Quando cheguei e vi todo o caos, o desespero de Laila. Imediatamente pedi para Jamilly tampar os olhos da garota, não desejo que ela veja essa versão minha.
Ao ver que ela não poderia assistir à cena puxo o meu sobrinho de cima do outro imbecil, e o pressiono contra a parede o sufocando.
— Ficou louco? - não contenho a minha fúria.
Poderia fazer os que ele quisesse desde que não assistisse à garotinha. Ele responde-me o que havia acontecido. Parece que o moleque ofendeu Laila. Foi menos que o merecido, mas não posso permitir que ele continue.
Perco-me nos meus pensamentos, e quando menos espero, Laila colapsa. A pego antes que caia e levo para a maca que tinha ali, e sinto a ansiedade no meu coração. Dou-me conta da presença de duas meninas encolhidas assustadas, e logo os professores chegam junto do pai do moleque.
Isso vai dar merda...
— Eu já tinha dado o papo. Por que caralho isso aconteceu? - Ele vem para cima de mim com o cheiro forte de cigarro e causa-me ânsia.
A vontade de meter uma bala na cabeça desse filho da puta agora, não pode ser subestimada. Odeio aqueles que não sabem respeitar o espaço pessoal alheio. Ele direciona o olhar a Laila que estava inconsciente, percebi um olhar que eu com toda a certeza conheço bem.
— Quem é a novinha? - arqueio a sobrancelha e me recuso a responder. Ele tenta se aproximar, mas aí já pisa demais na minha moral e eu o afasto. - É tua nora?- diz a morder o lábio inferior. Esse vagabundo...!
— Não, não tenho filhos. - digo tentando manter a calma.
— Esse playboy é o quê? - aponta para Dylan com preguiça.
- Meu sobrinho. Você é burro ou se faz, eu já disse isso. - ele dá mais um passo a frente.
— Está pensando que está falando com moleque?
— Depende. Vai começar a agir como adulto agora? Está caçando treta na enfermaria com uma menina inconsciente. Sem contar com aqueles dois ali, brigando por uma que só fez ambos de otário. - Dylan sussurra algo como se o único feito de trouxa fosse o filho do homem, tirando-me do sério. - Afinal, qual é o nome de vocês?
— Eu sou o Alan. Desculpa falar da menina, nem me toquei que ela está mal. Sei ser óbvio já que ela está na enfermaria.
A enfermaria está cheia, mas a tensão é tão grande que ninguém ousa falar um "A".
— Obrigada, Alan. Ao contrário do nosso menino, tem consciência. - Jamilly fala e Dylan bufa.
Duas meninas se aproximam de Laila, uma mais baixa que ela parecia mais abatida. Devem ser muito ligadas.
— Guilherme. Quero saber o nome da garota. - pergunto para quê. - Eu vou torná-la a minha nora.
Não consigo conter e solto uma gargalhada.
— A minha Laila? - falo de forma espontânea os deixando muito surpresos. Entreguei-me... Dane-se. - Impossível. Eu não permitiria.
— Claro que não né? O tio considera a Laila como uma filha assim como eu, por isso ele deseja que estejamos juntos. - Dylan se aproxima a abraçar os meus ombros e só reajo com preguiça, porra de nora, é a minha esposa.
— Você não tem capacidade de namorar a Laila. - a baixinha exclama.
— Cala a boca, Sara. - Dylan retruca.
Então é Sara. A outra também parece preocupada. Laila não colapsou apenas por uma crise de ansiedade, ela com toda a certeza, está exausta dessa rotina diária exigente que ela segue a risca. As garotas acariciam a sua cabeça, Dylan também se senta perto da garota. E mais dois chegam indo em direção a ela.
Quando a conheci de manhã, ela parecia tão solitária. Por que agora existem tantas pessoas?
— O que faremos? - um professor diz.
— O senhor Alexandre, veio buscar Laila e Dylan. A petição foi minha, mas no intervalo que o deixei na quadra ele já voltou com Alan após mais uma discussão. - a enfermeira reclama, e os dois abaixam a cabeça. - Parece que esta ia ficar entre eles, já que chegaram juntos.
Encaro Dylan e ele desvia o olhar.
— Eu sei que Laila conheceu o seu tio hoje. Como ele poderia considerar ela filha dele? - ah, senhorita afiada... Você não entenderia, a magia, o amor. Ok, parei.
— Sara! - Dylan fala entre dentes e a mocinha encara-me.
Gradualmente os ânimos foram se acalmando e a enfermaria foi esvaziando. O tal Guilherme, se recusa a sair.
— Pai, eu não vou ter nada com essa garota.
— Óbvio que não! Eu já disse, correto? Caso os dois possam ter um pouco de senso e sumam daqui. - falo sem paciência.
— Está se achando né comédia?
— Cara, quem manda nessa merda aqui sou eu. Os dois sumam, da minha vista. Laila não vai ter nada com o seu filho. Fora que ela nem tem interesse nisso por agora. Infelizmente... - os amigos dela concordam.
— Agora, explica. Por que está tão interessado e sabe tanto de uma garota que conheceu hoje. Puramente, hoje! - Sara parece indignada.
- Garota, eu não sei intimidade para você. Fale comigo com o devido respeito. Eu não lhe devo satisfação. - Dylan sinaliza para eu parar. - Não me interessa a sua amizade, você não é a Laila. Eu dei permissão a ela para dirigir-se a mim confortavelmente, a você não.
O silêncio se instala, está me incomodando, esse jeito completamente forçado de chamar a atenção.
— Casa. - Dylan protesta. - Anda! - ele tenta acordar Laila, e falha. Deixar ela aqui, irá teimar e assim que acordar pode sair e ir para academia. - Puta merda! Sai seu frango. - empurro ele e pego Laila no colo.
— Trapaça. - ele exclama e eu mostro-lhe o dedo médio saindo dali com Jamilly. - É isso... Vou indo nessa.
— Cara, seu o tio...
— Ele está apaixonado pela Laila. Falou.
Com certeza ficaram com cara de tacho com a declaração de Dylan. Eu não me importo com os amigos dela, eu me importo com ela.
Escuto um resmungo.
— Laila, se estiver acordada. Peço que não fique com vergonha, foi inevitável. - Ela se encolhe. Com certeza está acordada. - Laila.
— Da para respeitar a porra do meu momento? Me ponha no chão... Por favor.
— Não. - continuo caminhando até o carro.
— O que diabos quer de mim? - ela diz, por mais que esteja desconfortável ela não se mexe, talvez tenha medo de que que a derrube.
— Realmente quer saber? - a olho seriamente. Ela engole a seco e assente. - Perdidamente me encantei por você. - Ela franze o cenho. - Estou falando sério.
Ela fica apreensiva mas não forço. Ficou mais confortável assim que Dylan entrou no carro. Não gosto, mas ele é extremamente útil nesse momento. Já fui sincero, o que me resta é fazer a garota sentir minha sinceridade.
Fatos.
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Atualizado até capítulo 81
Comments
Germana Gomes
história confusa a autora não separa os personagens, coloca as vozes tudo misturada não definindo nada
2024-03-30
1
Sirena 🧜🏾♀️💦
Não tô entendendo como chegaram a esse nível, "tornar minha nora". Esse homem chegou faz nem 1 minuto 🥴
2023-09-20
1
Adélia Oliveira
quantos. anos tem cada personagem personagem
2023-05-14
1