiração ficou irregular, e eu senti pequenos tremores. Desviei o olhar e apressei o passo para alcançar a Maria, mas ainda podia sentir seu olhar sobre mim.
Após a introdução à mansão e às minhas tarefas, eu comecei a trabalhar imediatamente. Acompanhando a Maria, auxiliando em tarefas simples como cuidar da organização de alguns arquivos e ajudar a mesma em compras de alimentos para a dispensa da mansão.
E comprar o que as cozinheiras nos informava que precisavam. A rotina era tranquila e me senti muito grata pela oportunidade.
Ao longo do dia, fui conhecendo melhor a Maria e descobri que ela era uma senhora muito gentil e simpática, que sempre fazia questão de perguntar sobre minha vida e me incentivar em meu trabalho. Com ela, eu me senti segura e confortável.
No entanto, quando se tratava do meu chefe, o senhor Miguel, a história era um pouco diferente.
Eu sentia uma tensão constante entre nós, uma espécie de eletricidade que percorria o ar sempre que estávamos próximos. Eu tentava ignorar essa sensação, mas era difícil não notar sua presença imponente e atraente.
Em certo momento do dia, eu fiquei sabendo que o Miguel, tinha um irmão e uma irmã caçula quase da minha idade.
Eu não conseguia imaginar como seria ter uma família tão rica como a dele. Eu sempre fui uma pessoa mais reservada, e minha família nunca teve muitos recursos, então era difícil imaginar como seria viver em uma casa daquelas.
Mas eu também soube que desde que eles perderam a mãe, o Miguel ficou mais fechado e frio. Eu sentia uma grande vontade de ajudá-lo, de alguma forma, mas não sabia como. A ideia de que ele pudesse estar sofrendo tanto me partia o coração.
A Maria, me contou que o irmão do meio do Miguel chamado Théo, era um cara de 24 anos muito simpático e engraçado, mas que a irmã caçula chamada Mia, era ainda a mais animada do trio.
Eu me perguntei se algum dia teria a chance de conhecê-los, mas sabia que meu trabalho era me concentrar em ajudar a Maria e auxiliar no que fosse preciso naquela casa.
Mas mesmo assim, eu não conseguia deixar de pensar no Miguel e em como ele parecia solitário. Eu queria poder fazer algo para ajudá-lo, mas sabia que precisava manter minha distância.
Ele era meu chefe, afinal, e eu não queria arriscar perder meu trabalho por causa de um sentimento que eu sabia que não tinha futuro.
A tarde quando meu expediente terminou, eu estava pronta para ir embora, mas a chuva forte começou a cair. Maria perguntou se minha casa era longe e eu disse que sim.
No momento que eu dizia a ela que pegaria um ônibus para chegar em casa, o senhor Miguel apareceu bem vestido ao nosso lado, e disse a Maria:
— Não jantarei em casa essa noite Maria, diga as cozinheiras que não precisam se preocupar em fazer o jantar para mim.
Após dizer isso, ele me olhou e saiu em direção à garagem, tirando o celular do bolso e digitando algo rapidamente antes de entrar em um de seus carros de luxo, seguido por seus seguranças.
Naquele momento eu percebi que ele, é realmente alguém muito importante e poderoso.
Quando eu estava prestes a sair da mansão, Maria me ofereceu um guarda-chuva. No entanto, um dos seguranças da mansão se aproximou de mim e disse que o chefe havia ordenado que ele me levasse para casa.
Eu fiquei surpresa e um pouco com medo que aquilo pudesse estar encaminhando para algo que eu não pudesse controlar, então recusei a oferta e disse que pegaria um ônibus mesmo.
Eu sabia que chegaria em casa tarde, mas eu não queria ter qualquer tipo de contato com o senhor Miguel. Talvez meu orgulho tenha falado mais alto, mas eu também queria evitar problemas e dores de cabeça.
Sendo pobre e orgulhosa, essa é a única coisa que me resta. Eu deixei a mansão, deixando aquele segurança confuso e sem reação, mas eu sabia que estava fazendo a escolha certa para mim.
Quando cheguei em casa, percebi que minha mãe Lúcia e minhas irmãs Cláudia e Veronica estavam conversando e rindo.
No entanto, quando me viram entrar, elas pararam e me olharam com um olhar zombeteiro. Fiquei incomodada, mas tentei ignorá-las e seguir em frente.
Foi então que Veronica disse algo que me deixou ainda mais desconfortável:
— Nossa Júlia, tínhamos até esquecido que você mora aqui.
Aquelas palavras me atingiram como uma faca. Eu sabia que minhas irmãs não gostavam muito de mim, mas não imaginava que chegariam ao ponto de me ignorar completamente.
Minha mãe logo entrou na conversa, perguntando:
— Você comprou o produto que eu te pedi hoje mais cedo Júlia?
Infelizmente, eu havia esquecido completamente. Tentei me desculpar, mas antes mesmo que pudesse dizer qualquer coisa, minha mãe me deu um tapa no rosto.
A dor foi insuportável. Senti meu rosto arder e, ao tocar na minha pele, percebi que estava sangrando um pouco. Minha mãe havia me dado um tapa tão forte que até mesmo seus anéis haviam deixado marcas em meu rosto.
Ela então me olha furiosa e diz:
— Gorda inútil, não sabe fazer nada direito.
Aquilo doeu ainda mais do que o tapa. Eu sempre me esforcei para ajudar minha mãe e minhas irmãs em tudo o que podia, mas parecia que nunca era suficiente.
Eu queria chorar, mas não tinha mais lágrimas para derramar. Simplesmente fui para meu quarto, tentando ignorar as risadas de minhas irmãs.
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Atualizado até capítulo 83
Comments
Miriam Campos Mendonça Cangiani
muito legal até aqui
2024-09-21
1
galega manhosa
já tô com ranço dessas víboras
2024-04-09
2
ANA LUCIA VANDAM DE SOUZA
Que humilhação..Ninguém merece uma família dessas..affs
2023-11-02
4