[...]
Elas chegam na sala e todos já estavam sentados inclusive o professor, as conversas paralelas e especialmente das mulheres da turma davam a entender que o teor era sobre Ana Brenda o fato de Alexandre também ter se virado quase magneticamente para vê-las entrarem.
— Posso saber qual a graça? — Alexandre pergunta seriamente paras as alunas no fundo da classe.
— Nada professor, desculpe.
— Agora como eu solicitei na aula passada, vou chamar um por um para lerem sua pesquisa. Para começar, você Ana Brenda.
Luzía dá uma leve cutucada na amiga, mas Ana não cria caso e vai para a frente da sala. Ela sempre foi boa aluna e dominava as apresentações como poucas ali, ela se posicionou ao lado do professor e olhando para todos sem se intimidar.
— Eu vou falar sobre a lenda das Ninfas: são divindades femininas secundárias da mitologia grega que habitam o campo, principalmente junto às fontes e estão ligadas à terra e à água. Elas dão personalidade e individualidade a locais aquáticos e podem assumir a forma de peixes, os quais protegem...
Ana Brenda apresentava com segurança, jamais fugia de um bom desafio ela sabia que havia estudado e sabia como ninguém aquele assunto.
Ela finaliza deixando o professor Alexandre e os demais alunos impressionados, as apresentações seguem e o professor faz algumas considerações sobre todas as apresentações.
— Eu pude perceber o empenho da turma e me surpreendi com as pesquisas que fizeram, pois foram um pouco além do que eu esperava.
Era inevitável o contato visual com Ana, ele estava enfeitiçado e agora não só com a beleza, mas com inteligência e capacidade de lidar com as palavras em meio a uma situação intimidante...era admiração e desejo. Até que um dos alunos fez uma pergunta, tirando-o naquele momento dos pensamentos que tinha com ela.
— Professor, mas o senhor esqueceu de um detalhe importante...não nos disse, quanto valeu esse trabalho?
— Certo, eu avaliei a todos e na próxima aula e entregarei um relatório sobre cada pesquisa que me entregaram. — Ele confere a hora em seu relógio de pulso. — Por hoje terminamos.
Ana sequer pensou sobre o resultado daquela pesquisa, sabia que tinha dado o seu melhor.
Dias depois...
— Eu vou entregar os trabalhos junto as minhas considerações e a nota de cada um e quero ressaltar que eu atribuí nota máxima a ele de zero a dez.
Ele entrega todos os trabalhos.
Ana Brenda se entristece ao ver sua nota, era um doloroso cinco. Ela fica sem chão, havia se dedicado aquela pesquisa e dado tudo de si naquela apresentação, não podia estar certa aquela avaliação. Era inacreditável lidar com aquilo, ela então quis comparar o desempenho com a amiga.
— Luzía quanto você tirou no trabalho?
— Eu tirei oito amiga e você dez como sempre, né?
— Não... eu tirei um cinco...
Ana Brenda
Eu estava apavorada por dentro, era bolsista e precisava de boas notas ou perderia minha bolsa integral e com ela, a moradia e o trabalho. Tudo na minha vida estava diretamente interligado e uma vez que eu perdesse um dos meus sonhos, todos estaria mortos.
— O que? Esse cara maluco? claro que essa nota está errada. Até as imbecis como a Érika admitem que você é a melhor aluna dessa sala, Ana isso para mim só pode significar uma coisa!
— O que? — perguntei.
— Que ele quer que você vá falar com ele sobre esse trabalho e implore para que te ajude com sua nota.
— Para com isso Luzía, o que Alexandre ganha me prejudicando? eu acho que devo ter deixado passar coisas importantes na pesquisa e só pode ser isso.
— Como você é inocente menina a essa altura, ele sabe que você tem bolsa de estudos!
Ana Brenda
No mesmo instante, me recordei eu mesma havia dito isso a ele na conversa que tivemos no refeitório e fiquei surpresa com a possibilidade de que ele realmente queira me prejudicar por causa disso.
— Mas por que Luzía? Por que ele iria querer me fazer mal? Eu não fiz nada para ele!
— Deixa de ser tonta Ana, ele quer você nas mãos dele e percebeu que você é uma moça direita e que não ia cair fácil nas garras dele. Alexandre está jogando sujo e você é o prêmio.
— Não amiga, eu duvido muito que ele seja esse tipo de cafajeste. Eu vou ter que estudar o triplo agora que tenho certeza de que ficarei de recuperação...
— Você quem sabe, mas não diga que eu não te alertei quando ele te agarrar na sala de aula.
Ana Brenda sorri, ainda apreensiva precisava tentar levar a situação com bom humor.
[...]
Ana Brenda chega em casa e pensa em toda a situação, se realmente o que Luzía disse for verdade, ela iria sofrer muito com aquela situação. Nem conseguiu dormir direito naquela noite, apenas imaginando o que iria fazer para correr atrás do prejuízo daquela nota ruim.
Nos dias seguintes, o clima das aulas de Alexandre, eram intimidantes para Ana Brenda, ela se sentia acuada tendo sempre que provar algo mais do que os outros alunos. Parecia sempre submetida a provas de sua capacidade.
E por falar em prova, eles fariam a avaliação final na aula seguinte, ela precisava tirar nota máxima para fugir da avaliação final, onde era tudo ou nada, ela estudava todos os minutos que podia.
Quando saia do trabalho, dormia tarde, pois chegava da aula e ia pegar os livros já estava com olheiras devido à falta de sono e preocupação, estava vivendo dias que nunca havia imaginado.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Cátia
Esse Alexandre é aquele que é gêmeo do Guilherme, esse homem não presta
2023-06-06
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